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05/03/2008 - 10:59

Pedágio urbano e rodízio de veículos não é solução para o congestionamento das grandes metrópoles

São Paulo - Pedágio urbano e rodízio de veículos são medidas paliativas para solucionar o problema do congestionamento nas grandes metrópoles. Não obstante, podem dar mais tempo às cidades para que estruturem soluções definitivas.

O comentário foi feito pelo vice-presidente da Aeamesp – Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô, Emiliano Stanislau Affonso Neto, ao término do debate “São Paulo combatendo o congestionamento – pedágio urbano e outras medidas”, promovido pela Divisão América Latina da União Internacional de Transportes Públicos (DAL-UITP), no dia 14 de fevereiro, no auditório da Emplasa, em São Paulo.

Segundo Affonso Neto, a solução para os congestionamentos nas grandes cidades deve levar em conta a implantação de uma boa infra-estrutura de transporte público e políticas adequadas de uso e ocupação de solo. Ele recomenda que se faça o planejamento dos deslocamentos das pessoas considerando toda a viagem – por exemplo, de casa até o destino final –, com base em bons sistemas de transporte público, aos quais automóveis e motos também possam facilmente se integrar.

O vice-presidente da Aeamesp entende que o “travamento” das grandes cidades do País, em especial a cidade de São Paulo, em razão dos intermináveis congestionamentos, caracteriza um fenômeno que se vem acentuando fortemente, mas que, justamente por seu impacto negativo, poderá apressar a busca de saídas. Ele pondera que nos últimos cinco anos, a frota paulistana de automóveis – que atualmente conta com 6 milhões de veículos – aumentou 40% – ou seja, há um milhão e seiscentos mil carros a mais em São Paulo --, um quadro que tende a deixar mais evidente a urgência de medidas efetivas, entre as quais inclui a adequada expansão da infra-estrutura de transporte público, o estímulo à utilização de meios coletivos de deslocamento, e a racionalização do uso dos automóveis.

O encontro, que contou também com a participação do presidente da Aeamesp, Manoel da Silva Ferreira Filho, do vice-presidente, Luiz Antônio Cortez Ferreira, especialistas e autoridades da Argentina, Brasil, Colômbia, Equador e Peru, buscou estabelecer uma reflexão sobre as ferramentas e possibilidades de gerir as demandas de mobilidade, garantindo a qualidade de vida e melhorando o transporte público.

O ponto de partida dos debates estava na constatação de que os congestionamentos afetam a mobilidade e o bem-estar social, econômico e ambiental, e fazem com que as cidades sejam cada vez menos agradáveis e também mais caras para viver, trabalhar e passear e que medidas para restringir o uso do automóvel significam reduções importantes na emissão de gases de efeito estufa.

Assuntos como esses estarão entre os temas da 14ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, que acontecerá no período de 02 a 05 de setembro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo vai debater este assunto e vários temas relacionados ao sistema de transporte urbano nas grandes cidades.

Sobre a Aeamesp: Criada há 18 anos, a Aeamesp tem defendido o contínuo desenvolvimento da tecnologia metroferroviária e investimentos permanentes em redes estruturadoras de transporte público, em especial os sistemas sobre trilhos, que são estratégicos para todo o País, por reduzirem os custos e aumentarem a competitividade dos principais centros urbanos, dinamizando a economia como um todo.

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