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04/06/2016 - 09:47

A conta não fecha?

Passados os anos de euforia proporcionada pelo aumento do poder de consumo da população e pelo crescimento econômico, as empresas passam por sensível queda das vendas e, com margens mais apertadas, têm que refazer os cálculos para ver se a conta fecha. Para não ter que cair no caminho da recuperação judicial (e até da falência), muitas estão apertando o cinto. Na Região Nordeste, não seria diferente. Com a redução do poder aquisitivo, alguns setores estão verificando nos demonstrativos financeiros o impacto disso. Os mais afetados sem dúvida são a Indústria e Serviços que, principalmente no Ceará, têm forte atuação no setor têxtil, calçadista e varejo.

Diante desse contexto, resta às empresas rediscutir as estratégias financeira e operacional, bem como rever os processos. Reestruturação é a palavra de ordem. Neste caso, o primeiro passo buscar é a redução de custos. Mas nem sempre cortes são tão simples e, se mal executados, podem afetar a competitividade empresarial. A redução de custos precisa ser feita de forma racional e saudável.

Um levantamento feito pela KPMG mostra alguns dados referentes a uma potencial redução por linha de custos. Em uma lista de 15 categorias, foi possível ter uma diminuição estimada em telefonia, por exemplo, de até 22%. Em segundo lugar, material de escritório com 12%; em terceiro, embalagens de madeiras e manutenção predial com 10%; e em quarto estão pallets, manutenção industrial, conservação, portaria e vigilância e MRO (Manutenção, Reparos e Operações) com 7%. São categorias que podem apresentar um resultado mais efetivo do que a demissão de pessoal, ao contrário do que muita gente pensa.

Importante salientar que o planejamento estratégico e orçamentário integrado a um programa de redução de custos será melhor do que a implementação de ações isoladas. Dessa forma, as pessoas envolvidas podem entender quais são os principais drivers de transformação estratégica. A partir daí, é garantir o comprometimento das lideranças em implementar as iniciativas selecionadas e acompanhar os resultados esperados.

Nos casos extremos, projetos de redução de custos devem ser combinados com a reestruturação de dívida. A “virada de mesa” deve incluir: renegociação da dívida; foco na geração de caixa; eliminação de redundâncias de processos e de pessoal; racionalização do portfólio de produtos e revisão da estrutura e da administração tributária e fiscal. É, sem dúvida, um projeto mais ousado, que exige apoio da direção e acionistas.

Desde que bem realizados, projetos de redução de custos podem trazer resultados expressivos no curto e médio prazos. Além disso, podem evitar o aumento do endividamento em cenário macroeconômico incerto e com taxas de juros mais elevadas.

. Por: Paulo Siqueira, diretor da KPMG | Perfil — A KPMG é uma rede global de firmas independentes que prestam serviços profissionais de Audit, Tax e Advisory. Estamos presentes em 155 países, com mais de 174.000 profissionais atuando em firmas-membro em todo o mundo. As firmas-membro da rede KPMG são independentes entre si e afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. Cada firma-membro é uma entidade legal independente e separada e descreve-se como tal.

No Brasil, somos aproximadamente 4.000 profissionais distribuídos em 13 Estados e Distrito Federal, 22 cidades e escritórios situados em São Paulo (sede), Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Joinville, Londrina, Manaus, Osasco, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador, São Carlos, São José dos Campos e Uberlândia. | Site: kpmg.com/BR.

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