Presidente do Sistema FIRJAN participa, na França de fórum econômico e de encontro empresarial

Rio de Janeiro — O presidente do Sistema FIRJAN, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, fez no dia 4 de julho(segunda-feira), na embaixada do Brasil em Paris a apresentação “Brasil e Rio: desafios e oportunidades”, para empresários e executivos de empresas francesas e autoridades. O encontro foi promovido pela embaixada e pela Câmara de Comércio do Brasil na França.

Sobre o Brasil, Gouvêa Vieira destacou que o país tentou dar um grande salto no crescimento e que acabou na pior recessão de sua história, por conta de uma política macroeconômica que incluiu medidas como o estímulo ao consumo, forte aumento das despesas públicas e uma grande intervenção do Estado na economia. Mas que estão na direção correta as medidas do novo Governo, como o limite de crescimento das despesas públicas, a preparação de um novo programa de venda de ativos e mudanças na governança das empresas estatais.

“A mudança de postura na condução da política econômica tem sido suficiente para gerar uma reversão positiva das expectativas para o futuro. Um sentimento de confiança começa a surgir entre os empresários”, frisou Gouvêa Vieira.

No dia 2 de julho (sábado), o presidente da FIRJAN foi um dos conferencistas dos Rencontres Économiques (Encontros Econômicos), em Aix-la-Provence, no sul da França. Trata-se de um dos maiores fóruns econômicos da Europa, realizado desde 2001. O evento é promovido pelo Cercle des Economistes (Círculo dos Economistas), criado em 1992.

Estiveram presentes ao encontro, encerrado no dia 3 de julho(domingo), a presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, o ex-presidente da Organização Mundial de Comércio (OMC), Pascal Lamy, o ministro das Finanças da França, Michel Sapin, e o ex-primeiro ministro italiano Mario Monti, entre outras personalidades.

O tema principal deste ano foi “Em um mundo de turbulências, o que se esperar de um país?”. O presidente da FIRJAN foi palestrante no painel “O Estado pode decidir tudo?”, e destacou que está em curso um processo de revisão do Estado brasileiro. “O Brasil espera que este novo Estado, ainda em processo de redesenho, venha para ficar e permita que se instaure um novo ciclo de estabilidade e de prosperidade no país”, afirmou.

O painel foi aberto a perguntas do público, e Gouvêa Vieira foi questionado se “o Brasil não teme um Berlusconi” – referência ao ex-primeiro-ministro italiano que, em meio a uma grande crise e econômica e processos de corrupção, teve de renunciar, em 2011. A seguir se elegeu senador, mas teve o mandato cassado em 2013 após ser condenado por fraude fiscal.

“Felizmente o caso Berlusconi aconteceu antes, e o nosso país pôde ver o exemplo da Itália. Nós agora estamos precavidos, a população está atenta para que isto não aconteça no Brasil”, assegurou o presidente da FIRJAN.