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09/06/2016 - 09:06

Para APAS, juros elevados continuam travando a economia

APAS acredita que juros altos não favorece o ambiente de negócios.

A Associação Paulista de Supermercados(APAS) avalia que a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil em manter os juros básicos da economia, a taxa SELIC, em 14,25% ao ano continua travando a economia e não contribui para a realização de negócios e o desentrave da atividade econômica, o que compromete o desempenho da economia para 2016.

A manutenção dos juros não foi surpresa para a APAS. “Entendemos que o governo atual não possui muitas alternativas, diante do quadro econômico herdado, mas perdeu uma grande oportunidade para reduzir a taxa de juros e sinalizar positivamente para o mercado a busca pela retomada do crescimento econômico, via incentivo do investimento e do consumo das famílias”, comenta o gerente de Economia e Pesquisa da APAS, Rodrigo Mariano.

Para a entidade que representa os supermercadistas, na última reunião de Alexandre Tombini como presidente do Banco Central do Brasil não poderia se esperar uma redução da taxa de juros. “A herança desta gestão não é nada satisfatória, isso porque quando Tombini assumiu o Banco Central do Brasil, em 2011, a taxa básica de juros estava em 10,75% ao ano e atualmente a taxa básica de juros está em 14,25%. Vale ressaltar que a SELIC chegou a atingir 7,25% no início de 2013”, pondera Mariano.

Atualmente, há a oportunidade para redução dos juros diante do cenário econômico, que contempla: I) PIB do primeiro trimestre acima da expectativa; II) o mercado de trabalho apresenta resultados piores do que o esperado; III) a inflação está em tendência de queda, com persistência em segmentos de atividades que não possuem grande influência da taxa de juros. Portanto, há possibilidades de reduzir a taxa de juros para impactar positivamente a confiança dos empresários e consumidores para que haja uma retomada da atividade econômica via retomada dos investimentos e do consumo, mesmo que de maneira lenta.

O comportamento de inflação em tendência de queda no Brasil atualmente, em certa medida, foi beneficiado pela má condução da política econômica dos últimos anos, pois o quadro recessivo necessário para a redução da inflação veio através do remédio amargo, que é a queda da atividade econômica brasileira ao longo dos últimos meses, que reflete em um cenário de redução de emprego e da renda, e consequentemente, que nos preços.

Diante da estabilidade da taxa de juros neste mês, a expectativa é de que haja ligeira redução da taxa básica de juro a partir do segundo semestre, encerrando o ano de 2016 em uma taxa de 13,5% ao ano, o que ainda é elevado, diante da necessidade de impulsionar a atividade econômica em busca da retomada do crescimento. “Vale ressaltar que o impacto da elevação da taxa de juros possui em efeito que se propaga na economia e que de maneira defasada atinge a economia em até 6 meses. Portanto, estamos falando de um impacto da manutenção dos juros em patamares elevados que impactará a economia ao longo dos próximos meses”, alerta o economista.

A Associação Paulista de Supermercados (APAS) representa o setor supermercadista no Estado de São Paulo e busca integrar toda a cadeia de abastecimento. A entidade tem 1.340 associados, que somam mais de 3.036 lojas.

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