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16/07/2016 - 08:02

Oskar Metsavaht apresenta exposição sobre o Cristo Redentor

No Museu Histórico da Cidade (MHCRJ).

Oskar Metsavaht imprime através de fotos, pinturas e videoinstalações seu olhar artístico sobre o Cristo Redentor em exposição que marca a reabertura do Museu Histórico da Cidade, no Rio de Janeiro, no dia 16 de julho (sábado), para convidados, e de 17 de julho a 2 de outubro de 2016 para o público. A reforma aconteceu graças ao esforço da Prefeitura do Rio, que investiu R$ 3 milhões somente nesta primeira etapa. A mostra, resultado de uma pesquisa artística, arquitetônica e conceitual sobre o monumento, surgiu a partir de um convite da Arquidiocese do Rio de Janeiro, cooperação da representação brasileira da Unesco e patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro e da Secretaria Municipal de Cultura. O símbolo nacional ganha a leitura contemporânea de Oskar, que já interpretou em outras mostras ícones como o calçadão de Ipanema, a tribo indígena Ashaninka e o Centro de Arte Contemporânea Inhotim.

“Tive total liberdade de criação para compor cada obra, o que me permitiu percorrer caminhos diversos. Inspirado em sua arquitetura, sua pioneira construção e em sua simbologia espiritual e religiosa. A estátua, um dos primeiros monumentos de concreto armado realizados com esta técnica, definiu parte de nossa arquitetura modernista nas décadas seguintes. Também pesquisei a interpretação da imagem do Cristo pelos artistas góticos e renascentistas”, resume Oskar.

A exposição também revela curiosidades desconhecidas do grande público, como o fato de a construção do Cristo Redentor ter sido um projeto precursor do crowdfunding. Em 1921, a Igreja conclamou paróquias, devotos e cariocas das mais variadas classes para fazerem doações e, assim, arrecadou a verba necessária para colocar de pé o grandioso projeto.

Segundo o reitor do Santuário Cristo Redentor, Padre Omar Raposo, a exposição vai unir espiritualidade e cultura. “Essa exposição quer evidenciar os valores espirituais intrínsecos em nosso símbolo maior, o monumento Cristo Redentor”, destaca Padre Omar.

Lançamento do portal MHCRJ — Criado em 1934 pelo então prefeito Pedro Ernesto, o Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro tinha o objetivo de abrigar objetos representativos que interessavam à história da cidade. Sua primeira sede foi o Palácio da Prefeitura, na Praça da República, mas depois ele foi transferido para o Parque da Cidade. O MHCRJ realizou exposições, pesquisas e uma ativa programação educativa e cultural até que fechou para novas obras de restauração, iniciadas em 2010.

A Prefeitura do Rio investirá ainda mais R$ 1,2 milhão na segunda etapa da obra, prevista para ser concluída no final do ano, entregando a reforma de seu palacete principal. O museu conta com um acervo de aproximadamente 24 mil peças entre fotografias, aquarelas, gravuras e litogravuras — a maior coleção dentre os museus que o município administra. Na ocasião também será lançado o site do MHCRJ. Trilíngue (português, inglês e espanhol), de início ele permitirá a exposição virtual de aproximadamente 200 peças, além da história da construção do Conjunto Arquitetônico e do Parque da Cidade.

O visitante já poderá, desde a sua reabertura, consultar o acervo através de tablets oferecidos pela administração. Nela haverá também uma linha do tempo ilustrada com o acervo. A capela de São João Batista também será reaberta para visitação pública.

Seminário Tecido social — Entre as curiosidades descobertas ao longo desta imersão, está a informação de que o monumento do Cristo Redentorcontém milhares de pequenos mosaicos de pedra-sabão. Cada um representa uma pessoa ou família - oriunda de diferentes classes sociais - que contribuiu com doações ou trabalho para as obras. Colados sobre folhas de papel, eram feitos manualmente por voluntárias.

Através dessa informação, surgiu a ideia de colocar em pauta o conceito de tecido social, que é uma ferramenta para descrever e compreender as inter-relações sociais que perpassam toda e qualquer sociedade. Tanto sua coesão quanto o seu esgarçamento variam ao longo da História. Enquanto a coesão desta trama social leva a um senso de comunidade, pertencimento e de convergência, seu oposto conduz à ruptura, desenraizamento e conflitos.

Para debater todas estas vertentes e resgatar este conceito que permeou a construção do Cristo, bem como demonstrar sua utilidade para análise da atual conjuntura, será realizado um seminário, com data a definir. Na programação, painéis de debates traduzem o multifacetado cenário carioca, com a presença de representantes de diversos setores da sociedade, como do meio cientifico, das comunidades, do meio ambiente, do setor cultural e artístico.

A exposição terá entrada franca e permanece no Museu até o dia 2 de outubro e, ao longo destes três meses, receberá excursões de alunos de escolas publicas e particulares da cidade. As obras também serão reunidas em um livro, a ser lançado ainda este ano.

Exposiçã: Divina Geometria—Cristo Redentor por Oskar Metsavaht, de terça a domingo, das 10h as 17hde 17 de julho a 2 de outubro de 2016, no Museu Histórico da Cidade, Estrada Santa Marinha, s/n, Parque da Cidade – Gávea, Rio de Janeiro(RJ). Entrada franca.

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