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09/03/2016 - 07:34

HPV: o que é e como prevenir

O vírus do HPV pode ficar anos sem se manifestar e quando descoberto tardiamente pode já ter se tornado bem grave. Por isso é preciso ficar atento a qualquer alteração e procurar um médico para um diagnóstico.

HPV é a sigla para designar o papiloma vírus humano um grupo de mais de 100 vírus que infecta homens e mulheres em idade sexualmente ativa. Ele é considerado um DST (doença sexualmente transmissível) e o contágio pode se dar de mãe para filho durante o parto, no ato sexual, no sexo oral, etc.. Beijos e roupas íntimas partilhadas com portadores do vírus têm chances mínimas de contágio.

O HPV instala-se no organismo e se manifesta quando o sistema imunológico está enfraquecido. Em geral, o período de incubação vai de três semanas a oito meses, mas o HPV pode ficar latente por mais de 15 anos.

A doença nem sempre apresenta sintomas, como coceira e corrimento. Mas o sinal mais característico são verrugas de cor esbranquiçada ou cinza, parecidas com uma couve-flor, que afetam os órgãos genitais e ânus (raramente acometem outras regiões do corpo). As lesões podem ser observadas por meio de exame ginecológico e urológico. E para saber com certeza qual é o tipo de vírus é necessário fazer exames como o HCS (Sistema de captura híbrida) e PCR (Reação em cadeia de Polimerase).

A Escola de Medicina Albert Einstein, em Nova York fez uma pesquisa que mostra de forma conclusiva que a presença do HPV-16 na boca leva ao desenvolvimento de câncer de orofaringe, incluindo a base da língua, o palato mole e as amígdalas. Quem tem HPV na boca tem 22 vezes mais risco de desenvolver algum tipo de câncer na região da cabeça e pescoço. Cerca de 500 mil pessoas por ano em todo o mundo são diagnosticadas com câncer obtido por via oral.

Em um estágio avançado da doença, as verrugas são visíveis. No caso dos tipos de alto risco, que agem de maneira silenciosa no organismo, o HPV pode causar câncer de colo de útero na mulher e no homem, as lesões podem provocar câncer de pênis e ânus.

O tratamento consiste no uso de medicamentos tópicos e orais e cauterização das verrugas com ácido ou laser. Dependendo da extensão, pode ser necessário a retirada cirúrgica da área afetada.

A melhor maneira de prevenir a contaminação é usando camisinha. Consultar o ginecologista e fazer os exames anuais, como o papanicolau, também é medidas preventivas.

Já a vacina contra o HPV é uma das maiores descobertas da medicina nos últimos tempos no combate ao câncer. O HPV por ser um vírus transmitido por via sexual, que infecta homens e mulheres, sem distinção, tem quatro subtipos dentre mais de 100, que induzem a mudanças celulares, podendo levar ao câncer de colo de útero, pênis, boca e garganta. Os outros subtipos não levam a doença. O mais importante seria que o programa de vacinação do governo contemplasse todos e não apenas a faixa de 12 a 29 anos, porque todos nós somos passíveis de sermos contaminados. A vacina não causa nenhum dano aos ovários e também não há comprovação que provoque infertilidade ou qualquer dano ao organismo. A vacina protege contra os tipos 6,11, 16 e 18.

. Por Dr. Luiz Fernando Dale, ginecologista e especialista em Reprodução Humana. É diretor do Centro de Medicina da Reprodução no Rio de Janeiro.

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