Presidente Lula e o governador Sérgio Cabral visitam as obras da Companhia Siderúrgica do Atlântico

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Sérgio Cabral visitaram as obras da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no distrito industrial de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, no dia 26 de fevereiro (terça-feira). A previsão é de que o complexo siderúrgico seja inaugurado em março do ano que vem. Ainda na manhã, Lula, Cabral e o presidente grupo alemão ThyssenKrupp, Karl-Ulrich Köhler, descerraram placa comemorativa em homenagem à visita do presidente da República.

Falando para cerca de 13 mil trabalhadores, o governador Sérgio Cabral ressaltou o êxito econômico da política desenvolvimentista do país e contou que o presidente do grupo alemão ficou impressionado com a qualidade dos operários, técnicos e empresas brasileiras que trabalham na construção da CSA.

- O Rio vive um momento extraordinário com a chegada de novas empresas como essa e a ampliação de outras. A instalação do Complexo Petroquímico da Petrobras (Comperj) e a ampliação do Porto de Itaguaí são exemplos de empreendimentos que vão gerar milhares de empregos e riquezas em nosso estado - disse o governador.

Em seu discurso, Lula também ressaltou o desempenho e a versatilidade dos trabalhadores brasileiros.

- Este é o maior patrimônio que um empresário estrangeiro leva do país - disse ele, dirigindo-se ao presidente do grupo alemão - e completou: - Em todo o planeta, não existe trabalhador mais versátil e criativo do que o brasileiro. Este é o maior trunfo que podemos oferecer a qualquer empresário que queira investir no Brasil. Não sou eu que estou falando. Ouvi testemunhos sobre isso de vários executivos com quem me encontrei nas minhas viagens - afirmou Lula.

Para o presidente, a falta de oportunidades no mercado de trabalho faz com que muitos brasileiros optem pela criminalidade. Segundo ele, no entanto, tal quadro está sendo revertido.

- Infelizmente, a maioria das notícias que saem no Brasil é negativa, ressaltando a violência, e não destaca assuntos como o reconhecimento da competência dos trabalhadores brasileiros no exterior. Muita gente que quer trabalhar acaba caindo no crime porque o estado e as empresas não oferecem oportunidade. Mas isso está acabando no país, graças aos investimentos que estamos fazendo, como está acontecendo no Rio. No dia 7, eu volto aqui para, junto com o governador Sérgio Cabral, darmos início às obras do PAC no Complexo do Alemão. Serão investidos milhões de reais nesse e em outros complexos carentes do Rio, o que dará mais qualidade de vida, empregos e dignidade a essas pessoas - disse.

Considerado o maior investimento privado no país nos últimos dez anos, a implantação da CSA representa um investimento de três bilhões de euros. A nova usina responderá pela produção de cinco milhões de toneladas de placas de aço por ano, destinadas à exportação, e irá gerar 18 mil vagas de trabalho na fase de construção. A partir de 2009, quando a usina estiver funcionando, o empreendimento passará a oferecer 20 mil novos empregos diretos e indiretos.

Segundo o presidente da CSA, Aristides Corbellini, a escolha do estado para a instalação do complexo foi influenciada pelos incentivos e, principalmente, pelo posicionamento estratégico e a infra-estrutura oferecida para o empreendimento.

Seu principal acionista é o grupo ThyssenKrupp, um dos maiores produtores de aço da Alemanha e do mundo. O empreendimento é uma parceria entre o grupo alemão, com 90% dos recursos, e a Vale do Rio Doce, que além dos 10% restantes também é responsável pelo fornecimento do minério de ferro.

As obras, que estão sendo feitas em uma área de 9km² do distrito industrial de Santa Cruz, prevêem também a construção de um porto com dois terminais. Um deles será responsável pelo recebimento de 4 milhões de toneladas por ano de carvão mineral e o outro pelo escoamento da produção das placas de aço que serão produzidas.

Estiveram presentes na solenidade de hoje o vice-governador e secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão; o secretário de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno; o secretário da Casa Civil, Regis Fichtner; o secretário de Turismo, Eduardo Paes; a secretária da Assistência Social, Benedita da Sivla, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Miguel Jorge; o ministro da Igualdade Racial, Edson Santos; O senador Marcelo Crivela, o presidente do ThyssenKrupp, Karl-Ulrich Köhler; o presidente da CSA, Aristides Corbellinio; o presidente do BNDES, Luciano Coutinho; do Tribunal de Justiça, Murta Ribeiro; e da Alerj, Jorge Picciani, entre outros.