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10/06/2016 - 06:18

Oportunidade na crise: indústria brasileira do aço já reúne iniciativas de sucesso em direção à economia circular

Indústria precisa se reinventar e a humanidade vai precisar cada vez mais de metais para atender suas necessidades básicas até 2100. E o aço pode tirar vantagem disso com inovação. Tema do Painel 3,

Um novo modelo de economia, que adote estratégias de longo prazo, gerando riquezas sem aniquilar o meio ambiente, permitindo maior acesso aos bens e aos produtos. Este novo olhar faz parte do conceito da economia circular, uma economia regenerativa e restaurativa por princípio, um novo sistema que elimina a noção de resíduos, mantendo os materiais, sejam eles técnicos ou biológicos, em sua mais alta utilidade e valor o tempo todo, que funciona no longo prazo e em qualquer escala. Este foi o tema do terceiro painel do Congresso Brasileiro do Aço, cuja 27ª. edição aconteceu nos dias 8 e 9 de junho(quarta e quinta-feira), no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.

O professor titular do Departamento de Economia da USP, Ricardo Abramovay, foi o conferencista convidado. Participaram também do debate Luísa Santiago, representante da Fundação Ellen MacArthur no Brasil, e Alexandre Fernandes, sócio-fundador da EPEA Brasil.

A indústria brasileira do aço, diante da sua maior crise, tem oportunidades únicas de se transformar rumo à economia circular. De acordo com os palestrantes, isso pode se dar tanto capturando valores perdidos ao longo do processo nos atuais modelos lineares de produção e consumo, como utilizando novas tecnologias para ser um direcionador de mudanças sistêmicas para a economia circular, dado que é responsável pela colocação de materiais básicos na economia.

“A indústria precisa se reinventar e a humanidade vai precisar cada vez mais de metais para atender suas necessidades básicas até 2100. E o aço pode tirar vantagem disso com inovação”, salienta Abramovay.

Um exemplo citado é o da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), primeira a aderir à rede de economia circular da Fundação Ellen MacArthur, se comprometendo a avançar em práticas sustentáveis.

A representante no Brasil da Ellen MacArthur comentou a experiência nacional na economia circular e seu potencial: “É inegável pensar que um novo modelo de economia que seja regenerativa em um país como no Brasil precisa endereçar questões sociais que são grandes desafios resultantes da nossa trajetória de desenvolvimento linear e concentrador, como a alta desigualdade socioeconômica. O que se observa é que a economia brasileira tem particularidades que representam grandes oportunidades de negócios lucrativos e inclusivos dentro dos princípios da regeneração e da restauração, com vários casos já sendo observados em diferentes indústrias”, destaca Luísa Santiago.

Vantagem ou aumento de custos – Alexandre Fernandes comentou: “Sustentabilidade é uma vantagem, sem dúvida. A economia circular pode e deve ser o discurso que está faltando para aumentar o mercado do aço brasileiro no país e no mundo. Já que o metal, dado à sua alta capacidade de reaproveitamento, é o melhor substituto a outros produtos ainda utilizados em diversas cadeias da indústria de transformação”.

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