A expansão do lítio e a desaceleração da indústria de óleo e gás

Em contraposição a desaceleração do tradicional setor de óleo e gás, vem chamando a atenção a expansão do mercado de lítio no mundo. Tal crescimento já era esperado há pelo menos dois anos e simboliza todas as mudanças que vem sofrendo o ramo de energia.

O lítio é um insumo indispensável para dispositivos eletrônicos (celulares, tablets, etc.) e baterias de carros elétricos, sendo chamado por especialistas de “petróleo branco” ou mesmo “petróleo do século XXI”.

A busca por novas matizes energéticas e o sentimento contemporâneo acerca da necessidade de priorizar energias limpas, vem fazendo com que a indústria automobilística aumente a produção de carros elétricos ou híbridos, demandando, como nunca, a utilização do lítio. Esse movimento tem feito o preço do metal subir vertiginosamente. Obviamente, não há que se perder de vista que a exploração desenfreada de lítio também pode acarretar em problemas ambientais.

O Brasil, embora produza lítio, está atrás dos seus vizinhos na América Latina, a saber, Chile, Bolívia e Argentina.

Não obstante, é recomendável que o Governo Federal passe a pensar e agir com mais contundência neste segmento, com o objetivo de dar novo ânimo a indústria nacional, ao invés de simplesmente editar leis de incentivo para o combalido setor de óleo e gás.

. Por: Heitor Caetano B. Hedeke, advogado atuante em processos de recuperação judicial e direito empresarial e líder do Task Force de Óleo, Gás, Mineração e Energia do escritório A. Augusto Grellert Advogados Associados.