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05/07/2016 - 07:37

Dólar deve chegar em breve a R$ 2,90, aponta economista


“O motivo é muito simples. Com taxa de juros em 14,25% e o cenário político mais definido, o Brasil virou o paraíso para o capital estrangeiro”.

As constantes quedas da moeda americana têm feito que apareçam diversas teorias para explicar o que está acontecendo. Apesar da leve alta na manhã do dia 4 de julho(segunda-feira), de 0,57%, que fez o dólar chegar em R$ 3,2513, somente em junho, a queda chega a 11% e, no ano, pouco mais de 18%. Os acontecimentos recentes, como a saída do Reino Unido da União Europeia e o posicionamento do Banco Central de pouco intervir no câmbio — já que o BC realizou em [4/6] um leilão de até dez mil swaps reversos, repetindo a atuação de sexta-feira — contribuíram para a queda, mas, segundo Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Corretora, esses fatores não são determinantes. “O motivo é muito simples. Com taxa de juros em 14,25% e o cenário político mais definido, o Brasil virou o paraíso para o capital estrangeiro. Apenas como exemplo, a taxa de juros do Japão está em -0,23%. Em diversos países da Europa gira em torno de 1%. Assim fica fácil entender porque o investidor de fora está trazendo dinheiro para o país”, explica.

Nos próximos meses, o economista-chefe acredita em uma queda acentuada com a moeda americana abaixo de R$ 3,00. “Desde o começo do ano, vejo o dólar a R$ 2,90. Básico da economia é oferta e demanda. Como a entrada de dólares está forte no país, a consequência natural é sua queda”, acredita Pedro Paulo Silveira. Já o analista sênior de câmbio da FN Capital, Caio Esteves, tem uma previsão mais cautelosa. “Com a nova gestão do Bacen e a saída da Dilma, trabalhamos com o dólar entre R$ 3,00 e R$ 3,10. Parece que o estrangeiro está enxergando concretamente o Brasil como uma economia que deverá se recuperar em breve e com uma maior estabilidade política”, avalia.

Para Fernando Bergallo, diretor da assessoria de câmbio FB Capital, o mercado passou por cima do piso defendido pela gestão anterior do Banco Central, com o Dólar em torno de R$ 3,50 e já ensaia um novo patamar. “O cenário internacional recente de otimismo e a elevada liquidez trouxeram uma posição de inclinação ao risco bastante evidente. O fluxo monetário dos mercados emergentes entrou no Brasil com força e somado ao front doméstico mais claro, com controle da inflação, superávit e câmbio flutuante estão fazendo que o real se valorize. Em curto prazo, vejo o dólar entre R$ 3,00 e R$ 3,20”, revela Bergallo.

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