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12/07/2016 - 08:06

Drummond Advisors tem alta de 70% na demanda para exportação

Estados Unidos é o segundo maior destino dos produtos nacionais; saiba como começar a exportar.

A Drummond Advisors, consultoria especializada em transações entre Brasil e Estados Unidos, auxiliou 68 empresas brasileiras no planejamento de exportações para os EUA nos seis primeiros meses de 2016, número 70% superior à demanda registrada no ano de 2015.

Michel de Amorim, sócio da Drummond Advisors e contador certificado nos Estados Unidos, observa que a instabilidade na economia brasileira somada ao dólar alto e ao custo Brasil fez a procura por informações para exportar serviços e produtos crescer expressivamente, mas lembra que a ação não deve ser provisória, ao sabor do momento financeiro. “Exportar deve fazer parte de um plano de internacionalização, que precisa ser estruturado com cautela para minimizar riscos”, recomenda.

Amorim ressalta que dispor de produtos nas gôndolas ou oferecer serviços ao consumidor norte-americano não deve ser estratégia apenas de fuga do mercado interno. “A competitividade e a adequação aos critérios do importador aprimoram a qualidade do produto e a imagem da companhia, abrindo caminhos para consolidar a marca no comércio global”, e complementa: “o dólar pode baixar, a crise tende a acabar e quem está exportando deve levar isso em consideração”.

Antes de comercializar seus produtos e serviços em solo americano, é preciso estar inteirado de todos os aspectos do processo. “As empresas têm que perder o medo do comércio exterior e se preparar”, diz Breno Palhares, diretor comercial da Inter Aduaneira, empresa de assessoria logística internacional. Segundo o executivo, empresas de todos os portes têm chances lá fora e estão suscetíveis a erros.

Para que o plano saia do papel, Michel de Amorim e Breno Palhares listam os oito passos iniciais para o sucesso. E lembram: o importante mesmo é planejar.

1- Conheça o ambiente. Parece básico, porém muitas empresas esquecem desse primeiro passo. O importante é buscar informações sobre o mercado que vão sustentar o plano de negócios, o qual deve definir a forma de envio e o destino do produto ou serviço. Esteja ciente do alto grau de exigência do mercado americano. Muitos compradores querem a mercadoria entregue diretamente nos pontos de venda, cobrando do fabricante uma estrutura logística e de distribuição.

2- Prepare seu marketing. A empresa exportadora deve ter uma lista de contatos segmentada em possíveis clientes, contatos de distribuição e novos parceiros americanos. É importante adaptar o marketing ao novo público, com cartões de visita, site e e-mails bem elaborados. Não esquecer do fundamental: tudo em inglês.

3 - Participe de feiras. Ir a feiras nos EUA ajuda a identificar concorrentes, clientes, tendências, associações do setor e possíveis parceiros comerciais. Na primeira vez, é recomendável participar apenas como visitante para conhecer bem o mercado. Por outro lado, não descarte a possibilidade de expor junto a outras empresas do setor em grupos formados por entidades como a Apex, cujo site tem o calendário das principais feiras de acordo com o setor. É possível participar de feiras e eventos nos EUA legalmente com o visto B-1.

4- Conheça seus benefícios e obrigações fiscais . O planejamento tributário da exportação deve considerar a isenção de tributos que incidem no mercado interno, como PIS e COFINS. Outra vantagem é o draw back, benefício que isenta a cobrança de impostos sobre a importação da matéria-prima que será utilizada no produto. Imposto de renda sobre o lucro e contribuição social continuam obrigatórios.

5- Habilite-se. A operação no comércio exterior requer a inscrição da empresa no RADAR (Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros), da Receita Federal, sistema que confere a regularidade cadastral, financeira e tributária da companhia. O prazo de conclusão do registro dura de 10 a 30 dias. Há, também, a opção de não fazer o registro e contratar uma empresa de assessoria logística que faça toda a operação nos EUA.

6- Certifique seu produto. O exportador deve atender a uma série de normas estipuladas pelo governo americano e ter o produto certificado por laboratórios competentes. A boa notícia é que um acordo recém-assinado entre Brasil e EUA deve reduzir o prazo e custos da certificação. Agora, o exportador brasileiro não precisa mais certificar o produto nos EUA, processo que podia durar até um ano, porque tem a possibilidade de fazer o procedimento no Brasil.

7- Faça um teste de mercado. Essa dica vale principalmente para empresas de alimentos e bebidas. Em vez de mirar grandes redes de varejo por meio de um distribuidor, comece exportando para pequenas lojas. Assim, é possível sentir a receptividade do produto e adaptá-lo conforme os gostos e tendências do consumidor.

8-Cogite abrir uma empresa nos EUA. É natural que o exportador internacionalize seus negócios mediante a abertura de empresa no exterior. Isto gera grandes vantagens para o cliente final, como um atendimento in loco, facilidades para pagamento, gerenciamento de riscos, entre outros. Em caso de exportação de serviços, pode ser vantajoso do ponto de vista tributário instalar parte da operação no país americano. Muitos negócios de tecnologia que lidam com a venda de intangíveis escolhem esse caminho porque os custos são menores.

A Drummond Advisors presta serviços de consultoria internacional a empresas brasileiras e americanas, com foco nas áreas contábil, tributária, jurídica e de desenvolvimento de negócios. Fundada na cidade de Boston, a consultoria ampliou a sua presença para as cidades de Miami, Nova York, São Francisco, São Paulo e Belo Horizonte, como resultado do crescimento da sua base de clientes e do objetivo de prestar um atendimento personalizado. A empresa conta com uma equipe multidisciplinar de profissionais com certificação, formação e experiência em território brasileiro e norte-americano.

A Inter Aduaneira —O grupo Inter Aduaneira atua há 20 anos em assessoria e consultoria em comércio exterior em todas as etapas da operação, incluindo o desembaraço aduaneiro, logística internacional, benefícios fiscais, regimes especiais, trading company, armazenamento e distribuição em vários países. Hoje, sua equipe é composta por cerca de 250 colaboradores que atuam em nove escritórios próprios no Brasil e uma filial em Miami, atendendo grandes grupos nacionais e multinacionais, assim como empresas que iniciam suas operações com o exterior.

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