Fibra ótica: tecnologia aprimorando a iluminação

A condução de luz das fibras óticas traz criatividade aliada à funcionalidade para projetos luminotécnicos na Casa Cor Paraná 2016.

Um filamento flexível e condutor de luz a partir de uma fonte única que ramifica a luminosidade para diversos pontos. Esta é a definição de fibra ótica plástica, material que vem ganhando espaço em diversos segmentos da iluminação.

A SPOT Lighting Iluminação levou esta tecnologia para a Casa Cor Paraná 2016 em dois dos ambientes da mostra: a “Sala de Segurança”, das arquitetas Clarice Volpi e Simone Volpi, e “Pet in Container”, da designer Maurete Schumacher e da arquiteta Josélia Pereira. A “Sala de Segurança” apresenta tecnologia de ponta, com utilização de fibra ótica Sidelight formando raios no teto sobre painel dando a impressão de infravermelho e um lustre em fibra ótica Hoop Loop com cristais. Já no “Pet in Container” a fibra ótica forma vagalumes espalhados pelo jardim para requintar o espaço externo.

De acordo com Vanessa Giacometti, designer de interiores, lighting designer e proprietária da SPOT Lighting Iluminação, a fibra ótica é customizável e apresenta inúmeras possibilidades de aplicação com efeitos de iluminação direcionada, indireta, difusa e uniforme, podendo ser usada em superfícies verticais, horizontais e inclinadas. “O material pode ser usado em iluminação aquática; efeitos estrelados, com aplicações de pontos em forros, painéis, etc.; cristais com terminais, em que dependendo do tipo de lapidação do cristal, formam-se efeitos diferenciados nas superfícies; balizamento de escadas, caminhos, decks, etc.; iluminação paisagística; iluminação de destaque, como em museus para destacar obras; e luminárias, em que são criados lustres de fibra ótica”, detalha Vanessa.

Wilson Sallouti, diretor da FASA Fibra Ótica, explica que técnica e cientificamente falando, a fibra ótica utilizada na iluminação é um filamento composto por materiais poliméricos com propriedades de condução da luz através de reflexões sucessivas internas. “Em outras palavras, a tecnologia é uma das mais modernas ferramentas disponíveis para os especificadores do mercado, agregando diversos benefícios aos projetos a que se aplica. Por ser simplesmente uma condutora de luz, apresenta características que permitem o processo criativo constante, sem perder de vista a funcionalidade. Outros pontos importantes é que a fibra ótica não propaga energia elétrica, evitando assim choques mesmo estando embaixo d’água; e também não conduzem raios infravermelhos e ultravioletas, ou seja, é uma luz sem calor”, explica.

Por ser uma única fonte que ramifica-se em inúmeros pontos de luz, a fibra ótica destaca-se pela eficiência energética - já que o consumo elétrico para produzir boa quantidade de lúmens é bastante baixo - e também pela fácil manutenção, que normalmente resume-se à troca de apenas uma lâmpada. “Para o uso na decoração é ideal, uma vez que tem excelente Índice de Reprodução de Cor (IRC) e pode ser usada com todas as cores, trazendo qualquer tipo de iluminação ou cor desejada no ambiente”, pontua a lighting designer Vanessa.

Funcionamento —Sallouti conta que a fibra ótica é composta por uma fonte de iluminação remota que contém uma única lâmpada (ou LED), que é a responsável por gerar a luz que será conduzida pela fibra ótica até a outra extremidade em que se quer iluminar. Nessa ponta são acoplados terminais específicos que permitem controlar o facho emitido por cada cabo de fibra ótica, proporcionando um foco mais concentrado ou aberto, às vezes difuso, outras vezes decorativo - tudo com a finalidade de atingir os objetivos propostos em projeto. “Ao contrário de todos os demais sistemas de iluminação encontrados no mercado, a fonte de luz não está no ponto final e é deste aspecto que deriva todos os principais benefícios da fibra ótica para iluminação”, revela.