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24/05/2016 - 08:37

Dia Nacional do Combate ao Glaucoma é um alerta para diagnóstico precoce da doença

Check-up regular é melhor forma de prevenir o glaucoma, segunda principal causa de cegueira permanente no mundo. Com o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos do glaucoma foi criado o Dia Nacional do Combate ao Glaucoma, celebrado no dia 26 de Maio. A doença que pode levar à cegueira irreversível e que não apresenta sintoma em estágio inicial afeta cerca de um milhão de brasileiros acima de 40 anos e 6% acima dos 70 anos. Anualmente, 2,4 milhões de novos casos são registrados no mundo, estima a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A falta de diagnóstico precoce é um dos maiores problemas do Glaucoma. No caso do glaucoma de ângulo aberto, o tipo mais comum da doença, o portador da doença somente percebe alteração da visão, depois que já houve uma perda de 40 a 50% das fibras nervosas que constituem o nervo óptico.

O Glaucoma é uma doença ocular causada pela lesão do nervo óptico, estrutura responsável pela formação das imagens que enxergamos relacionada à pressão intraocular (PIO) alta. As alterações da PIO no nervo óptico provocam uma perda do campo visual e finalmente comprometem irreversivelmente a visão central. O problema é crônico e não tem cura, mas ao controlar a doença, o paciente preserva a sua visão no decorrer da vida.

De acordo com o especialista em Glaucoma do D’Olhos Hospital Dia, Dr. Kássey Vasconcelos, a doença age silenciosamente, pois dificilmente a pessoa percebe os sintomas da doença. “Infelizmente quando a pessoa percebe um problema nos olhos, a doença já pode ter comprometido grande parte das fibras nervosas (neurônios responsáveis pela visão) não havendo tratamento para recuperação dessas fibras. O tratamento atual visa apenas evitar que se venha perder ainda mais o número dessas fibras”, alerta o especialista.

A orientação é que todo paciente, por mais que enxergue bem, passe por um oftalmologista para uma avaliação de seu nervo óptico e de sua pressão intraocular, principalmente pessoas com histórico familiar, idade avançada e miopia de alto grau. No caso dos hipertensos e diabéticos a visita ao especialista também deve ser feita com frequência. “Vale lembrar que a visão central não é afetada nos estágios iniciais e até moderados da doença, isso faz com que muitos pacientes valendo-se de sua boa visão, acreditem que não precisem ir a um oftalmologista e com isso pode estar retardando o diagnóstico da doença”, afirma o médico.

Apesar de não ter cura, o Glaucoma pode ser controlado com tratamento adequado e contínuo, sendo baseado na diminuição da pressão intraocular com o uso de colírios e até cirurgia. Em alguns casos é necessária a intervenção cirúrgica, quando o tratamento com colírios não apresenta resultados satisfatórios.

Segundo a Associação Brasileira dos Portadores de Glaucoma Seus Amigos e Familiares (Abrag) a obediência ao horário e a maneira correta de pingar o colírio contribuem muito com o tratamento da doença. “Na grande maioria dos casos, as formas existentes são eficazes para combater a progressão da doença, mas é fundamental seguir a risca a prescrição médica.

Atualmente tenho observado evoluções nas técnicas cirúrgicas e nos tratamentos a laser para o Glaucoma, porém devemos estudar cada caso, assim aplicando o tratamento mais adequado”, finaliza o oftalmologista.

Tipos —O glaucoma crônico simples ou ângulo aberto é assintomático e o mais comum e representa 80% dos casos, em pessoas acima de 40 anos. Ele é causado por uma alteração anatômica na região do ângulo da câmara anterior, que impede a saída do humor aquoso e consequentemente aumenta a pressão intraocular.

Outro tipo é o glaucoma de ângulo fechado, cuja característica é o aumento súbito de pressão intraocular. Ocorre quando a produção de humor aquoso no interior do olho é normal, mas o globo ocular não consegue absorver adequadamente o líquido. A dor nos olhos é intensa, ocorre embaçamento visual, há visualização de halos coloridos em volta das luzes, vermelhidão ocular, dor de cabeça, náuseas e vômito.

Já o glaucoma congênito, forma mais rara, acomete os recém-nascidos e o glaucoma secundário é decorrente de enfermidades como diabetes, uveítes e cataratas.

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