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15/06/2016 - 07:02

País em crise...estados quebrados... cidades em guerra

Falar em crise já virou redundância e é preciso chamar a atenção para o efeito cascata que continua impactando o povo, dentre eles a crescente onda de violência. No Rio virou rotina os assaltos, e as mortes. Estamos vivendo um estado de guerra, no qual o cidadão de bem está vulnerável, pagando essa conta sangrenta. Admitir que não há dinheiro não vai resolver o problema. Uma gestão inteligente necessariamente tem que buscar alternativas reais e eficientes.

Estamos diante de uma tragédia social. Até o mais otimista especialista não consegue mensurar os efeitos que ainda estão por vir. Na segurança pública, cuja Cidade se tornou exemplo nos últimos anos, os dias são outros e estamos retrocedendo.O conceito das UPP´s foi por água abaixo e, infelizmente, não sobreviveu à falta de investimento e presença do governo, através de outros projetos sociais. Já se sabe que violência não se combate só com polícia. Está diretamente ligada a formação cidadã, à educação de base que insistimos em desprezar.

Assim, a própria polícia sofre o efeito desse projeto que não só deixou de avançar como também não se manteve na sua essência. A polícia junto com a comunidade ficou acuada com a retomada da bandidagem. Estão todos vulneráveis e a mercê da própria sorte, pois do outro lado existem centenas de delinquentes dispostos a destruir o estado de direito. Afrontam a sociedade, matam nossos cidadãos e policiais. Somente em 2016 já são quase 200 policiais baleados e 43 mortes. Pouca mais de 35% deles, que englobam PMs, policiais civis e PRFs foram atingidos em áreas pacificadas.

E o pior é que o poder de reação do Poder Público é quase nulo, pois o constrangimento chegou ao ponto da falta de insumos para trabalhar. Se antes alertávamos para a falta de equipamentos de qualidade e treinamento, hoje as delegacias não têm nem material de escritório, papel para impressão dos registros de ocorrência, papel higiênico, entre outras coisas. O IML está praticamente parado pela falta de condições mínimas de trabalho.

Enfim, enquanto o país fica parado na crise política, a indústria agoniza, o comércio fecha as portas, o desemprego cresce, os serviços públicos estão precários e a população sofre de todos os lados, sem saúde, educação e segurança. Um cenário de guerra e tristeza que nenhuma olimpíada é capaz de reverter.

. Por: Marcos Espínola, Advogado Criminalista.

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