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18/03/2016 - 06:41

Cuidadores e familiares de pacientes com Alzheimer


A população mundial está se tornando cada vez mais velha e estatísticas indicam que o número de pessoas idosas vivendo no mundo é de aproximadamente 600 milhões. Em países pobres e em desenvolvimento, elas representam 70% da população. Além disso, as projeções indicam que, em 2050, aumentará o número de pessoas acima dos 100 anos.

Logo cresce também a possibilidade do aparecimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. E como os familiares cuidadores convivem com isso? Como isso afeta a rotina e como cuidar do doente e também de você, já que o estresse do dia-a-dia é grande?

É comum o familiar cuidador de pacientes com Alzheimer ter estresse. Isso ocorre devido à sobrecarga de cuidados com o doente que aumenta com a evolução da doença. O estresse gera uma situação de desgaste psicológico e físico e isso diminui a qualidade de vida, gera inquietude, desencadeia emoções e sentimentos negativos e piora o cuidado com o doente.

Podemos listar vários sintomas de estresse do cuidador/familiar: negação sobre a doença e suas conseqüências; raiva com a pessoa doente ou com os outros. Raiva pela doença não ter cura ou pelo fato da pessoa doente não compreender o que está se passando; isolamento social de amigos e das atividades que antes traziam prazer; ansiedade em relação a um novo dia ou ao que o futuro reserva; depressão que atinge seu espírito e sua habilidade de enfrentamento; exaustão que deixa quase impossível realizar as tarefas do dia-a-dia; insônia inicial causada por uma série de preocupações; irritação que altera o humor e desencadeia respostas e ações negativas; falta de concentração, surgimento de problemas de saúde, tanto físico quanto psicologicamente.

As conseqüências desse estresse são insônia, ganho ou perda de peso, ansiedade, depressão, sedentarismo, piorra na saúde cardiovascular, entre outros.

Algumas dicas podem ajudar ao familiar cuidador a diminuir o estresse diário: aumentar o conhecimento sobre a doença; evitar o esgotamento praticando atividades físicas; ter um sono reparador; organizar rotinas e fazer um gerenciamento dos cuidados diários; tratar transtornos de humor e ansiedade, socializar (conversar com os amigos, se divertir, ter otimismo em relação à vida), manter a aparência bem cuidada, tirar um momento para si, meditar, exercitar a espiritualidade e se preciso participar de grupos de apoio como os da ABRAz.

Além disso, procurar dividir as tarefas, tirar umas pequenas férias, contratar um cuidador e programar turnos livres ajudam a combater o estresse, manter o ânimo e a energia para continuar.

. Por: André Gustavo Lima, Neurologista. Membro da Academia Brasileira de Neurologia e Diretor da Neurovida Cuidados Médicos.

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