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05/08/2016 - 09:04

Pesquisa da FGV aponta melhorias e transformações no Rio alavancadas pelos Jogos

Nos últimos sete anos;

Os Jogos Olímpicos no Rio reverteram uma tendência negativa de crescimento dos indicadores sociais que a cidade apresentava entre 1992 e 2008: é o que comprova o levantamento conduzido pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), comandado pelo ex-ministro de Assuntos Estratégicos e economista Marcelo Neri. O objetivo do projeto foi medir a evolução das condições de vida da população carioca a partir do anúncio da Rio 2016, em outubro de 2009. Para tal, foram avaliadas diversas áreas da cidade, como o desempenho em educação, trabalho, habitação, serviços de utilidade pública, transporte e desenvolvimento social. Os 24 indicadores comparáveis antes e depois do anúncio da Rio 2016 mostram que registravam-se dez vezes mais retrocessos antes de o Rio saber que seria a sede olímpica. Os avanços subiram de 7 para 18 indicadores, entre eles o acesso a casa própria, educação, uso de tecnologia e coleta de lixo.

Da série de dados que compõem o legado pré-olímpico da cidade, levando-se em conta atributos comparáveis, como sexo, idade, imigração, educação, entre outros; houve avanço em 36 dos 38 indicadores de áreas como educação, trabalho, habitação, serviços públicos, transporte, inclusão digital e desenvolvimento social. Um destaque é referente à renda dos cariocas. De acordo com Marcelo Neri, entre

2008 e 2016 a renda do trabalho dos 5% mais pobres cresceu 29,3% e a dos 5% mais ricos, 19,96%. O crescimento da renda domiciliar per capita no Rio alcançou 30,3%, ao se comparar os primeiros trimestres de 2008 e 2016, passando de R$ 1.515 para R$ 1.974, descontada a inflação.

Também foram verificados avanços na frequência escolar, aumento do acesso às creches e anos de estudo. Entre 2008 e 2014, esse último índice saltou de 7,91 para 8,67 na capital. Em relação à frequência escolar, mais de 97,9% das crianças de 5 a 9 anos estão matriculadas. No comparativo com os demais municípios do Grande Rio, foram analisados 24 dados comparáveis – sempre avaliando o período pré e pós-anúncio das olimpíadas. Quando analisamos os padrões de mudança do Rio em relação aos demais municípios, o placar pós-anúncio é de 18 a 1 em favor dos cariocas, com 5 empates estatísticos. Antes de o Rio ter sido escolhido como sede dos jogos, essa mesma comparação resultou em 7 a 10, com 7 empates. A pobreza medida na pesquisa (renda de R$ 206/mês) caiu de 5,71% para 2,09% da população, entre 2008 e 2016. Nos demais municípios do Grande Rio, a queda foi 9,28% para 5,75%. A pesquisa da Fundação Getúlio Vargas se baseou nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad e Pnad contínua) e abriu dados inéditos do IBGE sobre indicadores sociais dos municípios.

Confira os resultados pré X pós anúncio olímpico. Entre 2008-2014, foram comparadas pessoas iguais em sexo, idade, cor, imigração, tamanho da família e educação dos pais: . Serviços Públicos — Esgoto e Lixo: Um carioca tem chances 147,4% maiores de estar ligado à rede de esgoto.

Serviços Públicos e Habitação — Água, Banheiro e Máquina de Lavar: Um carioca tem chances 159,7% maiores de ter uma máquina de lavar. Frente aos demais municípios do Grande Rio, no período em questão, a chance do carioca cresceu 26,3% mais.

Habitação — Densidade Demográfica Domiciliar: Existem 39% menos chances de a densidade demográfica por dormitório carioca ser igual a de 2008. Frente aos demais municípios do Grande Rio, durante o período em questão, as chances são 52,4% menores.

Inclusão Digital — Acesso a Tecnologias: As chances de ter acessado a internet nos últimos três meses no Rio aumentaram 206%. Comparado aos demais municípios do Grande Rio, as chances cresceram ainda mais no período em questão, 208%.

Educação — Frequência Escolar: As chances de frequentar a escola municipal no Rio de Janeiro aumentaram 160%. Comparado aos demais municípios do Grande Rio, entretanto, não houve mudanças nas chances no período em questão.

Educação — Escolaridade: A escolaridade no Ensino Fundamental (competência municipal) teve um ganho de 14,4%. Valor acima das outras faixas, também crescentes no período em questão, e do ganho observado na periferia.

Educação — Curso Superior: Um carioca tem chances 13,3% maiores de cursar ou concluir um curso superior. Entretanto, frente aos demais municípios do Grande Rio, durante o período em questão, não houve mudanças significativas.

Desenvolvimento Social — Pobreza: Segundo a linha CPS/FGV, as chances de ser um pobre no Rio de Janeiro são 57,1% menores. Já frente aos demais municípios do Grande Rio, durante o período em questão, o carioca tem chances 36,8% menores.

Desenvolvimento Social — Renda Domiciliar per capita (RDPC): A RDPC do trabalho do carioca aumentou 24,46%. Frente aos demais municípios do Grande Rio, durante o período em questão, a RDPC do trabalho aumentou 10%.

Desenvolvimento Social e Trabalho Renda Domiciliar per capita do Trabalho: A RDPC do trabalho do carioca assalariado aumentou 23,28%. Frente aos demais municípios do Grande Rio, nesse período, a RDPC do trabalho dos assalariados aumentou 9,17%.

O estudo “Mudança Social Carioca 2009-2016: O Legado Pré-Olímpico” tem mais no site: www.fgv.br/fgvsocial/rio2016.

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