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18/05/2016 - 07:13

Moody´s divulga relatório elogiando gestão de recursos para os Jogos Olímpicos

A agência internacional de avaliação de risco Moody´s divulgou no dia 16 de maio(segunda-feira), relatório sobre os Jogos Olímpicos Rio 2016 e a forma como vêm gerando benefícios duradouros para a cidade, com melhorias em infraestrutura e na mobilidade. A gestão dos custos olímpicos também tem destaque no relatório: "O endividamento do município não aumentou, apesar dos empréstimos adicionais, graças à renegociação das dívidas federais. Os turistas vão incrementar o recolhimento de impostos, mas apenas temporariamente, enquanto a preparação da cidade para as Olimpíadas tem sido, em geral, bem realizada, respeitando o prazo e o orçamento". A dívida consolidada do município, já considerando a renegociação em curso com a União, é de 46%, a mais baixa taxa de endividamento de qualquer governo brasileiro avaliado pela Moody´s. Ou seja, cerca de um terço do limite previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal, de 120% da Receita Corrente Líquida.

No último dia 9 de maio, a Moody´s já havia dado à cidade do Rio de Janeiro o maior status possível, mesmo em meio à crise financeira no país, após atualização da metodologia de avaliações locais. O Rio tornou-se o único ente sub-nacional a ter avaliação local Aa1.br. A nota reafirma, mais uma vez, a situação de solidez das finanças da prefeitura em relação ao panorama nacional.

A agência justificou a decisão com base em três fatores: o histórico consistente de desempenho financeiro frente a entes comparáveis; sua capacidade de atrair transferências de recursos federais para investimentos, como é o caso das Olimpíadas; e a expectativa de que os níveis da dívida pública carioca ficarão visivelmente abaixo de seus pares, em função da renegociação da dívida municipal com a União.

— Isso prova que a cidade do Rio de Janeiro tem feito o seu dever de casa: controlou dívidas, paga todas suas obrigações em dia e manteve um alto índice de investimentos nos últimos anos. Isso tudo em meio à realização das Olimpíadas, em que estamos mantendo tudo dentro do prazo e no custo — afirmou o prefeito Eduardo Paes.

Segundo o relatório divulgado, os Jogos Olímpicos geraram cerca de R$25 bilhões (US$7,1 bilhões) em investimentos de infraestrutura na Região Metropolitana do Rio, virtualmente a mesma quantidade de todos os investimentos da Copa do Mundo Brasil 2014 nas 12 cidades-sede (R$26 bilhões). Entre os principais projetos, o documento cita o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que vai ajudar a revitalizar a região central do Rio; o BRT Transolímpica, via expressa que vai conectar a Zona Oeste da cidade ao Complexo Esportivo de Deodoro, na Zona Norte; e a Linha 4 do Metrô, que vai integrar a Zona Sul ao Parque Olímpico, na Barra da Tijuca.

O retorno de marketing e vendas previsto para os patrocinadores dos Jogos também foi analisado de forma positiva pela Moody´s, que não prevê, entretanto, um grande aumento de aportes no restante do país:

"Os Jogos Olímpicos de agosto de 2016 na cidade do Rio de Janeiro (Ba2 negativo) prometem trazer cerca de 10 mil atletas de mais de 200 países, assim como enormes oportunidades de marketing para as empresas patrocinadoras e benefícios temporários de negócios. Novos projetos de infraestrutura prometem os benefícios mais duradouros para a cidade, enquanto a economia brasileira não vai ter um impulso significante por sediar os Jogos. Quando o Brasil (Ba2 negativo) sediou a Copa do Mundo de 2014, a nova infraestrutura se concentrou em aeroportos e arenas nas 12 cidades-sede, incluindo o Rio. Já as Olimpíadas vão deixar um legado de novos projetos de mobilidade urbana na cidade, incluindo melhorias ao seu aeroporto internacional e ao principal estádio da cidade, o Maracanã, além de todo o investimento em mobilidade urbana. Apesar de um limitado impulso na economia, sediar os Jogos vai melhorar permanentemente a infraestrutura do Rio e a qualificação de sua força de trabalho".

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