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30/07/2016 - 09:10

FGV: Confiança da indústria avança em julho

Índice subiu 3,7 pontos em julho, o maior nível desde novembro de 2014.

Rio de Janeiro— O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas subiu 3,7 pontos em julho, alcançando 87,1 pontos, o maior nível desde novembro de 2014 (87,5 pontos). Com o resultado, o índice acumula alta de 13,6 pontos desde o mínimo histórico de agosto do ano passado.

“A boa notícia de julho foi a alta mais expressiva do indicador de satisfação com a situação presente dos negócios, dando mais consistência à tendência de recuperação da confiança da indústria. Associada à alta do Nível de Utilização da Capacidade no mês, esta informação sinaliza que o setor entra no segundo semestre em fase de aceleração da produção. Apesar das incertezas ainda presentes no ambiente político e econômico, o resultado consolida a percepção de melhora gradual do ambiente dos negócios no setor”, afirma Aloisio Campelo Jr., Superintendente Adjunto para Ciclos Econômicos da FGV/IBRE.

A disseminação do resultado favorável foi expressiva em julho: o ICI subiu em 18 dos 19 principais segmentos da pesquisa. A alta no mês foi determinada majoritariamente pelas avaliações em relação à situação atual: o Índice da Situação Atual (ISA) subiu para 85,2 pontos, ficando 4,0 pontos acima do mês anterior, enquanto o Índice de Expectativas (IE) cresceu 3,3 pontos, para 89,0 pontos. Apesar da evolução positiva no mês, o ISA continua inferior ao IE, indicando que o setor industrial continua mais otimista com o futuro que satisfeito com o presente.

A principal contribuição à alta do ISA em julho veio do indicador que mensura a satisfação com a situação atual dos negócios, que subiu 8,0 pontos entre junho e julho, para 83,1 pontos. O percentual de empresas avaliando a situação atual dos negócios como boa passou de 5,4% para 10,4% do total, enquanto a parcela dos que a avaliam como fraca caiu de 46,9% para 41,0%.

A maior influência para a alta do IE no mês foi a do indicador de expectativas com o total de pessoal ocupado nos três meses seguintes, que passou a 90,8 pontos em julho, 6,2 pontos acima do resultado de junho. Apesar da melhora, há ainda mais empresas prevendo desmobilização de mão de obra que o contrário: o percentual de empresas prevendo aumento do pessoal ocupado nos meses seguintes aumentou de 9,5% para 12,6% do total, enquanto a parcela de empresas que preveem redução passou de 24,5% para 19,6%. Em síntese, o ajuste do mercado de trabalho continua, mas a um ritmo cada vez menos intenso.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) da Indústria alcançou 74,3% em julho, 0,4 ponto percentual acima do resultado de junho. Com o resultado, o NUCI do setor retorna ao nível de abril passado, um patamar ainda historicamente baixo, ilustrando como a recuperação do setor é cada vez mais evidente mas continua ocorrendo de forma lenta e gradual.

A edição de julho de 2016 coletou informações de 1.116 empresas entre os dias 4 e 26 deste mês.

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