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05/03/2008 - 11:12

Roberta Borges é lembrada na Semana Internacional da Mulher


Gaúcha ganha fama nas ondas e é indicada para evento da Rip Curl Girls Tour.

No dia 8 de março será comemorado o Dia Internacional da Mulher. Na cidade de Santos, litoral sul de São Paulo, a Rip Curl Girls Tour, escola de surf voltada para as meninas, preparou várias atrações para festejar a data. O início das comemorações está marcado para o dia 6, quinta-feira, com uma festa no Bar Tolentinos, a partir das 20 horas. Depois, até domingo, outras atividades tomarão conta durante o dia na praia do José Menino, entre o canal 1 e o Quebra-Mar.

Para Diolanda Vaz, responsável pela escola e presidente da Associação Brasileira de Surf Feminino, o evento é uma ótima oportunidade para homenagear aquelas que contribuíram para o desenvolvimento do esporte no Brasil. "Queremos contar um pouco da vida de cada uma para que a nova geração conheça. Infelizmente, as que escolhemos para este ano, não poderão estar presente no dia da festa, mas está valendo a lembrança".

Nascida em Porto Alegre (RS), Roberta Borges é uma delas. Apaixonada pelas ondas, a gaúcha fez história em uma época em que poucas se aventuravam. Seu primeiro contato com as paredes líquidas foi em 1976, na praia de Torres, ainda menina com 13 anos de idade. Segundo ela, um divisor de águas. "Minha vida se divide em antes e depois do surf", garante a veterana de 44 anos.

Fotógrafa de profissão e paixão, Borges é casada com o sueco Micki Weinschenck, perto de comemorar as bodas de prata. Da união, nasceu Stephanie, de 16 anos, sua companheira no surf, com quem guarda momentos inesquecíveis. "O surf já me proporcionou muitas ocasiões alucinantes, viagens, lugares incríveis, mas surfar com minha filha pela primeira vez e participar daquele instante que ela conseguiu corre na parede da onda foi mágico".

E é dentro deste ambiente que a família vive em Porto Alegre. "O surf mudou minha forma de viver, de pensar, meus princípios. É uma outra visão do mundo. Sou muito mais ligada na natureza e vivo com mais simplicidade. Me sinto feliz por ter passado um pouco disso tudo para a família", diz agradecida. Seu amor pelo esporte fez com que Roberta encarasse também as competições na mesma época que ela já carregava a sua máquina fotográfica.

"No começo dos anos 80 comecei a participar de campeonatos locais. Foi também quando fiz a minha primeira surf trip para Puerto Rico e Peru". Com dedicação, os resultados surgiram. Em 85, foi vice-campeã do épico OP Pro, na Joaquina (SC). No mesmo ano, protagonizou no Festival Brasileiro de Ubatuba ao ser campeã nacional. Muitos outros títulos importantes vieram durante cinco anos de baterias no Brasil e no exterior.

Apesar da glória nos pódios, sua maior saudade é do tempo áureo do esporte. "Éramos uma grande família no final da década de 70. Todo mundo surfando com seus pranchões na praia da Guarita, em Torres". Na água, outras meninas serviram de espelho. "Quem mais me impressionava era a Margô Oberg. Ela ganhava tudo na época. Claudia Santos também surfava muito, assim como a Kita Renck e a Silvana Valentim".

"Infelizmente não conheci a Fernanda Curi, Eliana Oliveira e Maria Helena para ter mais inspiração. Adoraria ver essas mulheres surfando naquele tempo". Entusiasmada com a modalidade, ela comemora a evolução da categoria. "Sempre fui otimista e acreditei no surf feminino. Veja a Jacqueline Silva, campeã mundial do WQS 2000 e 2007. No masculino nunca teve um resultado desses, é o maior que o país já conquistou".

Para ela, o título máximo do esporte está perto. "O nível do surf em geral melhorou muito. Para mim, a Silvana Lima é uma das próximas candidatas a um título mundial junto com a Jacque", aposta Roberta que não dispensa a sua parceira das ondas. "Sou viciada na minha prancha 5'10 fish, mas tenho de tudo, até um fun para os dias de merreca".

Coincidência ou não, no dia 8 de março, Roberta ao lado de outras mulheres surfistas trará novidades ao mercado. "Junto com as minhas sócias Brigitte Meyer, Claudia Gonçalves, Monika Meyer e o fotógrafo Rick Werneck lançaremos uma revista digital com total dedicação ao surf feminino. EHLAS - www.ehlas.com.br terá competições, esportes radicais, saúde, viagens, tudo que esteja relacionado ao universo feminino". Roberta Borges tem um site com sua história, fotos e trabalho (www.robertaborges.com.br).

Em Santos - A festa de abertura acontece no Bar Tolentinos, no Gonzaga, a partir das 20 horas. "Exibiremos filmes de surf feminino do Projeto Ala Feminina, da jornalista Isabelle Nara. Haverá também sorteio de uma prancha da Silver Surf e de brindes da Rip Curl. E para animar ainda mais, a galera vai curtir um som com o DJ Danilo", avisa Diolanda Vaz. O bar fica na Rua Tolentino Filgueiras, 84, com consumação mínima de R$ 10, mais R$ 5 de couvert artístico, por pessoa.

A partir de sexta-feira, dia 7, várias aulas como de primeiros socorros, ginástica natural e de surf, além de uma campanha ambiental, prometem agitar as alunas. As atividades têm inicio às 8h30 na praia do José Menino, entre o canal 1 e o Quebra-Mar, e segue até domingo. Na noite de sábado acontece um lual no mesmo local. A inscrição para as aulas custa R$ 50 com direito a um kit da Rip Curl.

Quem quiser participar, basta entrar em contato com a Diolanda Vaz pelo telefone (13) 9105-9642. O e-mail da escola é [email protected]. Webs: www.fotolog.com/ripcurlgirlstour / www.ripcurl.com. O evento conta com o patrocínio da Rip Curl. Apoio da Prefeitura de Santos, através da Secretaria Municipal de Esportes de Santos (SEMES), Sticky Bumps, Silver Surf, Integral Surf Treino e Projeto Cine Surf. Divulgação: Waves.Terra e Fama Assessoria.

A data - Em 8 de março de 1857, uma greve de operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, foi além das reivindicações que elas faziam por melhores condições de trabalho, salários e carga horária. A manifestação foi marcada pela brutalidade em que foram reprimidas. Mais de 130 tecelãs morreram carbonizadas, dentro da fábrica, que foi incendiada, em protesto pela greve.

Tal tragédia, desencadeou em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, que o dia 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

A escola - Atuando em Santos desde o mês de julho de 2006, a entidade representa muito mais que uma escola de surf. O objetivo da Rip Curl Tour Girls não é só formar surfistas, mas também chamar a atenção das garotas, através do esporte, como colaborar com ações sociais, cuidar da saúde, meio ambiente, entre outras atividades que acontecem fora das ondas.

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