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Novo chefe da ONU promete atenção a Darfur e Coréia do Norte

Nações Unidas- O sul-coreano Ban Ki-Moon prometeu no dia 2 de janeiro, seu primeiro dia de trabalho como secretário-geral da ONU, que dará atenção imediata à crise em Darfur, ao mesmo tempo em que abandonou a tradicional postura da entidade contra a pena de morte.

Ban foi recebido pela guarda de honra da Organização das Nações Unidas e em seguida foi a uma capela do prédio meditar pelos soldados de tropas de paz mortos em missão.

Em seguida, falou a jornalistas, prometendo mais abertura com a imprensa -- depois de uma transição marcada por seu quase mutismo.

Sobre a execução de Saddam Hussein, Ban, 62 anos, disse que o ex-ditador foi responsável por "crimes hediondos e atrocidades inenarráveis contra o povo iraquiano, e não devemos esquecer as vítimas desses crimes". Segundo ele, "a questão da pena capital cabe a cada Estado membro decidir".

Ao mesmo tempo, seu representante especial no Iraque, Ashraf Qazi, divulgava nota dizendo que, embora a ONU seja "firmemente contra a impunidade", ela "continua contrária à pena capital, mesmo em caso de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio".

Ban prometeu especial atenção à crise de Darfur e anunciou que na quarta-feira de manhã se reunirá com seu representante para a região, o sueco Jan Eliasson. No final do mês, ele pretende participar da cúpula da União Africana na Etiópia, onde também conversaria com o presidente do Sudão, Omar Hassan Al Bashir.

Sob o comando do ganense Kofi Annan, secretário-geral até o último dia de 2006, a ONU teve dificuldades, em parte devido às condições impostas por Cartum, para levar uma força de paz à árida região de Darfur, no oeste do Sudão, onde uma guerra civil já expulsou mais de 2,5 milhões de pessoas de suas casas.

Ban também anunciou prioridade à questão nuclear da Coréia do Norte, com a qual já estava profundamente envolvido na qualidade de chanceler sul-coreano. Ele prometeu agir como um "facilitador" das negociações pluripartites que envolvem EUA, Japão, China, Rússia e as duas Coréias.

Mas o novo secretário-geral está ciente dos desafios e limitações da ONU e do seu cargo. "Nenhuma pessoa sozinha, inclusive o secretário-geral da ONU, nem um país sozinho -- não importa quão forte, poderoso e cheio de recursos -- pode lidar com isso. Precisamos de alguns esforços conjuntos."

Ban afirmou que a ONU muitas vezes é "subestimada, às vezes injustamente criticada", e que vai incentivar os funcionários graduados da entidade a conversarem mais com os jornalistas e com os Estados membros.

Depois da entrevista, o secretário-geral fez um pronunciamento aos funcionários da ONU, fechado à imprensa. Os únicos assessores indicados por ele até agora foram o indiano Vijay Nambiar para a chefia de gabinete e a premiada jornalista haitiana Michele Montas para o cargo de porta-voz. | Por Evelyn Leopold/Reuters

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