Acre investe em câmeras high-tech para barrar tráfico na fronteira

O limite entre Brasil e Bolívia passou a ser monitorado por câmeras IP de alta definição para formar um escudo virtual contra o tráfico de drogas, armas e a entrada ilegal de imigrantes.

O Brasil está reforçando a segurança de sua fronteira com a Bolívia através da tecnologia. O Estado do Acre investiu R$ 2,3 milhões num projeto de videomonitoramento com 70 câmeras instaladas ao longo de oito municípios, formando uma verdadeira rede de proteção supervisionada à distância.

O projeto, iniciado no município de Capixaba e levado em seguida para as cidades de Brasileia e Epitaciolândia, está a serviço do setor de Inteligência e estratégia da Polícia Militar, que agora dispõe de imagens para acompanhar as ocorrências típicas das regiões fronteiriças.

Os equipamentos possuem tecnologia de ponta desenvolvida pela fabricante sueca Axis Communications, cujas câmeras são utilizadas nos principais portos e aeroportos do país. Com as câmeras de alta resolução e o software da ISS, é possível analisar a circulação de veículos e o comportamento de pessoas em um determinado período: por onde passaram, quanto tempo permaneceram em um determinado lugar, quantas vezes retornaram para o mesmo ponto, e se dois ou mais veículos estiveram juntos em determinada área, por exemplo.

Para o coronel Júlio César, comandante-geral da Polícia Militar do Acre, “o investimento em tecnologia é tão importante quanto o investimento em pessoal. E a região de fronteira é uma área sensível aos crimes”.

O Acre foi um dos estados contemplados no plano de Estratégia Nacional de Fronteiras (Enafron), que incentiva e fomenta políticas públicas de segurança para enfrentar as ocorrências típicas das regiões de fronteira. O projeto de videomonitoramento da fronteira no Acre está sendo implantado pela Ziva, empresa parceira da Axis.

“A tecnologia de monitoramento por vídeo evoluiu muito e tem permitido um monitoramento bastante eficiente de áreas críticas como fronteiras - tanto pela alta qualidade da imagem para detectar objetos e pessoas a quilômetros de distância, quanto pelo uso de câmeras inteligentes capazes de analisar as imagens e informar proativamente os operadores sobre situações atípicas”, explica Andrei Junqueira, gerente de Vendas da Axis Communications.