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Um caminho para o Brasil


“Se o Brasil que temos e o Brasil que somos é sempre debitado ou creditado à conta da nossa formação histórica, não significa que estejamos condenados a suportar eternamente o peso da nossa origem”.

O Brasil, ao longo de sua história, tem criado e nutrido grandes contradições. A existência de dezenas de milhões de desempregados, de pessoas pobres e de miseráveis vivendo em um País rico é a maior de todas elas. Nesse contexto, a desigualdade entre as regiões do País se apresenta como fator a potencializar esse fosso social que, pelo visto, não tem perspectiva de mudança diante da ausência de um Projeto Nacional que contemple essa questão por mais estratégica e vital que se apresente.

Governos se sucedem e não se estabelece um plano que vise à ocupação do espaço territorial para dar homogeneidade à distribuição demográfica no País. Carecemos de uma nova divisão territorial das regiões e a divisão de vários estados brasileiros que possa contemplar as necessidades estratégicas, sem a preocupação e o apego a aspectos meramente históricos, de interesses políticos regionais e os naturais como clima, relevo e vegetação dentre outros. Uma política que leve a presença do Estado às regiões mais longínquas do nosso território e que possa assegurar a soberania nacional, a garantia à preservação do meio ambiente; que impulsione o desenvolvimento integrado e auto-sustentado do País, e assista ao brasileiro que vive distante e isolado na imensidão do nosso território; que combata o crime de tráfico de drogas, de armas e de pessoas, o crime contra o meio ambiente, contra o trabalho escravo, contra a grilagem, o contrabando e o descaminho de nossa rica biodiversidade para o exterior. Enfim, precisamos tornar efetiva a posse do Brasil pelos brasileiros, garantindo a soberania, o império da lei e da justiça, promovendo o desenvolvimento e a diminuição das desigualdades pelas oportunidades que poderão ser criadas.

Embora atrasados em 200 anos, devemos criar a nossa New Frontier, - a fronteira nova - em direção ao Norte e Centro-Oeste do País, a exemplo do que fizeram os americanos em direção ao Oeste, com uma fundamental diferença: sem a dizimação dos indígenas e do meio ambiente. Mas foi o avanço para o Centro-Oeste e a resolução de litígios diplomáticos com o México e com a França que levaram os Estados Unidos, já após a Primeira Grande Guerra Mundial, a ser a Nação mais poderosa do Planeta, consolidando esta posição após a dissolução da União Soviética com a simbólica e festiva queda do Muro de Berlim. Por isso que o Brasil ressente-se pela ausência de patriotas como José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, que ampliou e consolidou as nossas fronteiras, assim como Cândido Mariano da Silva Rondon, o Marechal Rondon, que trabalhou a sua integração, ambos no final do século XIX e início do século passado, com métodos diplomáticos e pacifistas.

Se o Brasil que temos e o Brasil que somos é sempre debitado ou creditado à conta da nossa formação histórica, não significa que estejamos condenados a suportar eternamente o peso da nossa origem. Precisamos de atitudes diferentes, pois não somos mais aquela escória de degredados que aqui chegou para iniciar não uma colonização, mas a exploração de nossos recursos naturais para atender ao mercado externo, diferentemente da americana que se deu por emigrantes europeus perseguidas por suas idéias, por convicções políticas e religiosas, e cujos resultados obtidos pelo esforço empreendido se voltaram para o mercado interno: era o início da acumulação de riquezas, de poupança interna que gerou o seu desenvolvimento.

O Brasil já tem massa crítica suficiente para empreender essa tarefa, mas dependemos da ascensão ao poder de um segmento político que tenha essa consciência e a determinação para empreendê-la. Afinal, a nossa consciência republicana já estabeleceu que a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, com desenvolvimento nacional que possa erradicar a pobreza e a marginalização, reduzindo as desigualdades sociais e regionais, constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil. Portanto, o “sonho brasileiro” poderá ser realizado.| Por: Senador Almeida Lima (PMDB-SE). | Crédito da foto: Roosevelt Pinheiro

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