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10/08/2016 - 07:48

Como a crise econômica vem afetando o mercado de seguros?

Ao longo dos últimos anos, o mercado segurador brasileiro experimentou um crescimento notável, muito acima dos índices mais otimistas. “Hoje, o mercado segurador representa 6,5% do PIB e ainda é o mais importante mecanismo de proteção existente no mundo”, afirma Adevaldo Calegari, diretor da Progetto Corretora e mentor do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo. Na avaliação do especialista, porém, a crise política, social e econômica que vive o País trouxe consequências sensíveis para este mercado. Na carteira de automóveis, por exemplo, famílias diminuíram o número de veiculos por residência, passando de quatro para três veiculos, ou de três para dois e até um veiculo por família. “Observamos também a busca por preços menores na hora da contratação ou renovação, optando inclusive por redução de coberturas e serviços para os automóveis segurados. Apesar disto, a carteira de automóvel cresceu algo como 2% nos últimos meses. Ou seja: tem mais gente fazendo seguro para o veículo, mas estes consumidores estão gastando menos por apólice”, afirma Calegari.

De acordo com ele, é importante também observar outros produtos massificados, como o seguro residencial, que sofreram com a queda da renda familiar, mas mantêm o nível de renovação das apólices, embora também com redução de valores e coberturas. O aumento do desemprego afetou diretamente dois segmentos do mercado: seguro de vida e acidentes pessoais e, sobretudo, seguro saúde, que são mantidos como benefícios pelas empresas. “Com o desemprego na casa dos 15 milhões, pelo menos um terço destas pessoas não conta mais com estas coberturas. Preocupados com a falta de renda, essas pessoas não buscam contratar apólices particulares para vida e saúde”, diz o executivo.

Para o especialista, a crise no País deverá contribuir para alavancar as vendas dos micro seguros, lançados em 2014 no mercado nacional, mas que até agora não decolaram. “A proposta deste serviço era beneficiar mais de 100 milhões de brasileiros com renda de até dois salários mínimos mensais, oferecendo, por exemplo, seguro de vida e seguro funeral por um custo de até R$ 10,00 mensais”, lembra o diretor da Progetto. “Com o atual estágio da economia, no qual ainda se destaca a preocupação com a manutenção do básico da família e com a visão de futuro comprometida, ainda não conseguimos desenvolver adequadamente essa nova modalidade, que apresenta para o futuro uma excelente perspectiva de negócios, aliada à inclusão social”, conclui Calegari.

Perfil —A Progetto Corretora de Seguros completa 30 anos de atuação em 2016, sob o comando do seu fundador Adevaldo Calegari. A corretora atua em todos os segmentos de mercado e conta hoje com uma carteira ativa com quase 5.000 clientes. Especialista em gerenciamento de riscos, Calegari também é vice-presidente da Câmara dos Corretores de Seguros de São Paulo, diretor de Microsseguros da Associação Paulista dos Técnicos de Seguros, membro da diretoria do Instituto Brasileiro de Autorregulação do Mercado de Corretagem de Seguros, de Resseguros, de Capitalização e de Previdência Complementar Aberta (Ibracor) e mentor do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo. [www.progettocor.com.br].

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