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04/06/2016 - 09:47

As empresas na crise

As nossas empresas estão vivendo a maior crise dos 516 anos de Brasil, com PIB em queda, inflação e desemprego em alta, queda de renda, de consumo, de produção, tudo consequência de um modelo de governo estatizante contrário aos interesses reais dos cidadãos, somado à incompetência de gestão pública e imoralidade e desvio de conduta de seus líderes e partidos. Parlamentar e legalmente, este cenário entrou agora em fase de reversão.

Como para todo o interventor interino, os desafios do Governo Temer são enormes, impõem profundas mudanças e gerarão invitáveis reclamações, desconfortos, oposições. Terá que haver força, foco para reverter a crise, atendendo ao que espera e quer 70% do Brasil, com um modelo de absoluta e estrita viabilidade financeira no âmbito da Fazenda e do Tesouro, de estrito interesse comercial e nacional e não ideológico-partidário na política externa e de absoluta observância das leis e independência do judiciário para consolidar a credibilidade. Isto reverterá as perspectivas que eram trágicas para todos.

Mas, a crise das empresas também tem origens internas ligadas a deficiências de sua gestão. Ela se materializa, em sua essência, na falta de caixa e na incapacidade de honrar compromissos com todos os credores, de laborais até societários. Para entender esta carência de recursos é vital enxergar a empresa no seu viés holístico, ou seja, percebê-la como um ser vivo com 4 dimensões – operações, comercial, recursos, gestão – interconectadas e interdependentes, de cuja síntese emerge o resultado e o caixa, positivos ou negativos.

Espelhando-se na medicina, onde é necessário observar sintomas, identificar causas, traçar um tratamento e executá-lo na forma correta, nas empresas o caminho sistêmico deve ser rigorosamente igual. O sintoma já é percebido. Cabe identificar as deficiências em cada uma dessas quatro dimensões, suas causas, relações de causa-efeito e ações corretivas com seu dimensionamento, ordenamento e os detalhes de implementação. A crise é sempre consequência de desajustes nessas ou entre essas dimensões.

Por isso, o tratamento e cura das empresas só são possíveis com: 1 - reconhecimento e consciência dos problemas e suas causas, 2 - elaboração de competente plano de ações corretivas, 3 - disposição de implementá-lo, acatando as mudanças que se impõe, 4 – capacidade dessa implementação em termos de recursos financeiros e humanos e 5 – obtenção de adequado prazo e condições negociais para reversão do quadro crítico, com adesão dos credores envolvidos.

Assim como um cirurgião é inútil sem o suporte de anestesista, instrumentador, materiais e, de forma imprescindível, de energia e oxigênio, a superação de crise das empresas requer a atuação de uma equipe – advogados + consultores + gestores – qualificada e experiente, somada e suportada pelos imprescindíveis recursos necessários, de origem interna ou externa. Não existe almoço nem cura grátis: alguém paga por eles.

. Por: Telmo Schoeler, Fundador e Leading Partner da Strategos Consultoria Empresarial Ltda e da ORCHESTRA Soluções Empresariais.

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