Ampliação do rol de procedimentos dos planos de saúde deve ser repassado para o consumidor, diz FBH

O cenário da saúde no Brasil não é dos melhores há muito tempo. A Federação Brasileira de Hospitais (FBH) vem há tempos sinalizando que as deficiências desses hospitais se tornaram insustentáveis. Apesar de ser anunciado somente no meio do ano, o valor do reajuste dos planos de saúde provavelmente irá mexer no bolso de mais de 40 milhões de segurados. Segundo a empresa de análise de risco Austin Ratings, a previsão é que o reajuste seja o mesmo índice de 2007, de 5,76%. Mas a Associação Brasileira de Medicina em Grupo (Abremge) diz que o aumento pode ser de até 10%.

Para a Agência Nacional de Saúde (ANS) e para a Austin o reflexo dessa cobertura será em 2009. Apesar de muito acharem que as operadoras de saúde estão exagerando e que esse repasse não deveria ser feito, a FBH discorda. “Os Hospitais precisam receber das operadoras, que precisam estar com a saúde financeira em dia. Anualmente, deveria ser feito um levantamento dos custos para saber a real necessidade e o valor pago pelos consumidores, para que não haja defasagem. Se as operadoras quebrarem os prejudicados serão os próprios usuários”, diz Dr. Eduardo de Oliveira, presidente da FBH.

A discussão que cerca o reajuste dos planos de saúde é referente à ampliação das coberturas oferecidas pelas operadoras determinada pela a ANS para os contratos novos assinados a partir de janeiro de 1999. A partir de abril, os procedimentos incluídos na revisão do Rol são as consultas com nutricionista, fonoaudiólogos, terapia ocupacional, inserção ou retirada de DIU, vasectomia e ligadura tubária, entre outros. Ao todo são 2.973 itens que os segurados estarão cobertos, a partir da revisão do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que é referência de cobertura mínima e obrigatória para cada segmento de planos de saúde.