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01/06/2016 - 07:36

"O Remorso de Baltazar Serapião"


Desigualdade de gênero e violência contra a mulher são temas de novo curta brasileiro "O Remorso", baseado em obra de Valter Hugo Mãe.

Ser mulher é um ato de resistência. Agressões físicas, verbais ou emocionais, ou episódios de assédio no trabalho, no transporte público ou dentro de casa são apenas alguns exemplos de violências que a maioria das mulheres sofre na vida, motivadas pela simples definição de seu gênero. A luta por igualdade de direitos entre homens e mulheres é um dos temas centrais da nossa sociedade e é fundamental refletir e discutir a condição da mulher e a violência de gênero, temas que inspiram o curta-metragem brasileiro “O Remorso”.

Obra de estréia da diretora Mariana Cobra, o filme é baseado no romance “O Remorso de Baltazar Serapião”, que rendeu o Prêmio Literário José Saramago ao escritor português Valter Hugo Mãe, em 2007. No livro, a história é narrada em primeira pessoa pelo personagem Baltazar Serapião, que, motivado por um ciúme doentio estimulado pela sociedade machista em que vivia, passa a mutilar e a desfigurar sua esposa Ermesinda, para que ela pertença apenas a ele e a mais ninguém. No curta, Ermesinda, interpretada pela bailarina e performer Patrícia Bergantin, assume o papel de protagonista e expressa, através da dança, um angustiante conflito entre amor e submissão. Outro destaque do filme é o figurino, concebido pela diretora de arte e figurinista Heloísa Cobra após workshops com mulheres. “Em uma das peças de vestuário, uma saia, bordamos à mão os nomes de diversas mulheres, como um símbolo das dores e das histórias de muitas de nós”, conta Heloisa que idealizou o projeto, inspirada também pelo trabalho de Bispo do Rosário.

Em 2015 “O Remorso” foi exibido no Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo e também no festival Strange Beauty Film Festival (EUA) e participou das seleções oficiais do Los Angeles Independent Film Awards (EUA), do SISAK Film Festival (Croácia) e do Mongolia International Film Festival (Mongólia). Neste ano, o curta integrou a exposição CaosArte, no Memorial da América Latina, em São Paulo, e foi selecionado para a edição bienal da revista CineWomen, que promove o trabalho de cineastas mulheres do mundo todo.

. Filme: https://vimeo.com/127773144.

A diretora — Mariana Cobra trabalha com cinema há mais de cinco anos, já atuou como produtora e assistente de direção, hoje também dedica parte de seu tempo a fotografia. “O Remorso” é seu primeiro filme experimental. Atualmente, trabalha no curta de ficção “Lucía e a piscina”.

Direção: Mariana Cobra | Concepção: Heloisa Cobra | Roteiro: Heloisa Cobra, Julia Ferreira e Mariana Cobra | Coreografia e Performance: Patrícia Bergantin | Texto: Valter Hugo Mãe | Voz: Carolina Leiderfarb | Direção de fotografia: Glauco Firpo | Montagem: Fernando Oliveira | Trilha sonora e Desenho de Som: Bruno Palazzo | Direção de produção Ariane Félix | Diretora assistente: Julia Ferreira | Direção de arte e figurino: Heloisa Cobra | Maquiagem: Ebony | Fotografia still: Ariela Bueno | 1º assistente de câmera: Christian Zurrilho | 2º assistente de câmera: Gabriel Prandini | Logger: Benhur Jonas | Operador de ronin: Murillo Magalhães | Correção de cor: Lígia Tiemi Sumi | Som direto: Piettro Torchio | Arte gráfica/ilustração: Caio Borges.

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