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14/05/2016 - 06:31

Paixão por esportes radicais transforma médico em multiatleta


Uma vida além do supérfluo, em contato consigo mesmo e a — sua — natureza. Esse é o lema de Fernando Mourão, médico especializado em medicina preventiva e multiatleta. O mineiro, de 31 anos, pratica nada menos que 18 esportes radicais: caiaque, downhill de bike, escalada, freeboard, mergulho, motocross, mountain bike, paraquedas, pesca sub, rapel, rafting, skate, snowboard, stand up (SUP), supercross, surf, voo livre e wakeboard.

A relação do jovem com esportes e natureza começou em casa, aos quatro anos, quando seu pai, o também médico, Carlos Henrique Mourão, levava ele e seu irmão para navegar de caiaque no Rio Doce, em sua cidade natal, Governador Valadares, Minas Gerais. “Quando meu pai ia dar suas remadas, amarrava o meu caiaque no dele e saia me puxando rio acima. Aquele momento, para uma criança como eu, era a coisa mais fantástica do mundo. Desde então, me apaixonei pela prática de esportes radicais”, explica o atleta.

Daí em diante a lista de esportes só aumentou. Aos 12 anos começou a andar de motocross e fazer trilhas na fazenda da família, no interior de Minas. Anos depois, ao se mudar para Teresópolis, região serrana do estado do Rio de Janeiro, a fim de cursar medicina, não conseguiu ficar parado e comprou uma bicicleta para aprender downhill, perfeito para a geografia sinuosa da cidade. E na companhia do irmão também fazia escaladas e rapel nas cachoeiras paradisíacas do município.

Aproveitando a proximidade do mar, aos fins de semana, Fernando descia a Serra para realizar um sonho: surfar. E durantes seus seis anos de faculdade fez das praias do Rio - Grumari, Macumba, Prainha, Recreio - e de Saquarema seus points para pegar as ondas mais perfeitas. Não satisfeito em surfar apenas no mar, adaptou o esporte para as águas de seu amado Rio Doce. “Pena que só era possível em poucos dias do ano, na época das chuvas, quando o rio atinge um nível de água muito acima do normal. Eu surfava em um lugar específico, onde há bastante pedras que fazem uma formação de grandes ondas. Assim, vivenciava bons momentos de adrenalina e tirava o "pó" da prancha!”, conta Mourão, que também aproveitava este período de cheia para fazer rafting com a família e amigos.

Relação com a Floresta Amazônica — Em 2010, aos 25 anos, se mudou para a cidade de Caracaraí, em Roraima, com o intuito de vivenciar realidade extrema da profissão. Lá passou dois anos e era o único médico que residia no município. Essa experiência, além de permitir o contato direto com a população ribeirinha e indígena, o apresentou a dois novos esportes: mergulho e pesca sub. “O tempo que vivi em Roraima foi a melhor época da minha vida. Nunca estive tão empolgado com um lugar como fiquei por lá. Uma região incrível em termos de belezas naturais, com uma paisagem única e fauna e flora extraordinárias. De todos os mergulhos que fiz, os nos rios de lá são, até hoje, os que mais me fascinaram. A Bacia Amazônica é o berçário de um dos peixes mais esportivos do mundo: o grande tucunaré açu, que para mim é o mais lindo debaixo d'água. Com suas manchas únicas parece que foi criado para o mergulhador”, explica o multiatleta.

Após a passagem pela Região Norte do país, Fernando percebeu que sua relação com o esporte e a natureza ia além do hobby. “Lá, eu senti que queria me tornar um multiatleta, uma pessoa que seria capaz de praticar qualquer esporte radical e realmente vivenciar um pouco de tudo”, confessa Mourão que, de 2010 a 2012, se dedicou exclusivamente a viagens para esta prática. De lá para cá, aprendeu freeboard, slackline, snowboard, SUP, voo livre e wakeboard.

Paixão que vai virar filme -—Do gosto pela aventura e natureza, Fernando contratou a KC Produções para desenvolver o projeto Ramahuu (www.ramahuu.com.br), um documentário no qual ele e seu amigo roraimense Alex Goes vão praticar esportes radicais na região entre Amazonas e Roraima. Lá, vão aos extremos, como mergulhar ao lado do jacaré açu, maior predador da América Latina. “Vamos registrar animais maravilhosos que vivem nesse ecossistema fascinante, desde araras, macacos, botos, onça pintada, peixe boi e outros animais silvestres menos conhecidos. Nosso objetivo é ir onde ninguém ousou gravar”, pontua.

“Os esportes radicais tem um papel fundamental na minha vida, que é o que vamos apresentar neste documentário: o quão prazerosa é a prática de esportes ao ar livre. Quero mostrar para o público que é possível viver de forma diferente, deixando um pouco de lado o consumismo, fazendo novas amizades, interagindo mais e melhor com a natureza e desenvolvendo uma consciência ecológica”, finaliza Fernando Mourão.

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