Brasil tem a menor taxa de delitos na América Latina, aponta pesquisa Ipsos

Apesar disso, oito em cada dez brasileiros sentem-se inseguros quando saem à rua.

O Brasil é um dos países com a menor taxa declarada de vítimas de delitos na América Latina. Pesquisa realizada pela Ipsos em seis países da região mostra que apenas 13% dos brasileiros afirmaram ter sido vítimas de atos de delinquência nos últimos 12 meses. O número é bem menor que a média latino-americana, de 23%.

O país com o maior número de delitos é o Peru, onde um terço dos entrevistados disse ter sido vítima de algum tipo de crime no último ano. O México aparece em segundo lugar - 28% dos entrevistados sofreram algum tipo de transgressão.

Apesar de ter a menor taxa entre os países pesquisados, 81% dos entrevistados no Brasil afirmam sentir-se inseguros quando saem às ruas. O Peru é o país com o maior número de entrevistados que se sentem inseguros na rua: 90%. O México é o que tem o menor percentual, 72%. Em todos os países pesquisados, a maioria dos entrevistados diz sentir-se inseguros nas ruas.

“A percepção de aumento, estabilidade ou diminuição da violência depende de múltiplos fatores. Um deles é o tipo de violência com a qual as pessoas têm contato e a incidência com que são submetidas a ela. A pesquisa da Ipsos não se restringiu a grandes metrópoles, onde normalmente encontramos maiores taxas de criminalidade. Foi realizada em cidades de diferentes portes em todos os países pesquisados e revelou que a percepção de insegurança é geral, o que faz muito sentido se avaliarmos que há décadas a América Latina é um dos continentes mais violentos do mundo”, afirma Danilo Cersosimo, diretor de Public Affairs da Ipsos no Brasil.

Quando o assunto é insegurança em casa, dois a cada cinco entrevistados no Brasil dizem sentir-se desprotegidos em suas residências. Novamente o Peru é o país com o maior percentual de pessoas que se sentem inseguras (49%) seguido pela Argentina (47%). Na Colômbia, apenas um quarto dos entrevistados disseram sentir-se desprotegidos e é onde as pessoas mais sentem-se seguras em suas residências.

A pesquisa ouviu 6.514 pessoas de todos os níveis socioeconômicos em seis países da região, entre novembro de 2015 e janeiro de 2016. A margem de erro para os dados do Brasil é de 3 pontos percentuais.

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