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05/03/2008 - 10:17

Recife lança pacote de pesquisas sobre setor turístico

Dados apontam incremento do perfil socioeconômico do turista de lazer e a consagração da cultura como atrativo

A Secretaria de Turismo do Recife e o Trade Turístico de Pernambuco apresentaram no dia 4 de março, no Restaurante É, em Boa Viagem, os resultados de um conjunto de pesquisas de mercado do segmento turístico da cidade. Os levantamentos, iniciados em janeiro de 2007, compreendem entrevistas com turistas em Recife, operadores e agências de turismo nos pólos emissores e turistas nas outras capitais do Nordeste, além do setor médico-hospitalar. A expectativa é que os dados sirvam de instrumento para definir os rumos do setor e alinhar as estratégias da gestão municipal com o empresariado local.

Foram analisados, entre outros, os segmentos de turismo de lazer e passeio, executivo, de saúde, religioso e cultural. Entre os dados analisados, o turismo executivo apresenta o maior gasto médio individual diário (sem hospedagem), com R$ 134, à frente do turismo de lazer (R$ 114,60) e religioso (R$ 52). Os turistas de lazer normalmente tomam conhecimento dos atrativos do Recife através de amigos e parentes (54%) e, em janeiro de 2008, 30% deles usaram agência para organizar viagem.

Entre os turistas executivos, 55,5% se hospedam em hotéis e 57% ficam até três dias. Já os que têm como motivação principal atividades religiosas praticamente não se hospedam em hotéis.

A hospitalidade e o povo são os aspectos positivos que mais marcaram o turista durante a estadia no Recife. As pesquisas revelaram que 63% consideram muito boas as instalações de hospedagem na cidade. O mesmo índice de 63% é destacado para a satisfação com os restaurantes.

O secretário de Turismo do Recife, Samuel Oliveira, destaca que o perfil socioeconômico do turista de lazer que vem ao Recife subiu. "Pode-se perceber isso através do aumento no gasto médio individual sem hospedagem que passou de R$ 144, em 2007, para R$ 150, em 2008. A freqüência diária nos restaurantes também foi incrementada passando de 23% para 50%. Verificou-se ainda que mais turistas vieram através de agência. Em 2007, 19% dos visitantes chegaram à Recife através de agências de viagens, contra 30% em janeiro 2008, evidenciando um crescimento de 58%.”

Uma das perguntas levantadas na pesquisa foi: "quando você pensa no Recife, o que vem à sua mente?". As duas respostas mais citadas foram Praia e Carnaval, respectivamente. O Carnaval, considerado a maior festa do calendário local, recebeu um incremento no número de estreantes na folia momesca da capital pernambucana, que girou em torno de 35% contra 27% no ano anterior. Destes, houve um aumento na quantidade de estrangeiros de 43% para 49% e nos turistas nacionais das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, o aumento foi de 75%, passando de 28% para 51% de visitantes que vieram pela primeira vez. A permanência média no Carnaval subiu de 7,2 para 8,5 (dia). Os estrangeiros passam mais tempo por aqui com uma média de 11,4 (dia) contra 8,4 (dia), em 2007.

Ainda durante a folia, aumentou a avaliação boa (boa, regular, ruim) para a percepção de segurança de 60% para 69,1%. O serviço de informação turística também foi melhor avaliado passando de 41% para 63%. Já a alimentação atingiu um índice de 84% contra 76% no ano anterior.

Primeiro ponto considerado mais característico do destino, a praia é usada também como um dos principais argumentos dos agentes de viagens e operadores para vender o Recife, com 74% dos votos, ao lado de Porto de Galinhas (74%) e Olinda (71%). Em 71% dos casos, a capital pernambucana é vendida como parte integrante de pacotes turísticos.

No Nordeste, o Recife já é reconhecido como um centro cultural e de negócios, o que vem sendo reforçado com as promoções e as divulgações dirigidas como o Recife é Aqui e a campanha Recife te Quer na TV. No Sudeste, os principais pólos emissores são os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, onde a imagem da capital foi fortalecida nos vôos da TAM e em revistas, além de mídias espontâneas na imprensa nacional e do workshop Recife é Aqui.

O turista de saúde, atraído pelo pólo médico, apresentou um perfil socioeconômico relativamente mais baixo, pois 78% das pessoas se hospedam em casa de amigos e parentes. Em janeiro de 2007, o gasto médio individual diário sem hospedagem foi de R$ 71. Grande parte dos turistas são de Pernambuco (60%) e 30% de estados vizinhos, principalmente da Paraíba. Existe aí um bom potencial de crescimento com a construção de uma boa imagem internacional através de seus profissionais mais destacados. Um dos grandes hospitais locais, o Real Hospital Português, está em vias de certificação do sistema internacional de hospitais no circuito de turismo de saúde, abrindo, de forma estruturada, o caminho para a atração de turistas neste segmento, o que hoje já existe, porém, de forma espontânea e não sistematizada.

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