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11/05/2016 - 05:22

Programa amplia doação de consultas e óculos

Parceria do Instituto Penido Burnier, ONG OneSight e prefeitura de Campinas inclui adultos e eleva em mais de 50% a doação para 2016.

Em plena crise, uma boa notícia para a saúde ocular. De 16 a 20 de maio acontece no Instituto Penido Burnier a segunda edição do OneSight, programa social que este ano amplia de 1600 para 2511 o número de consultas, óculos de grau e de sol distribuídos gratuitamente a pessoas pré-triadas pela prefeitura nos centros de saúde da rede municipal.

De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do hospital, esta parceria reforça o compromisso da instituição com a assistência à saúde ocular dos menos favorecidos. Hoje este serviço é oferecido pela Fundação Dr. João Penido Burnier que realiza 1,5 mil consultas/mês pelo SUS, mas não tem um sistema permanente de doação de óculos. A estimativa do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) é de que no Brasil a cada 10 prescrições, duas pessoas ficam sem óculos. Além disso, um em cada 3 adultos nunca foi ao oftalmologista. Entre crianças este índice chega a 70% conforme levantamento do hospital. Estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) também mostra que a prevalência dos problemas de visão chega a ser 3 vezes mais frequente entre os de menor renda do que na população de maior poder aquisitivo. Para viabilizar o programa, 22 médicos realizam as consultas em 10 consultórios do hospital. Este ano a expectativa dos organizadores é beneficiar 855 crianças a partir de 5 anos e 1656 adultos. Todos os óculos serão confeccionados por um grupo de quarenta voluntários treinados pela OneSight em laboratório que será montado no hospital. A entrega acontece no dia seguinte após a consulta embora lentes simples possam ficar prontas em alguns minutos.

Importância da inclusão dos adultos -O oftalmologista conta que no ano passado o programa foi inteiramente voltado para crianças. "Este ano decidimos incluir adultos porque a falta de óculos é apontada pela OMS como a maior causa da deficiência visual" afirma. Além disso, o número de pessoas que engavetam a receita, observa, pode ultrapassar a estimativa do CBO por causa da crise econômica. Sem correção visual. o médico diz que a chance de perder o emprego é maior. Isso porque, a produtividade cai de 20% a 40%, dependendo do grau de dificuldade para enxergar, afirma.

Idade aumenta distúrbios de visão- O problema é que de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em Campinas, bem como em todo o país. 41% da população com 60 anos ou mais não enxerga bem. Dos campineiros nesta faixa etária, 25% tem vida economicamente ativa contra 19% no Brasil, o que reforça a necessidade de ter boa visão. Já dos 15 aos 59 anos, 16% da população da cidade não enxergam bem, ou seja, menos da metade dos que passaram dos 60. O especialista ressalta que a partir de 60 anos podem surgir outros problemas de visão que nem sempre são corrigidos com óculos. Este é o caso da catarata, opacificação do cristalino relacionada ao envelhecimento. O único tratamento, explica, é a cirurgia. Consiste no implante de uma lente dentro do olho que substitui o cristalino opaco.

Presbiopia- A presbiopia ou vista cansada caracterizada pela perda da visão de perto decorrente do envelhecimento, atinge 38% dos campineiros e 33% dos brasileiros. Isso porque, explica, este é o índice de pessoas com 40 anos ou mais, faixa et´ria em que surge a presbiopia na maioria das pessoas.

Mulheres- Os números levantados pelo IBGE em Campinas e no Brasil também confirmam uma pesquisa feita por Queiroz Neto sobre os problemas de visão na população feminina. Isso porque, revela que as alterações oculares na mulher são 50% mas frequentes que nos homens. O médico explica que entre elas isso é provocado pelos hormônios sexuais, anatomia do olho, maior estresse oxidativo, incidência do diabetes e hipertensão.

Crianças- O oftalmologista afirma que a estimativa da OMS é de que até o final deste ano o Brasil deve somar 248 mil casos de deficiência visual entre crianças de até 5 anos. Em Campinas a expectativa é acabar o ano com 240 crianças cegas por falta de óculos, doenças congênitas e retinopatia da prematuridade.

Mercado- O índice geral do IBGE de 36,5 milhões de brasileiros com problemas de visão equiparado à comercialização de 43,5 milhões de lentes ou 21,75 milhões de óculos de grau conforme a pesquisa de mercado 2015 da Abiótica (Associação Brasileira da indústria Ótica) revela que uma parcela importante de brasileiros continuam enxergando mal mesmo quando tem acesso aos óculos por falta de exames periódicos. Para Queiroz Neto isso reforça a importância de ações sociais no setor, já que os distúrbios visuais são três vezes mais frequentes nas classes de menor renda.

Programação.: As consultas seguem a agenda: segunda-feira (16/05) - 13 as 16:30 h. total de 207 crianças| terça- feira (17/05) - 8 as 17 (intervalo das 12 as 13 h) - 648 crianças | quarta-feira (18/05) - 8 as 17 (intervalo das 12 as 13 h) - 576 adultos |quinta- feira (19/05) - 8 as 17 (intervalo das 12 as 13 h) - 576 adultos|sexta-feira feira (20/05) - 8 as 16 (intervalo das 12 as 13 h) - 504 adultos.

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