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02/08/2016 - 08:05

Ketchum Leadership Communication Monitor 2016: ainda há desigualdade no acesso a posições de liderança, revela

Deficiência, orientação sexual, raça e gênero são as maiores barreiras para a igualdade de liderança no Brasil e no mundo, aponta estudo da agência de comunicação Ketchum. Ações de empresas e dos próprios indivíduos foram apontadas como a solução mais viável para diminuir a desigualdade, com políticos sendo vistos como parte do problema. Líderes políticos tiveram desempenho abaixo das expectativas em temas como corrupção, economia e educação de forma geral.

São Paulo — A quinta edição da pesquisa internacional realizada pela Ketchum com três mil pessoas em dez países ao redor dos cinco continentes revela uma profunda desigualdade quando a questão é a oportunidade para alcançar posições de liderança. De acordo com o Ketchum Leadership Communication Monitor 2016 (KLCM) —estudo que analisa a liderança e a comunicação nas empresas —, raça, gênero, deficiência e orientação sexual ainda são as principais barreiras encontradas. Além disso, a pesquisa mostra que os participantes têm mais confiança em homens para liderar nos próximos cinco anos, embora as mulheres tenham tido um desempenho melhor em três dos cinco principais atributos vistos como fundamentais para uma boa liderança.

O KLCM também revela que os líderes atuais continuam não atendendo às expectativas da população em termos de liderança e comunicação. Apenas 23% dos participantes no total e 28% dos brasileiros acreditam que os líderes agem de forma eficaz e 31% (global) e 37% (Brasil) acham que eles se comunicam bem. O nível de confiança também caiu. Neste ano, 41% dos brasileiros disseram confiar menos nos líderes de uma forma geral. Em 2015, esse índice era de 32%. No cenário global, o número de pessoas que têm menos confiança na liderança também aumentou, de 22% em 2015 para 27% em 2016. Em categorias específicas, os líderes empresariais saem na frente em todos os quesitos analisados e os políticos aparecem na última posição.

Barreiras ainda persistem — Apesar de todo o progresso social das últimas décadas, nenhum país diz acreditar em igualdade de liderança. Do total de entrevistados, 67% acreditam que a deficiência seja o principal impedimento, seguido por orientação sexual (59%), raça (55%), gênero (53%) e religião (47%). Esse sentimento de desigualdade é ainda maior em países como Brasil, Japão e Espanha, sendo que 80% dos brasileiros acreditam ser a deficiência a maior barreira, seguida por orientação sexual (76%), raça (72%), gênero (69%) e religião (57%).

Ao serem perguntados sobre qual seria a solução mais eficaz para alcançar a igualdade, a maioria dos participantes respondeu ações das próprias empresas (53%) e responsabilidade individual (51%). O quesito Novas leis e legislações ficou em terceiro lugar, com 48%, o que coloca os políticos mais como parte do problema do que como solução. No Brasil, porém, o cenário é diferente, 63% dos participantes acham que atuar por meio da política seja a forma mais viável para diminuir a desigualdade.

Homens x Mulheres — Apesar de gênero ter ficado em penúltimo lugar como barreira para oportunidade de liderança, 61% dos participantes confiam mais em homens para liderar nos próximos cinco anos do que em mulheres (39%), resultado que se manteve estável em relação ao ano passado. Já, no Brasil, 58% dos brasileiros têm mais confiança nos líderes masculinos e 42% em líderes femininas, diferença que aumentou consideravelmente na comparação com 2015, quando o resultado praticamente se igualou (51% homens x 49% mulheres).

No entanto, o KLCM 2016 aponta que, dos cinco atributos vistos pelos brasileiros como fundamentais para a liderança, as mulheres demonstram melhor desempenho em três deles: se comunicar de forma aberta e transparente; admitir erros; e habilidade de trabalhar com diferentes tipos de personalidades. Já os líderes masculinos, segundo os brasileiros ouvidos, são melhores em tomar decisões difíceis e lidar com situações controversas com calma e confiança.

Crise na liderança política — No âmbito político, o KLCM 2016 mostra uma crise de liderança tanto no Brasil quanto globalmente. Somente 16% dos brasileiros acreditam que os políticos têm liderado de forma eficaz, número que caiu 7% em relação ao ano passado, enquanto a aprovação de líderes empresariais é de 45%. Globalmente, apenas uma entre cinco pessoas (22%) aprova a liderança dos políticos.

Em meio à crise política e econômica que atinge o Brasil, 89% dos brasileiros acreditam que a corrupção deveria ser o tema mais importante na agenda dos líderes políticos, embora apenas 15% ache que ela tem sido tratada como deveria. Também estão no topo da lista das áreas que exigem mais atenção a educação (86%) e a saúde (85%). No entanto, o número de pessoas que acreditam que os políticos têm dado a importância necessária a estes temas é ainda menor, 11% e 10% respectivamente. Esta diferença entre a importância do tema e o que efetivamente está sendo realizado também é significativa no cenário global, com um gap de 47 pontos para corrupção, 38 para educação e 36 para economia.

Diferença entre importância do tema e desempenho é maior nos temas mais importantes – 74 pontos para corrupção, 75 para educação e saúde (Brasil):

Também houve uma queda de 21%, se comparado a 2015, na confiança dos brasileiros nos líderes políticos, chegando a 85% o número de entrevistados que disseram confiar menos neles este ano, número bem inferior ao registrado para líderes empresariais, de 18% (contra 15% em 2015). Por outro lado, o número de pessoas que acham que o desempenho dos políticos ficou abaixo das expectativas diminuiu na comparação com a última pesquisa – 58% em 2016 x 79% em 2015. Este índice ficou um pouco abaixo do resultado global, de 61%. Porém, dos que não acreditam no desempenho dos políticos, apenas 2% dos brasileiros acham que esses líderes assumem a responsabilidade quando erram, contra 7% do total de participantes.

Comunicação importa — Pelo quinto ano consecutivo, a comunicação aberta e transparente foi considerada pelos brasileiros o atributo mais importante para uma boa liderança, com 84%, índice que representa um aumento de 10% em relação ao ano passado. No resultado global, este atributo ficou em segundo lugar nos últimos três anos, perdendo para “liderando pelo exemplo”.

No geral, a comunicação foi considerada por 85% dos participantes no Brasil como muito importante para a liderança, por 15% como de certa forma relevante e apenas por 1% como irrelevante. Mas, apesar da importância, somente 37% dos brasileiros acham que os líderes se comunicam bem, número bem superior ao registrado em 2015, de 19%. Este cenário se confirma também globalmente, já que os resultados foram 71% e 31% respectivamente. Em categorias específicas, os líderes empresariais no Brasil foram os mais bem avaliados (53%), seguidos por líderes de ONGs (45%). Os políticos ficaram em último lugar, com apenas 21% de aprovação. Os brasileiros também preferem líderes que utilizem linguagem coloquial (91%) e que peçam desculpas por seus erros (90%).

Hábitos de compra são impactados pela liderança — Quando o assunto é compra, os brasileiros são muito mais influenciados por comportamentos que impactam na liderança das empresas do que consumidores de outros países. A KLCM 2016 revelou que 83% dos brasileiros pararam de comprar ou compraram menos produtos e serviços de companhias que apresentaram características negativas de liderança. No âmbito global da pesquisa, apenas 65% disseram ter tido a mesma atitude.

Já, 72% dos participantes no Brasil passaram a comprar mais ou pela primeira vez de empresas conhecidas por sua liderança eficaz, número bem superior ao obtido globalmente (47%). Para 58% dos brasileiros, a liderança deve vir da empresa no geral e de todos os seus funcionários. Apenas 20% acreditam que ela seja determinada somente pelo CEO.

Para mais informações sobre o Ketchum Leadership Communication Monitor 2016 acesse: www.ketchum.com/leadership-communication-monitor-2016 . Detalhes do recorte Brasil da pesquisa estão disponíveis nessa apresentação.

A Ketchum Global Research & Analytics realizou uma pesquisa on-line com 3,001 participantes, em 10 mercados, de 29 de março a 19 de abril de 2016. Os mercados participantes foram Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Espanha, China, Singapura, Japão, Emirados Árabes Unidos, África do Sul e Brasil. A margem global de erro é +/-1.79%. A pesquisa explorou a opinião dos participantes sobre diferentes categorias de líder (empresariais, políticos, comunitários, do terceiro setor e sindicalistas/trabalhistas) e 22 setores da indústria. Toda a coleta de dados foi realizada pela Ipsos Observer.

A Ketchum é uma empresa de comunicação líder e global, com operações em mais de 70 países e seis continentes. Vencedora de 17 Leões em Cannes e de cinco Campaign of the Year Awards da PRWeek, uma conquista inédita, a Ketchum se associa a clientes para entregar programas estratégicos, criações revolucionárias e resultados mensuráveis que constroem marcas e reputações. Para mais informações sobre a Ketchum, empresa da Diversified Agency Services e divisão da Omnicom Group Inc., visite www.ketchum.com.

About the DAS Group of Companies — A Diversified Agency Services (DAS), uma divisão da Omnicom Group Inc. (NYSE: OMC) (www.omnicomgroup.com), é um grupo global de empresas de serviços de marketing. A DAS abrange mais de 200 empresas que operam através de uma combinação de redes e organizações regionais, servindo clientes internacionais e locais por meio de mais de 700 escritórios, em 71 países.

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