Grupo Solvay e Suzano Papel e Celulose assinam acordo

Para construção de unidade satélite de peróxidos de hidrogênio, em Imperatriz, no Brasil.

São Paulo (Brasil) e Bruxelas (Bélgica) — A Peróxidos do Brasil, joint venture do Grupo Solvay e PQM, e a Suzano Papel e Celulose assinaram acordo para a construção de uma unidade industrial satélite de peróxidos de hidrogênio na fábrica de celulose da Suzano instalada em Imperatriz, no Estado do Maranhão, no Brasil.

Desenvolvida sob o conceito tecnológico myH2O2®, patenteado pela Peróxidos do Brasil, a unidade é uma mini planta satélite para fabricação de peróxido de hidrogênio on site, isto é, nas instalações dos clientes. Geralmente, as unidades myH2O2® têm capacidade de produção que variam de 5 mil toneladas até 20 mil toneladas por ano.

A unidade a ser instalada na fábrica da Suzano deverá entrar em operação até o final de 2017. Será a primeira mini planta satélite myH202® do mundo. Sua produção será exclusivamente de uso da planta de celulose da Suzano, da qual aproveitará a infraestrutura industrial, as utilidades (serviços) e matérias-primas que estão disponíveis no local.

“Acreditamos que essa tecnologia nos ajudará a ser mais competitivos e eficientes, uma vez que nos permitirá redução de custos na compra de um importante insumo que hoje trazemos de outro estado. O volume de fornecimento previsto já contempla o nosso aumento de capacidade, que estará implementado em 2017”, diz Walter Schalka, CEO da Suzano Papel e Celulose.

“A instalação de uma mini planta myH2O2® é perfeitamente adequada principalmente para os clientes como a Suzano, que possuem plantas de celulose e papel instaladas em áreas mais distantes da nossa maior unidade industrial, que está no Estado do Paraná. A nossa tecnologia oferece muitos ganhos para os clientes, entre os quais a maior segurança no fornecimento, logística ajustada e redução de efluentes”, afirma Carlos Silveira, CEO da Peróxidos do Brasil.

De acordo com Georges Crauser, Presidente da Unidade Global de Negócios Peróxidos, do Grupo Solvay, a empresa tem construído e operado com sucesso várias mega plantas de peróxido de hidrogênio, com capacidade superior a 300 mil toneladas por ano. “Agora, estamos iniciando um novo projeto, com essas mini plantas satélites myH2O2®, com um alto nível de confiabilidade e de competitividade, o que demonstra toda a competência das nossas equipes ligadas à tecnologia, engenharia e excelência operacional na área de peróxidos de hidrogênio”, comenta. Segundo Crauser, o Grupo Solvay está atualmente em discussões com vários clientes ao redor do mundo para desenvolver novas oportunidades para suas unidades satélites MyH2O2®.

A Peróxidos do Brasil é uma joint venture do Grupo Solvay e a empresa PQM para fabricação de peróxidos de hidrogênio e outros produtos derivados. O peróxido de hidrogênio é um insumo químico com larga aplicação em diversos mercados, com destaque para indústria de celulose e papel, em que é empregado na etapa de branqueamento da pasta de celulose. Também é utilizado em aplicações destinadas à agricultura, couro e peles, desinfecção de alimentos, bebidas e embalagens assépticas, meio ambiente, mineração e metalurgia, plastificantes e polímeros, produtos de uso pessoal e cosméticos, sabões e detergentes e têxteis. Maior produtora do setor na América do Sul, a Peróxidos do Brasil possui unidade industrial em Curitiba (PR), com capacidade de produção de 180 mil toneladas por ano. No local também funciona uma planta piloto construída a partir da tecnologia myH2O2®. A Peróxidos do Brasil integra a unidade global de negócios Peróxidos, do Grupo Solvay, que possui 17 plantas industriais na América do Norte, América do Sul, Europa,Oriente, Médio, Ásia e Austrália. A maior fábrica de peróxido de hidrogênio do mundo pertence ao Grupo Solvay e está instalada em Mapa-Ta-Phut, na Tailândia. | www.peroxidos.com.br/pt/index.html.

Grupo Solvay —Como um grupo internacional de química e de materiais avançados, a Solvay auxilia os clientes na inovação, no desenvolvimento e fornecimento de soluções sustentáveis de alto valor, que consomem menos energia, reduzem as emissões de CO2, otimizam o uso de recursos e melhoram a qualidade de vida no planeta. Seus produtos são utilizados em diversos mercados, tais como automotivo e aeroespacial, bens de consumo e de cuidados com a saúde e beleza, energia e meio ambiente, construção, elétricos e eletrônicos, bem como aplicações industriais. O Grupo, com sede em Bruxelas, emprega 30.000 pessoas em 53 países. Registrou em 2015 um faturamento de € 12,4 bilhões (incluindo Cytec), dos quais 90% foram obtidos com vendas em atividades nas quais está entre os três líderes mundiais. A Solvay SA (SOLB.BE) está listada na Euronext, em Bruxelas e Paris (Bloomberg: SOLB.BB -Reuters: SOLB.BR). No Brasil, o Grupo também atua com a marca Rhodia.

Perfil —A Suzano Papel e Celulose é uma empresa de base florestal e uma das maiores produtoras verticalmente integradas da América Latina. Subsidiária da Suzano Holding e parte do Grupo Suzano, a empresa investe há 92 anos na indústria de papel e celulose e possui operações globais em aproximadamente 60 países. Atualmente, são cinco unidades industriais: Suzano, Rio Verde e Limeira, no estado de São Paulo, Mucuri, na Bahia, e Imperatriz, no Maranhão. Sua capacidade anual de produção é de 4,7 milhões de toneladas de papel e celulose. A empresa opera ainda na área de biotecnologia, por meio da FuturaGene, primeira empresa do mundo a obter aprovação para o uso comercial de eucalipto geneticamente modificado; celulose fluff, usada na produção de fraldas e absorventes higiênicos; lignina, um subproduto do processo de fabricação da celulose, e potencial substituto de derivados de petróleo em aplicações de alto valor; e tissue, como um parceiro industrial para a indústria de papel higiênico.