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12/04/2016 - 07:20

Inflação deve fechar 2016 em 6,70%, aponta Relatório Focus

“Apesar de ser um número muito menor que o de 2015, que foi de 10,67%, o IPCA ainda será muito alto, sobretudo se considerarmos as condições econômicas: um forte desemprego, que afeta milhões de pessoas, e contração do PIB que será de, no mínimo, 4,20%”, analisa Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Corretora.

O relatório Focus apresentou hoje uma expectativa para a inflação em torno de 6,70% para 2016, valor dentro do esperado após a ANEEL retirar a bandeira vermelha para as tarifas de energia. Essa é a projeção de curto prazo das cinco instituições que mais acertam, segundo o BC. A estimativa caiu de 7,22%, na semana passada, para 6,70%, refletindo, sobretudo, o forte recuo do IPCA de março, que veio em 0,43%. A inflação acumulada em 2016 foi de 2,62%, quando em 2015 foi de 3,83%. “É uma “desinflação” de 1,20% em um trimestre e deve continuar nos próximos meses. O que o mercado não levou em conta, e nem tem sido tão comentado na imprensa, é que a queda dos preços foi consequência à reversão daquilo que levou a inflação a explodir para mais de 10% no ano passado: a seca e o dólar”, afirma Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Corretora.

Com a volta das chuvas, a energia elétrica voltou a cair (ela subiu mais de 50% no ano passado e foi responsável por boa parte do “choque” de alta) e aliviou a inflação no trimestre. Esse efeito deve continuar em abril (com a volta da queda nas contas de luz) e nos meses posteriores, pelos efeitos indiretos da queda das tarifas sobre os outros preços. Os alimentos, que subiram no início do ano pelo excesso de chuva, devem voltar a se estabilizar ou, em alguns casos, a cair. Junto com a energia, os alimentos foram a maior pressão em 2015 e isso ocorreu por conta da seca e do dólar.

A taxa de câmbio também voltou a colaborar, retirando mais pressão sobre os preços. O dólar caiu quase 10% nesse trimestre, ao passo que no primeiro trimestre do ano passado ele subiu mais de 20%. Com menos pressão da seca e do câmbio, os preços já deveriam voltar à média de 2014, quando subiram 2,18% no primeiro trimestre e 6,41% no ano. Com a forte contração da economia, que deverá ser de, pelo menos, 4,20%, as pressões serão ainda menores. Veja o comportamento da inflação acumulada em doze meses:

Como o gráfico mostra, após a “explosão” dos 10,71, observada em janeiro desse ano, o IPCA acumulado em doze meses entrou em desaceleração forte e deve atingir 6,70% (no máximo) em dezembro desse ano. “Apesar de ser um número muito menor que o de 2015, que foi de 10,67%, o IPCA ainda será muito alto, sobretudo se considerarmos as condições econômicas: um forte desemprego, que afeta milhões de pessoas, e contração do PIB que será de, no mínimo, 4,20%”, completa Pedro.

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