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26/02/2008 - 11:40

Especialista comenta posicionamento do Brasil frente ao gás boliviano

O governo boliviano, após a estatização dos ativos da Petrobras, deixou de prosseguir com os investimentos necessários ao aumento da produção de gás. Como conseqüência, estão faltando mais de 4 milhões de metros cúbicos diários do produto para atender contratos assinados com o Brasil e Argentina. Na tentativa de resolver o impasse, o ministro boliviano tentou, há algumas semanas, negociar com o governo brasileiro a redução das quantidades a serem exportadas para o Brasil, com o intuito de repassá-las à Argentina. "Importante lembrar que a Argentina, pela sua maior dependência desse produto, remunera melhor o metro cúbico. Se tal estratégia fosse aceita, seria mais um remendo nos contratos assinados pelo Brasil com o governo boliviano e revistos pelos atuais mandatários do poder. O presidente da Petrobras, desta vez, desde o primeiro momento, vem se posicionando contra as pretensões bolivianas e, na última reunião entre Bolívia, Brasil e Argentina, o Brasil ratificou sua posição em não aceitar redução na cota de gás contratado e se dispôs a vender energia para o governo argentino, caso este viesse a necessitar. Esta decisão, se não for mudada mais uma vez, representa um avanço na atitude demonstrada pelo governo, que face a episódios anteriores colocou em risco os altos investimentos realizados pela iniciativa privada, na direção de criar alternativas aos combustíveis fósseis. Os acionistas da Petrobras encontram-se, em parte, decepcionados pelo desempenho da empresa nos últimos meses face aos resultados alcançados no passado e ao ufanismo das descobertas da bacia de Tupi. A venda de energia pura para a argentina é bem mais interessante para o Brasil, que pode cobrar bem mais caro do que custaria, para nossos vizinhos, o gás in natura importado. É chegada a hora do governo brasileiro considerar, em primeiro lugar, os interesses do país de uma maneira geral antes de tentar resolver os problemas de países vizinhos, que sonham com revoluções utópicas no velho estilo de Marx, quando nos primórdios do século passado escreveu sua obra antológica", diz Carlos Stempniewski, mestre em Administração de Empresas e professor do curso de Administração das Faculdades Integradas Rio Branco.

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