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29/02/2008 - 09:30

Vale atinge lucro líquido de US$ 11,8 bilhões, e bate recorde pelo quinto ano


Alta produção de minério de ferro e o aumento do preço em 9,5 por cento colaborou para a ótima perfomance da Companhia.

Rio de Janeiro – A Companhia Vale do Rio Doce (Vale) completou em 2007 o quinto ano consecutivo de extraordinário crescimento de suas atividades, processo sustentado por contínua melhoria do desempenho operacional e financeiro, maior diversificação do portfólio de ativos e globalização de suas operações. A adoção, a partir de novembro de 2007, em todos os países em que atua do nome Vale e da nova logomarca traduz esse movimento de evolução.

Tal transformação reflete a execução de um plano estratégico de longo prazo, apoiado por rigorosa disciplina na alocação do capital, contínua busca de oportunidades de criação de valor, constante preocupação com custos, ênfase na qualidade do capital humano e forte compromisso com a responsabilidade social corporativa.

Nos últimos cinco anos, a Companhia investiu US$ 40,7 bilhões, sendo US$ 20,6 bilhões em aquisições e US$ 20,1 bilhões em manutenção das operações, pesquisa e desenvolvimento (P&D) e execução de projetos. A conclusão de vinte grandes projetos em diversos segmentos da indústria de mineração, a realização de aquisições coroadas de sucesso e de ganhos de produtividade implicaram na expansão de nossa produção total agregada à taxa média anual de 11,6% entre 2003 e 2007. Paralelamente à expansão quantitativa da produção, acrescentamos ao nosso portfólio cobre, níquel, carvão metalúrgico e térmico, metais do grupo da platina e cobalto.

Em 2007, alcançamos recordes na produção de nove diferentes produtos: minério de ferro (296 milhões de toneladas métricas), pelotas (17,6 milhões de toneladas métricas), níquel refinado (248 mil toneladas métricas), cobre (284 mil toneladas métricas), bauxita (9,1 milhões de toneladas métricas), alumina (4,3 milhões de toneladas métricas), alumínio (551 mil toneladas métricas), caulim (1,3 milhão de toneladas métricas) e cobalto (2,5 mil toneladas métricas). Com esses volumes, a Vale reafirma sua posição de maior produtora mundial de minério de ferro, segunda maior de níquel, e uma das maiores em caulim, cobalto, ferro ligas e alumina.

A Vale liderou pelo sétimo ano consecutivo a negociação dos preços de referência global para o minério de ferro. Em fevereiro de 2008, foram fechados os preços para os minérios finos, principal produto da indústria, representando 70% do volume transacionado no mercado transoceânico.

Como resultado de negociações com clientes asiáticos e europeus e refletindo a continuidade de uma situação de excesso de demanda global, ficaram estabelecidos os novos preços para o minério de ferro fino, com aumento para os minérios dos Sistemas Sul e Sudeste, Fob Tubarão, de 65% em relação a 2007. Para o minério de ferro produzido em Carajás, dada sua qualidade superior, foi acordado um prêmio de US$ 0,0619 por unidade de ferro em cada tonelada métrica seca sobre o preço dos minérios do Sul e Sudeste para 2008.

A receita bruta se multiplicou em quase seis vezes entre 2003 e 2007, tendo passado de US$ 5,5 bilhões para US$ 33,1 bilhões. Simultaneamente, a geração de caixa, medida pelo EBITDA ajustado(a) (lucro antes de despesas financeiras, impostos depreciação e amortização), teve crescimento maior ainda, evoluindo de US$ 2,1 bilhões em 2003 para US$ 15,8 bilhões em 2007. O lucro líquido saltou de US$ 1,5 bilhão em 2003 para US$ 11,8 bilhões em 2007. Ao longo desse período de cinco anos retornamos capital aos acionistas, sob a forma de distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio, no valor de US$ 5,3 bilhões. O retorno total ao acionista foi de 73,7% ao ano, o mais elevado entre as grandes companhias diversificadas de mineração. Em conseqüência disso, a Vale passou a figurar entre as 40 maiores empresas do mundo por capitalização de mercado.

Os principais destaques da performance em 2007 foram: • Recorde de vendas de minério de ferro e pelotas (296 milhões de toneladas métricas), cobre (300 mil toneladas métricas), alumina (3,253 milhões de toneladas métricas) e alumínio primário (562 mil toneladas métricas). • Receita bruta de US$ 33,1 bilhões, a mais elevada da história da Companhia, 28,8% acima do valor registrado em 2006. • Lucro operacional recorde, medido pelo EBIT ajustado(b) (lucro antes de juros e impostos), de US$ 13,2 bilhões, apresentando elevação de 40,9% relativamente a 2006. • Margem EBIT ajustado de 40,9%, contra 37,4% em 2006. • EBITDA ajustado recorde de US$ 15,8 bilhões contra US$ 11,4 bilhões em 2006. Se excluir o ajuste extraordinário de estoques realizado, o EBITDA ajustado alcançou US$ 16,8 bilhões em 2007 contra US$ 12,4 bilhões em 2006. • Lucro líquido recorde, de US$ 11,8 bilhões, correspondente a lucro por ação diluído de US$ 2,42, com aumento de 62,9% sobre o resultado obtido em 2006, de US$ 7,3 bilhões.

Perspectivas dos negócios - As perspectivas sobre o crescimento da economia global em 2008 se deterioraram em conseqüência do impacto negativo da turbulência dos mercados financeiros sobre a atividade econômica, especialmente nos EUA.

Os bancos têm estado sob pressão para acolher em seus balanços veículos de investimento em derivativos de crédito por eles patrocinados e anteriormente mantidos como entidades financeiramente independentes. Ao mesmo tempo, em decorrência da contração da demanda dos investidores por créditos securitizados, os bancos têm sido obrigados a desembolsar significativo volume adicional de linhas de crédito compromissadas anteriormente não utilizadas por seus clientes.

Por último, as instituições financeiras vêm reportando consideráveis perdas, refletindo o declínio dos preços de mercado das hipotecas e outros ativos de seus portfólios.

Tal panorama resultou em aperto de liquidez no mercado interbancário e na retração da oferta de crédito. Os bancos centrais de vários países, liderados pelo Federal Reserve Bank, dos EUA, agiram rapidamente para restabelecer as condições normais de funcionamento dos mercados interbancários, enquanto que bancos comerciais e de investimento têm buscado aumentar capital para recuperar sua capacidade de ofertar crédito. Simultaneamente, o Fed vem atuando agressivamente na administração da política monetária, realizando vários cortes na taxa de juros de curto prazo, reduzindo-a em 225 pontos base desde setembro de 2007, com o objetivo de minimizar a perda de crescimento daqui a alguns trimestres. Novos cortes são esperados. Vários indicadores contemporâneos e antecedentes das condições do mercado de trabalho e da produção industrial sugerem que o crescimento global está se desacelerando, na medida em que as condições no mercado de crédito restringem a expansão econômica nos EUA, Europa e Japão.

Entretanto, não se espera que tal desaceleração se transforme em recessão. Embora a hipótese de descolamento seja inconsistente com o funcionamento de uma economia globalizada, espera-se que o dinamismo das maiores economias emergentes, como China e Índia, concorra para compensar parcialmente o efeito negativo da contração do crescimento das economias desenvolvidas. Além disso, a excelente saúde das empresas não financeiras do mundo desenvolvido, após cinco anos de alta rentabilidade e expansão de produtividade, ajuda a enfrentar o choque de demanda por seus produtos e serviços, viabilizando a realização de ajustes modestos em sua força de trabalho e dispêndios de capital para adequação a um cenário com maiores restrições na oferta de crédito.

Desse modo, estimamos que o crescimento da economia global, apesar de mais lento do que no ano passado, se processe em 2008 em ritmo ligeiramente superior à sua média histórica de expansão, com o alargamento do diferencial de taxas de aumento do produto real entre as economias emergentes e as desenvolvidas.

A globalização atua através de vários canais para elevar a capacidade potencial de crescimento da economia global. Esperamos que taxas de juros reais baixas e a expansão em ritmo elevado da produtividade, em particular nas economias de mercados emergentes, importantes ingredientes do crescimento econômico sustentável, persistam. Portanto, cremos que essa combinação deva proporcionar a manutenção da trajetória de expansão da economia global a taxas razoavelmente elevadas durante os próximos cinco anos.

A confirmação desse cenário será bastante positiva para os mercados de minérios e metais, na medida em que as economias que sofrem transformações estruturais e que conseqüentemente são responsáveis pela forte expansão da demanda por esses produtos devem continuar a crescer de forma acelerada e a aumentar seu peso no PIB e na produção industrial global. O estado atual dos mercados para os produtos de mineração é de considerável aperto, o que tem sido refletido no comportamento diferenciado dos preços das ações das companhias do setor.

A produção do aço continua a crescer bem acima da expansão da indústria de transformação, o que é apoiado de forma bastante ampla por preços em alta em todas as regiões do mundo e para seus diferentes tipos, planos e longos. Como resultante disso, os preços das matérias primas para sua produção encontram-se sob grande pressão.

Diante de uma combinação de forte demanda e choques de oferta (enchentes na Austrália, falta de energia na África do Sul, nevascas na China e gargalos logísticos na Austrália e Rússia), os preços do carvão metalúrgico no mercado spot dispararam e encontram-se substancialmente acima do preço para embarques cobertos por contratos, ultrapassando com folga o nível de US$ 300 por tonelada métrica. Da mesma forma, os preços de ligas de manganês de médio e alto carbono estão em patamares muito superiores ao de picos em ciclos anteriores.

O mercado de minério de ferro emite sinais claros de excesso de demanda, com os preços no mercado spot em tendência de alta desde o quarto trimestre de 2006 e se situando atualmente em torno de US$ 200 por tonelada métrica. Os preços no mercado spot continuam a aumentar mesmo após fechamento do preço de 4T07 referência. Como decorrência do desequilíbrio entre demanda e oferta global o preço de referência de 2008 para os contratos de minérios finos sofreu elevação de 65% relativamente ao vigente em 2007. O minério de ferro fino de Carajás terá prêmio de 0,0619 por unidade de ferro para cada tonelada métrica seca sobre os preços para 2008 dos minérios finos dos Sistemas Sul e Sudeste.

Os preços de metais básicos - níquel, cobre e alumínio – que costumam ser bastante sensíveis às expectativas de mudanças macroeconômicas, têm respondido muito bem às perspectivas de uma recessão na maior economia do mundo. O preço do níquel tem se mantido numa zona de flutuação entre US$ 12-13 por libra, refletindo a boa demanda para aplicações em revestimento (plating), superligas - influenciada pelas indústrias aeroespacial e de petróleo e gás – e baterias. Além disso, não obstante o aumento da produção do níquel pig iron, produto de custo elevado e com várias limitações tecnológicas, a demanda da indústria de aço inoxidável chinesa por níquel primário continua em expansão.

O preço do cobre voltou a superar o patamar dos US$ 8.000 por tonelada métrica, o que é causado pela oferta insuficiente de concentrado, estoques baixos e problemas de produção em smelters na China. O preço do alumínio subiu cerca de US$ 400 por tonelada métrica, ultrapassando o nível de US$ 2.800 influenciado pelas expectativas de forte restrição da oferta de energia elétrica, o que tem sido estimulado pelos problemas na África do Sul e China. Estes problemas, por seu turno, também têm influência direta, juntamente com outros fatores do lado da demanda, na significativa alta dos preços da platina e do carvão térmico, que vêm batendo recordes históricos.

O preço do cobalto, em que a Vale se constitui em um dos maiores produtores mundiais, atingiu também marcas recordes, evolução determinada pela forte demanda por superligas nas indústrias aeroespacial e de baterias e por restrições do lado da oferta. A tendência dos preços do potássio reflete em última instância alguns dos fatores subjacentes ao choque de preços de alimentos que hoje provoca altas temporárias dos índices de inflação: forte crescimento da demanda por parte das economias emergentes e grandes investimentos em etanol e biocombustíveis para a diversificação da matriz energética.

Paralelamente a uma demanda crescente e de expectativas de sua continuidade no médio prazo, colocam-se várias restrições a uma resposta mais expressiva da oferta de minérios e metais aos incentivos de preços. Entre elas, destaca-se a maior escassez relativa de ativos de classe mundial em regiões de menores riscos econômicos e políticos, energia elétrica, mão-de-obra especializada, equipamentos e peças, como pneus para caminhões fora de estrada e trilhos de trem. Diante desse cenário, a Vale encontra-se bem posicionada para prosseguir criando valor em magnitude considerável para seus acionistas a partir do desenvolvimento ao longo do período 2008-2012 de um atrativo portfólio de mais de 30 projetos em diversos segmentos da indústria de mineração - minério de ferro, pelotas, níquel, cobre, bauxita, alumina e carvão – numa base geográfica diversificada, Brasil, Chile, Peru, Canadá, Austrália, China, Indonésia, Nova Caledônia, Moçambique e Omã. Para apoiar a expansão de suas operações, a Companhia continuará a investir na infra-estrutura de logística, fundamental, por exemplo, para dar suporte aos projetos de minério de ferro, e energia elétrica.

Receita recorde: US$ 33,1 bilhões - A receita operacional bruta em 2007 totalizou US$ 33,115 bilhões, 28,8% superior à receita de 2006. No 4T07, a receita da Vale alcançou US$ 8,412 bilhões, com crescimento de 12,2% em relação ao 4T06, quando obtivemos US$ 7,494 bilhões.

O aumento de preços dos produtos contribuiu com 80% da variação da receita, correspondendo a US$ 5,911 bilhões, enquanto o maior volume de vendas gerou US$ 1,490 bilhão.

Em 2007, as vendas de minerais ferrosos representaram 46,6% da receita bruta, os minerais não ferrosos 39,3%, os produtos da cadeia do alumínio – bauxita, alumina e alumínio primário - colaboraram com 8,2% e os serviços de logística com 4,6%. Individualmente, os produtos mais importantes em termos de geração de receita foram: minério de ferro (US$ 11,907 bilhões), níquel (US$ 10,043 bilhões), pelotas (US$ 2,264 bilhões), cobre (US$ 1,985 bilhão), alumínio (US$ 1,571 bilhão), transporte ferroviário de carga geral para clientes (US$ 1,220 bilhão) e alumina (US$ 1,102 bilhão).

Em termos de distribuição geográfica do destino das vendas, 40,3% da receita bruta foi proveniente de vendas para a Ásia, 33,5% das Américas, 22,1% da Europa e 4,0% de outras regiões do mundo. A China permaneceu como o principal destino de nossas vendas, aumentando sua participação na receita para 17,7% do total, seguida do Brasil com 16,0%, Japão com 11,6%, Estados Unidos com 9,0%, Alemanha com 5,6% e Canadá com 5,3%. A distribuição geográfica das receitas da Vale de acordo com origem da geração foi: Brasil 61,7%, América do Norte 27,7%, Australásia 8,7% e Europa 1,9%.

Um lucro recorde – US$ 11,8 bilhões - O lucro líquido de 2007, de US$ 11,825 bilhões, equivalente a lucro por ação diluído de US$ 2,42, constitui-se em recorde. É o quinto ano consecutivo de crescimento, tendo aumentado em 62,9% relativamente ao valor registrado em 2006, de US$ 7,260 bilhões.

No 4T07, o lucro líquido foi de US$ 2,573 bilhões, equivalente a lucro por ação diluído de US$ 0,52, contra US$ 1,615 bilhão no 4T06.

Dentre os fatores que tiveram impacto direto no aumento de US$ 4,565 bilhões do lucro destacam-se: (a) incremento de US$ 3,833 bilhões do lucro operacional, e (b) variação positiva de US$ 2,516 bilhões no resultado financeiro líquido. Em contrapartida, o imposto de renda evoluiu de US$ 1,861 bilhão em 2006 para US$ 3,201 bilhões em 2007, com impacto negativo de US$ 1,340 bilhão sobre a variação do lucro líquido.

Os ganhos na venda de ativos totalizaram US$ 777 milhões em 2007, ante US$ 674 milhões em 2006. A vendas de participação acionária na Usiminas proporcionou ganho de US$ 459 milhões, Log-In Logística, US$ 238 milhões, e Lion Ore, US$ 80 milhões.

O resultado financeiro líquido foi positivo em US$ 1,262 bilhão, contra resultado negativo de US$ 1,254 bilhão em 2006. Esta variação deve-se em grande parte ao aumento de US$ 2,030 bilhões nos ganhos de variações monetárias e de US$ 1,067 bilhão originado pelas operações com derivativos.

O resultado contábil produzido pelas variações monetárias foi igual a US$ 2,559 bilhões em 2007, ante US$ 446 milhões em 2006. Este aumento significativo é explicado pelo efeito da valorização de 20,7% do real contra o dólar americano sobre o passivo líquido em moeda americana. O endividamento em dólares americanos é convertido para reais utilizando a taxa de câmbio BRL/USD do início do período contábil, 31 de dezembro de 2006, e é posteriormente revertido para dólares americanos com o emprego da taxa de câmbio BRL/USD do final do período contábil, 31 de dezembro de 2007.

As operações com derivativos produziram ganho de US$ 925 milhões em 2007 contra uma perda de US$ 142 milhões em 2006, representando um swing de US$ 1,067 bilhão.

O swap da taxa de juros em reais atrelada ao CDI para juros fixos em dólares americanos para as debêntures não conversíveis emitidas no Brasil em dezembro de 2006 gerou efeito positivo de US$ 791 milhões em 2007, em decorrência da apreciação do real frente à moeda americana.

De modo a minimizar o efeito da apreciação do real nos custos da Companhia, realizamos contratos de swap cambial envolvendo montante equivalente aos nossos gastos com pessoal, obtendo ganho de US$ 127 milhões em 2007.

A Vale faz uso de derivativos vinculados aos preços de alumínio, cobre, ouro, platina e gás natural para a gestão da volatilidade do fluxo de caixa.

O Conselho de Administração aprovou operações de hedge para uma fração de nossa produção de alumínio e cobre para 2007 e 2008, com o objetivo de mitigar o risco de fluxo de caixa relacionado à mudança da nossa estrutura de capital e aumento de endividamento após a aquisição da Inco.

As operações de hedge de cobre implicaram em perda de US$ 129 milhões em 2007, contra ganho de US$ 67 milhões em 2006, enquanto que o hedge de alumínio produziram ganho de US$ 146 milhões em 2007 versus perda de US$ 209 milhões em 2006.

Podendo eventualmente comprar contratos futuros de níquel para neutralizar efeitos de contratos de vendas para clientes realizadas a preço fixo, de forma a manter nossa exposição ao risco de flutuação dos preços desses metais.

A marcação a mercado das debêntures participativas gerou efeito negativo de US$ 387 milhões no resultado financeiro de 2007. As despesas com juros brutos totalizaram US$ 1,348 bilhão, 3,9% superior ao valor realizado em 2006, de U$ 1,297 bilhão.

A equivalência patrimonial contribuiu com US$ 595 milhões, com diminuição de US$ 115 milhões em relação ao ano anterior, o que foi influenciado por vendas de participações acionárias.

Os investimentos em empresas produtoras de minerais ferrosos foram responsáveis por 50,6% desse resultado, logística 21,0%, alumínio 14,1%, carvão 7,7%, siderurgia 5,0% e níquel 1,5%. Em termos individuais, as maiores contribuições vieram da Samarco (US$ 242 milhões), MRS Logística (US$ 117 milhões), MRN (US$ 84 milhões) e Usiminas (US$ 31 milhões).

O desempenho dos segmentos de negócios.: Minerais ferrosos – recorde de vendas e EBITDA ajustado de US$ 8,3 bilhões.

O vigoroso crescimento da demanda global de minério de ferro e pelotas e a expansão da produção da Vale tem permitido a obtenção de sucessivos recordes de volumes de vendas. Assim, a quantidade embarcada desses produtos em 2007, de 296,357 milhões de toneladas métricas, foi a maior da história da Vale, ultrapassando em 7,4% a verificada em 2006.

Apesar do bom desempenho, o volume de embarques foi menor do que a programado em função de problemas na infra-estrutura de logística que dificultaram sua realização, implicando inclusive em elevação de despesas com demurrage. Tais problemas já foram solucionados, inclusive com o retorno à operação plena do terminal marítimo de Itaguaí.

Em 2007, as vendas de minério de ferro somaram 262,687 milhões de toneladas métricas, contra 250,667 milhões no ano anterior. Os embarques de pelotas foram de 33,670 milhões de toneladas métricas, o que foi viabilizado pela produção recorde de 17,570 milhões, pela compra de 11,689 milhões e pela industrialização por encomenda de 3,231 milhões de toneladas métricas. A quantidade vendida de pelotas aumentou em 32,8% em 2007.

No 4T07 vendemos 69,768 milhões de toneladas métricas de minério de ferro e 8,447 milhões de pelotas, com incremento de 9,1% e 18,3%, respectivamente, visà- vis o 4T06.

A Vale é a maior fornecedora de minério de ferro para a China e embarcou para esse país 94,5 milhões de toneladas métricas em 2007. Houve expansão de 24,9% em relação ao realizado no ano anterior, de 75,7 milhões de toneladas métricas. A Companhia atendeu a 24,6% das importações chinesas, sendo que estas representaram 31,9% do nosso volume total de embarques de minério de ferro e pelotas, contra 27,4% em 2006, 21,5% em 2005 e 17,8% em 2004.

O Japão absorveu 27,459 milhões de toneladas métricas, 9,3% de nossas vendas, a Alemanha 22,781 milhões de toneladas métricas, 7,7%, seguida da França com 3,7%, Coréia do Sul com 3,5% e Itália com 3,1%.

As vendas para as siderúrgicas e produtores de ferro gusa do Brasil alcançaram 38,100 milhões de toneladas métricas, 12,9% dos embarques totais. A entrada em operação dos diversos projetos de produção de aços semi-acabados promovidos pela Companhia – CSA, CSV, CSP – e controlados por empresas siderúrgicas exercerá forte impacto positivo sobre as vendas de minério de ferro e pelotas para o mercado brasileiro.

As vendas de pellet feed para as joint ventures de pelotização de Tubarão foram de 20,547 milhões de toneladas métricas, 6,9% do total, as quais após transformação em pelotas são direcionadas em sua maior parte para outros países.O preço médio realizado na venda de minério de ferro em 2007, de US$ 45,33 por tonelada métrica, foi 13,3% superior ao de 2006. Para as pelotas, o preço médio foi igual a US$ 78,62 por tonelada métrica representando acréscimo de 4,5% sobre 2006.

A queda do volume de vendas de manganês, de 779 mil toneladas métricas em 2006 para 708 mil em 2007, foi influenciada pela suspensão da operação da mina do Azul de julho a meados de dezembro de 2007, para dar prioridade ao transporte de minério de ferro na Estrada de Ferro Carajás (EFC).

Os embarques de ferro ligas em 2007, de 488 mil toneladas métricas, foram ligeiramente inferiores aos do ano anterior, de 522 mil toneladas métricas. O preço médio foi de US$ 1.311 por tonelada métrica, sendo 47,9% acima do preço médio de 2006, de US$ 886,97. A receita gerada com vendas de minerais ferrosos – minério de ferro, pelotas, manganês e ferro ligas – somou US$ 15,434 bilhões em 2007, com elevação de 22,8% em relação a 2006. A receita com vendas de minério de ferro foi de US$ 11,907 bilhões, com acréscimo de 18,8% frente ao ano passado e a de pelotas atingiu US$ 2,647 bilhões, com aumento de 38,8%. A margem EBIT ajustado foi de 47,9%, contra 47,3% de 2006. No 4T07, a margem EBIT ajustado foi de 42,7%, sendo negativamente afetada pela apreciação do real em relação ao dólar americano e por maiores gastos com manutenção nas ferrovias e nos portos.O EBITDA ajustado dos negócios de minerais ferrosos totalizou US$ 8,304 bilhões em 2007, sendo 22,9% superior ao de 2006 e se constituiu em novo recorde anual.

O aumento de US$ 1,546 bilhão relativamente a 2006 sofreu a influência dos efeitos do crescimento das quantidades vendidas (US$ 1,130 bilhão) e elevação de preços (US$ 1,735 bilhão). Estes foram parcialmente compensados por aumentos de US$ 960 milhões no CPV, US$ 157 milhões nas despesas gerais, administrativas e vendas (SG&A) e US$ 102 milhões em impostos, além da redução de US$ 100 milhões em dividendos recebidos de empresas não consolidadas.

A Companhia investiu em 2007 nas operações com minerais ferrosos US$ 1,748 bilhão, dos quais US$ 1,027 bilhão foram destinados ao desenvolvimento de projetos, US$ 141 milhões para P&D e US$ 580 milhões para manutenção das= operações atuais. Iniciamos o projeto Carajás 130 Mtpa, que elevará a capacidade para 130 milhões de toneladas métricas, a partir de 2009. O projeto se encontra em fase de detalhamento da engenharia e aguarda apenas a obtenção de licença ambiental para que as obras sejam iniciadas. Para fazer frente à expansão de Carajás, iniciamos o projeto do Corredor Norte, envolvendo a ampliação da capacidade da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e do terminal marítimo de Ponta da Madeira.

Nosso primeiro investimento direto na indústria de minério de ferro na China foi a compra por US$ 5 milhões de participação de 25% no capital da pelotizadora Zhuhai, localizada na província de Guangdong. Trata-se de joint venture com a Zhuhai Yueyufeng Iron & Steel e a Pioneer Iron & Steel. A planta entrou em operação em janeiro de 2008, com capacidade de produção de 1,2 milhão de toneladas métricas de pelotas ao ano. A Vale fornecerá minério de ferro para a joint venture sob um contrato de 30 anos. Estão previstas para 2008 a conclusão dos projetos de Fazendão, que fornecerá 15,8 milhões de toneladas métricas anuais de ROM (minério de ferro sem beneficiamento) para a terceira planta de pelotização de nossa joint venture Samarco, e Itabiritos, planta de pelotas com capacidade nominal de produção de 7 milhões de toneladas métricas por ano. O início de operação da planta da Samarco, com capacidade de produção de 7,6 milhões de toneladas métricas anuais de pelotas, está previsto para o 2T08.

Minerais não-ferrosos – EBITDA ajustado de US$ 7,6 bilhões. A receita total com minerais não-ferrosos - níquel, cobre, caulim, potássio, metais do grupo da platina, metais preciosos e cobalto – alcançou US$ 13,006 bilhões, com aumento de 42,0% em relação ao ano anterior.

No 4T07, a receita atingiu US$ 2,826 bilhões, ante US$ 3,080 bilhões no 4T06, tendo em vista a menor quantidade e preço médio de níquel. As vendas de níquel geraram US$ 10,043 bilhões em 2007, o que foi 52,7% superior a de 2006. Foram embarcadas 268.240 toneladas métricas, ante 271.807 em 2006. Em 2007, nossa produção chegou a 247.900 toneladas métricas, a qual foram adicionadas 14.200 toneladas métricas produzidas sob contrato de industrialização por encomenda (tolling) a partir de concentrados comprados de terceiros. No ano anterior, a produção foi menor, de 234.700 toneladas métricas, porém os contratos de tolling contribuíram com 17.000 toneladas métricas e foram realizadas compras de níquel refinado de terceiros para revenda. Apesar da diminuição do volume, a receita do níquel sofreu o impacto positivo da forte elevação do preço médio em 2007, de US$ 37.442 por tonelada métrica contra US$ 24.194 no ano anterior.

No 4Q07, o preço médio realizado reduziu-se em relação ao 3T07, de US$ 32.313 para US$ 29.745 por tonelada métrica. Isso refletiu a evolução dos preços do metal na LME, que após chegar ao pico de US$ 54.200 em 16 de maio entraram em declínio nos meses seguintes, chegando ao nível médio de US$ 30.226 no 3T07 e de US$ 29.454 no 4T07.

A receita com vendas de cobre chegou a US$ 1,985 bilhão, contra US$ 1,823 bilhão em 2006. Os embarques de cobre no ano foram iguais a 300.396 toneladas métricas, 9% superior aos de 2006, quando chegaram a 275.840 toneladas métricas. O preço médio realizado em 2007 foi de US$ 6.611 por tonelada métrica, em linha com preço médio de US$ 6.610 para o ano passado. No 4T07, a composição da cesta dos produtos de cobre (concentrado, anodo, catodo) se alterou, com o aumento da participação de cobre em concentrado. Isto fez com que o preço médio realizado nesse trimestre do ano caísse consideravelmente, sendo igual a US$ 6.004 por tonelada métrica ante US$ 7.558 no 3T07.

O aumento da importância relativa dos concentrados nas vendas de cobre reflete a exploração de sinergias em Sudbury. Nossa planta de processamento Clarabelle Mill separa os concentrados de níquel dos de cobre e estes últimos são vendidos. Este processo reduz custos e aumenta a produtividade do smelter de Copper Cliff, contribuindo para aumentar a produção de níquel.

Os metais do grupo da platina produziram receita de US$ 342 milhões, contra US$ 270 milhões em 2006. O preço mais elevado da platina, que atingiu média de US$ 1.314 por onça troy contra US$ 1.128 no ano passado, mais do que compensou a redução de 7,5% no volume de vendas.

As vendas de caulim participaram com US$ 237 milhões para a receita total, o potássio com US$ 178 milhões, o cobalto com US$ 135 milhões e os metais preciosos, ouro e prata, contribuíram com US$ 85 milhões. Todos esses produtos apresentaram aumento das receitas em relação ao ano de 2006.

Em 2007, a margem operacional das operações com os minerais não ferrosos atingiu 47,1% contra 38,6% em 2006. No 4T07, a margem foi negativamente afetada pelos menores preços de níquel e cobre, chegando a 28,0%. A geração de caixa medida pelo EBITDA ajustado, excluindo o efeito extraordinário de estoques, alcançou US$ 7,586 bilhões ante US$ 4,464 bilhões registrados em 2006. O aumento de US$ 3,122 bilhões é explicado pelo efeito de elevação de preços médios de venda (US$ 3,834 bilhões) e redução de SG&A (US$ 109 milhões), parcialmente compensado pelo incremento do CPV (US$ 799 milhões) e impostos (US$ 13 milhões), além de US$ 9 milhões correspondentes à redução de volume de vendas.

Os investimentos nas operações de minerais não ferrosos foram de US$ 3,129 bilhões, sendo US$ 1,920 bilhão em projetos, US$ 393 milhões em P&D e US$ 816 milhões em manutenção. O elevado investimento na sustentação dos ativos de não ferrosos deveu-se à necessidade de significativos gastos em melhorias e modernização em nossas operações de níquel no Canadá. Foram investidos US$ 1,125 bilhão no desenvolvimento do projeto de Goro, na Nova Caledônia. Muitos avanços foram realizados em 2007: todos os equipamentos relevantes já foram instalados, o porto na Baía de Prony está em funcionamento para recebimento de insumos e a usina de geração de energia elétrica a carvão está prestes a iniciar operação. Todas as licenças de implantação foram obtidas e já foram cumpridas as etapas requeridas para o recebimento da licença de operação. A previsão de início da operação é final de 2008. O projeto Onça Puma, no estado do Pará, demandou investimentos de US$ 537 milhões em 2007. Em decorrência de atrasos na montagem de equipamentos, o projeto teve a previsão de start up adiada para o início de 2009.

Alumínio – recorde de vendas As vendas de bauxita, alumina e alumínio em 2007 proporcionaram receita bruta de US$ 2,722 bilhões, contra US$ 2,381 bilhões em 2006, com crescimento de 14,3%. No 4T07, a receita atingiu US$ 672 milhões versus US$ 674 milhões no 4T06. Em 2007, as vendas de alumínio primário bateram recorde, 562 mil toneladas métricas, superando as 485 mil toneladas métricas registradas em 2006, o que implicou em aumento de 15,9%. No 4T07, foram vendidas 135 mil toneladas métricas vis-à-vis 120 mil no mesmo trimestre do ano anterior. O preço médio de venda de alumínio, US$ 2.784,70 por tonelada métrica, se elevou em 8,8% relativamente a 2006. Os embarques de alumina foram iguais a 3,253 milhões de toneladas métricas, ante 3,221 milhões em 2006. O volume de 959 mil toneladas métricas vendidas no 4T07 foi 6,1% menor que os 1,021 milhão no 4T06.

O preço médio realizado de alumina, de US$ 338,76 por tonelada métrica, apresentou queda de 1,5% frente aos US$ 343,99 por tonelada métrica obtido em 2006, o que foi determinado pela forte queda dos preços no mercado spot.

Em 2007, a margem operacional das operações com os produtos da cadeia do alumínio foi de 31,2%, contra 39,5% em 2006. A compressão da margem foi determinada pelo aumento de custos, originado pela alta de preços de insumos e pelo efeito da desvalorização do dólar americano sobre a depreciação.

No 4T07, a margem EBIT ajustado da área de alumínio chegou a 18,4%, tendo sido negativamente afetada por diversos fatores não recorrentes. Foram realizados no último trimestre do ano ajustes na forma de medição de estoque de bauxita proveniente da mina de Paragominas ao longo de 2007, uma vez que não estavam sendo consideradas no custo total as perdas ocorridas no processo produtivo. A partir de janeiro de 2008, o processo de medição de estoque de bauxita foi ajustado de modo a incluir o custo de rejeitos e perdas do processo produtivo no custo total da bauxita proveniente da mina de Paragominas.

Adicionalmente, ocorreram baixas de créditos fiscais de US$ 15 milhões, despesas de US$ 14 milhões para a reforma do forno de cozimento da Albras e foi realizada provisão de US$ 4 milhões para perdas no contrato de fornecimento de energia elétrica para a Albras. Se excluirmos esses fatores não recorrentes, a margem EBIT ajustado no 4T07 seria igual a 26,7%, inferior à média trimestral dos últimos três anos, de 35,4%. Tal redução foi influenciada pela depreciação média no 4T07 de 6,9% do dólar americano face ao real relativamente ao trimestre anterior. O EBITDA ajustado foi de US$ 1,014 bilhão em 2007, tendo havido redução de 6,0% em relação ao ano anterior, de US$ 1,079 bilhão. O aumento de receita líquida de US$ 311 milhões foi neutralizado pela elevação do CPV (US$ 300 milhões) e do SG&A (US$ 63 milhões) e pela ligeira diminuição (US$ 13 milhões) de dividendos pagos pela MRN, empresa não consolidada. A elevação do CPV foi causada pela valorização do real, US$ 148 milhões, e pela alta dos preços de vários insumos, como soda cáustica, óleo combustível, coque, piche, fluoreto e energia elétrica.

Foram investidos US$ 859 milhões nas operações de alumínio, sendo US$ 491 milhões no projeto Alunorte 6&7 e US$ 107 milhões na segunda fase de Paragominas (Paragominas II). Os dois projetos estão previstos para entrar em operação em 2008. Alunorte 6&7 expandirá nossa capacidade de produção de alumina para 6,260 milhões de toneladas métricas anuais, enquanto que Paragominas II aumentará a capacidade da mina de bauxita de Paragominas para 9,9 milhões de toneladas métricas por ano. Paragominas II suprirá a bauxita necessária para a operação dos módulos 6 e 7 da refinaria de alumina.

Carvão- A Vale Austrália, nossa subsidiária integral, possui quatro ativos em operação: Integra Coal (61,2%), Carborough Downs (80%), Isaac Plains (50%) e Broadlea (100%). A Integra Coal se situa no Hunter Valley no estado de New South Wales, enquanto que os outros três estão no estado de Queensland. Esses ativos são classificados como unincorporated joint ventures, caracterizados por uma estrutura de resultado compartilhado. Dessa forma, apresentaremos os dados de volume vendido e receita por trimestre de acordo com o FASB, que determina que a consolidação para esse caso seja proporcional à participação da Vale em cada joint venture na conversão para o US GAAP (princípios de contabilidade geralmente aceitos nos Estados Unidos da América). Para uma melhor análise reportaremos os dados do 2T07 incluindo os de abril de 2007.

A receita com vendas de carvão alcançou US$ 160,0 milhões em 2007, dos quais US$ 127,6 milhões foram relativos ao carvão metalúrgico (semi-hard, semi-soft e PCI) e US$ 32,4 milhões ao carvão térmico. No 4T07, a receita com carvão metalúrgico e térmico foram, respectivamente, US$ 55,0 milhões e US$ 6,6 milhões.

Os embarques de carvão metalúrgico em 2007 totalizaram 1,894 milhões de toneladas métricas, sendo 498 mil toneladas métricas no 2T07, 599 mil no 3T07 e 797 mil no 4T07.

Os embarques de carvão térmico em 2007 foram de 603 mil toneladas métricas, registrando 290 mil no 2T07, 198 mil no 3T07 e 115 mil no 4T07. O preço médio realizado na venda de carvão metalúrgico em 2007 foi de US$ 67,37 por tonelada métrica. Para o carvão térmico, o preço médio foi igual a US$ 53,73 por tonelada métrica.

Serviços de logística - As ferrovias da Vale – Carajás (EFC), Vitória a Minas (EFVM) e Centro-Atlântica (FCA) - transportaram 27,500 bilhões de tku9 de carga geral para clientes em 2007, o que representou aumento de 2,9% em relação ao ano anterior, quando foram movimentadas 26,714 bilhões de tku. No 4T07 o volume transportado foi de 6,461 bilhões de tku, com crescimento de 12,4% em relação aos 6,249 bilhões de tku no 4T06.

As principais cargas transportadas em 2007 foram produtos agrícolas, 12,6 bilhões de tku (45,8%), insumos e produtos da indústria do aço, 10,5 bilhões de tku (38,1%), combustíveis (6,7%), insumos para construção civil e produtos florestais (3,4%) e outros (6,0%). Os portos e terminais marítimos da Companhia movimentaram 28,443 milhões de toneladas métricas de carga geral, ante 29,745 milhões de toneladas métricas em 2006.

Os serviços de logística geraram receita de US$ 1,525 bilhão em 2007, com aumento de 10,8% em relação aos US$ 1,376 bilhão em 2006. A receita produzida pelo transporte ferroviário de carga geral foi de US$ 1,220 bilhão, os serviços portuários, US$ 237 milhões, e a navegação marítima de cabotagem e os serviços de apoio portuário, US$ 68 milhões. O split das operações com contêineres e venda em 2007 de parte das ações da Log-In Logística, empresa coligada não consolidada em US GAAP, transação que gerou ganho para a Vale de US$ 238 milhões, contribuiu por outro lado para a redução das atividades de logística. Por exemplo, o TVV, terminal marítimo que se transformou em ativo da Log-In, processou 3,4 milhões de toneladas métricas de embarques de carga geral em 2006. Além disso, a Vale operou o terminal de Paul, especializado em movimentação de ferro gusa, apenas até abril de 2007.

A margem EBIT ajustado foi de 24,0%, inferior à apresentada em 2006, de 28,9%. No 4T07, a margem EBIT ajustado caiu para 16,2%, devido, principalmente, a maiores gastos com manutenção nas ferrovias e nos portos, incluindo: (a) melhorias na frota de locomotivas da FCA, e (b) a manutenção do molhe – barreira de pedra contra correnteza - do Terminal de Produtos Diversos, no estado do Espírito Santo.

O EBITDA ajustado chegou a US$ 649 milhões em 2007, 26,8% acima do valor de 2006, US$ 512 milhões. A variação de US$ 137 milhões no EBITDA ajustado deveu-se ao crescimento de US$ 134 milhões na receita líquida e de US$ 10 milhões de dividendos recebidos, enquanto que do lado negativo registram-se aumentos do CPV de US$ 2 milhões e do SG&A de US$ 29 milhões.

10 bilhões de dólares – E as perspectivas para 2008 é de um mercado bastante aquecido, principalmente, para o minério de ferro, produto responsável por cerca de 40 por cento da receita e que obteve ajuste este mês de até 71 por cento, o que garante à Vale receita de 10 bilhões de dólares maior este ano, ultrapassando 2007.

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