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29/04/2016 - 07:59

Vencendo a síndrome na água

Olhos amendoados, maior propensão ao desenvolvimento de algumas doenças, hipotonia muscular e desenvolvimento físico e mental mais lentos. Essas são algumas das características de um a cada 700 bebês que nascem com Síndrome de Down. Isso ocorre devido a um erro de divisão celular entre os cromossomos dos pais da criança. Como consequência, o bebê tem seu desenvolvimento afetado.

O maior desafio de uma família que possui um integrante com Síndrome de Down são as limitações acarretadas pela doença. Mas, mesmo com todas as dificuldades que um portador possa ter, é possível estabelecer uma rotina de atividade física para que ele mesmo consiga se disciplinar e manter hábitos saudáveis.

Diante disso, é importante estimular as crianças portadoras da síndrome desde cedo, para que sejam capazes de vencer as limitações que essa alteração genética lhes impõe. Um trabalho de assistência multidisciplinar é fundamental para o seu desenvolvimento. A hidroterapia é uma modalidade da fisioterapia que pode ajudar muito neste contexto de cuidados pessoais, contribuindo também para a socialização do paciente junto aos outros praticantes da atividade.

A fisioterapia aquática pode ser uma forte aliada dentre os diversos tratamentos da Síndrome de Down, pois, estimula o controle motor do portador da síndrome, já que a água oferece, ao mesmo tempo sustentação e resistência e a pessoa consegue realizar atividades que seriam impossíveis fora da piscina. Com isso, o paciente se sente mais seguro de seus movimentos e torna-se capaz de realizá-los com mais eficiência, alcançando mais independência e satisfação nos exercícios propostos na sessão.

Muitas pessoas ficam na dúvida sobre em qual momento iniciar o tratamento com a hidroterapia. Importante frisar que, após a liberação médica, a criança com três meses de idade já pode ser estimulada por meio da fisioterapia aquática. Durante esse primeiro momento é fundamental a participação dos pais em todo o processo.

A partir de então, com a inserção da hidroterapia na rotina de pacientes portadores de Síndrome de Down, os seguintes benefícios serão observados: melhora na circulação sanguínea e diminuição na hipertensão, promovendo relaxamento e descanso muscular, ajudando o paciente em seu convívio social e melhorando a qualidade do sono.

Essa modalidade da fisioterapia complementa os tratamentos convencionais, executados fora da água. É uma atividade física com características únicas; diferente até mesmo da natação e contribui de maneira muito positiva para o bem-estar físico, mental e comportamental do portador da Síndrome de Down.

Mas, um alerta deve ser dado sobre a necessidade dos portadores da Síndrome de Down fazerem um acompanhamento periódico com um especialista, e se submeterem a uma avaliação com um fisioterapeuta antes de iniciar um tratamento com hidroterapia.

. Por: Rogério Celso Ferreira, Fisioterapeuta, especialista em hidroterapia, diretor clínico da Fisior Hidroterapia.

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