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21/04/2016 - 07:47

Itaipu, FPTI e Exército inauguram projeto-piloto de segurança energética em Brasília

Proposta é testar e desenvolver produtos e equipamentos voltados para a segurança energética do País.

A Itaipu Binacional e o Exército Brasileiro inauguram em Brasília (DF), no dia 26 de abril(terça-feira), às 11h, o projeto-piloto de segurança energética — módulo 1 de Armazenamento de Energia. A parceria, que inclui A Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI), tem como proposta testar e desenvolver produtos e equipamentos voltados para a segurança energética do País, assim como soluções de mobilidade sustentável para o Brasil.

Na ocasião, a diretoria da usina fará o repasse de um veículo elétrico e de um eletroposto de abastecimento monitorado pelo sistema de gestão de mobilidade inteligente MOBI.ME. A solenidade acontece no quartel general do Exército- setor militar urbano, com a participação de ministros e diversas outras autoridades.

Devem participar da cerimônia o ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga; a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; a diretora financeira executiva de Itaipu, Margaret Groff; e o diretor-superintendente da FPTI, Juan Carlos Sotuyo; além de comandantes do Exército, Marinha, Forças Armadas e demais parceiros de Itaipu em projetos semelhantes de mobilidade, como os Correios, PNUD, ONU e Finep, entre outros.

Contrapartida —O Exército forneceu a parte do sistema para a geração de energia solar. A Itaipu forneceu as baterias (FIAMM) e o sistema de armazenamento de energia (Ingrid), além do veículo elétrico em comodato e o eletroposto. A instalação é uma ação conjunta dos parceiros da Itaipu, a FPTI e o próprio Exército.

Como vai funcionar —O sistema de armazenamento de energia instalado no quartel-general do Exército Brasileiro em Brasília atenderá os escritórios, o sistema de segurança sul do quartel e fornecerá energia para um eletroposto, que abastecerá veículos elétricos.

Segundo a diretora financeira executiva de Itaipu, coordenadora do projeto MOBI.ME, Margaret Groff, o sistema de armazenamento de energia é híbrido, podendo coordenar várias fontes simultaneamente (solar, eólica, hidrelétricas, diesel, biometano e geotérmica, entre outras).

Como Brasília tem a segunda maior insolação do Brasil, portanto, um grande potencial de energia solar, para este primeiro piloto foi escolhida como fonte a energia proveniente do sol. Foram instalado 360 painéis fotovoltaicos conectados a seis inversores solares com potência total de 90 kW.

Como funciona —Os inversores solares são conectados entre si e conectados a um outro inversor master híbrido, com potência máxima de 125 kW, que é ligado à rede elétrica e a um banco de baterias, permitindo a gestão energética do sistema. Esse inversor é responsável por fazer o carregamento das baterias utilizando energia solar prioritariamente. No total, são doze baterias de sódio com acumulação de 282 kWh.

Vantagens a mais —As baterias são 100% recicláveis, possuem alta densidade energética e funcionam à temperatura ambiente. O sistema é controlado por um software desenvolvido pela empresa espanhola Ingrid, com a colaboração da Itaipu e FPTI. O equipamento possui como estratégia duas funções concomitantes, autonomia e economia.

E o que isso significa na prática? O assessor de Mobilidade Elétrica, Celso Novais, explica. Na função autonomia, com a configuração de baterias atual, ocorrendo falta de insolação ou um “blackout” da rede elétrica, o sistema poderá fornecer carga ininterrupta por até duas horas. Já na função economia, o sistema trabalha para reduzir ao máximo a conta de energia utilizando os módulos solares e a carga das baterias para neutralizar a carga elétrica consumida no exército, preservando reserva suficiente para não comprometer a função autonomia.

Desta maneira, o sistema é o primeiro no Brasil a funcionar on e off grid, estando conectado ou não à rede de energia. No modo off grid, se houver apagão, a resposta é 150 vezes mais rápida que um sistema de backup diesel e, por isso, também mais confiável, uma vez que essa velocidade de reenergização do sistema é imperceptível aos sistemas eletrônicos. Com isso, assegura que enquanto o sistema estiver instalado, a portaria que faz a segurança do Exército sempre terá energia para funcionar satisfatoriamente.

No modo on grid, a combinação baterias e energia solar está gerando uma economia de aproximadamente R$ 30 mil ao Exército, no mês, em torno de 10% da sua fatura de energia. Como o software é programável e as baterias podem prover energia a qualquer hora do dia, a economia pode chegar até R$ 60 mil ao mês, caso o sistema seja acionado no horário de ponta, quando a energia custa mais caro. A economia ainda pode ser maior, pois como o sistema é modular, mais baterias e mais painéis solares podem ser adicionados ao sistema a qualquer momento.

Veículo Elétrico —Para compor todo o projeto-piloto, a Itaipu cedeu em comodato um veiculo elétrico Renault Fluence Z e um eletroposto que será ligado ao sistema de armazenamento de energia. O Fluence Elétrico possui motor elétrico de 70 kW de potência e um pack interno de baterias de lítio que contêm 48 módulos, totalizando 22 kWh de energia disponível. O resultado é uma autonomia de até 185 km em condições normais de utilização.

O posto de recarga, montado pela equipe técnica da Itaipu, é capaz de fornecer energia para até dois veículos simultaneamente e poderá carregar o veiculo elétrico em aproximadamente 4 horas.

O automóvel e o eletroposto serão monitorado pelo Sistema Mob.I de Itaipu, por meio de um módulo de comunicação desenvolvido pelo CEiiA, Centro de Tecnologia de Portugal, que permite monitorar em tempo real os equipamentos, informando estado de carga, localização, velocidade e deslocamentos, além da quantidade de CO² com emissão evitada, entre outros indicadores.

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