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26/02/2008 - 11:43

Tese de mestrado derruba teoria e contribui com produtividade do pinus

Estudo comprova que tamanho das sementes não influencia no desenvolvimento da planta, enquanto a separação por família evita perdas de viveiro em cerca de 15%.

A Battistella Florestal, que detém cultivos comerciais de pinus em municípios catarinenses e paranaenses, começa a aplicar uma nova técnica que prevê reduzir ao menos em 15% as perdas em viveiro de Pinus taeda, espécie cultivada pela empresa para fornecimento de matéria-prima aos setores de base florestal. A técnica é resultado de uma tese desenvolvida pela supervisora de pesquisa e viveiro da Battistella, a engenheira florestal Kelly Cancela, que acaba de concluir o mestrado em Ciências Florestais pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Durante os dois anos do mestrado, a engenheira realizou pesquisas que analisaram a influência das famílias e do tamanho das sementes do pinus na homogeneidade do crescimento e no percentual de germinação das plantas. O estudo fez cair por terra a velha teoria utilizada por empresas, especialmente importadoras de sementes, de que o tamanho deste material traz resultados superiores e, por este motivo, encarece o produto. “Descobrimos que o tamanho da semente pode até influenciar nos resultados de testes isolados, de laboratório, mas nas árvores plantadas em viveiro, que são o caso das grandes aplicações comerciais, isto não faz diferença”, conta Kelly.

De acordo com a supervisora, esta constatação beneficia não só a Battistella, mas o mercado da silvicultura de pinus de maneira geral, que já pode desconsiderar o tamanho das sementes que serão adquiridas na próxima coleta, que ocorre entre o final de março e início de abril. “Agora sabemos que não vale a pena pagar mais caro por sementes maiores, que não trarão resultados proporcionalmente superiores. Além disso, sementes mais robustas ainda implicam em menor quantidade de mudas produzidas por quilo de semente adquirido”, reforça.

Por outro lado, o estudo comprovou que os lotes de sementes provindas de uma mesma família são fundamentais para garantir o crescimento homogêneo e alto grau de emergência das sementes. “Percebemos que, em alguns casos, as perdas com determinadas famílias chegavam a 40%. Agora, escolhemos as melhores árvores e fazemos a separação de seus lotes de sementes sem misturá-las com as demais”, explica a supervisora. “Com a nova técnica, teremos um crescimento mais homogêneo, o que barateia o custo operacional do viveiro e, ainda, garante uma qualidade superior às mudas produzida”, complementa.

Produtividade - No caso do pinus, a produção de sementes tem início quando a árvore completa sete anos e cessa aos 30 anos. O auge de produção ocorre aos 10 ou 11 anos. Atualmente, a Battistella Florestal utiliza sementes de três pomares – de primeira à terceira geração - que somam, em média, 1,8 mil árvores. A produção anual de sementes, por indívíduo, varia de 30 gramas a 1 quilo e a coleta se estende do final de março ao início de abril.

No caso do pinus, a produção de sementes em pomares clonais depende de características do sítio, como disponibilidade de nutrientes, distância entre indivíduos, insolação e ventos, e da genética das famílias envolvidas Em geral, a produção comercial de sementes tem início próximo aos sete anos, atingindo seu auge cinco anos depois.

Atualmente, a Battistella Florestal utiliza sementes de pomar clonal de primeira geração, mas prevê disponibilizar ao mercado sementes de gerações avançadas, selecionadas para as mais diferentes regiões bioclimáticas. A produção anual de sementes, por indívíduo, varia de 30 gramas a 1 quilo e a coleta se estende do final de março ao início de abril.

O grupo Battistella - Há 59 anos no mercado, o grupo Battistella, com matriz em Curitiba, detém, atualmente, os setores Battistella Florestal, Battistella Veículos Pesados e Battistella Distribuidora. As matrizes comerciais dos setores ficam Santa Catarina, Paraná e São Paulo, respectivamente. As empresas da marca Battistella comercializam produtos e serviços em todo o território nacional, sendo que parte de seu portifólio também é exportada. O grupo ainda está lançando o projeto do porto de contêineres de Itapoá (SC), formando, assim, o quarto setor de atuação, o Battistella Logística.

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