8ª edição do PH LATAM Symposium terá doenças raras em foco

Congresso em São Paulo apresenta novo medicamento que promete revolucionar o tratamento da Hipertensão Arterial Pulmonar no Brasil. Mais de 200 médicos de diferentes países da América Latina e Europa, além de profissionais brasileiros, estarão reunidos na 8ª edição do PH LATAM para debater os avanços e desafios no diagnóstico e tratamento da doença.

Rio de Janeiro — Durante os dias 18 a 20 de agosto, especialistas em Hipertensão Arterial Pulmonar estarão reunidos, em São Paulo, para debater os avanços e desafios no diagnóstico e tratamento da HAP, doença grave, rara e sem cura que atinge milhares de pessoas todos os anos. A novidade da 8ª edição do PH LATAM Symposium ficará por conta do lançamento da Macitentana (Opsumit), medicamento que chega ao Brasil para mudar os paradigmas do tratamento da HAP no país.

A publicação da patente foi feita no dia 9 de agosto e reconhecida pela Anvisa pelo prazo de dez anos. Disponível nos Estados Unidos e na Europa desde 2014, o remédio já está sendo utilizado por diversos pacientes no Brasil, de diferentes estados, através de ação judicial para importação do produto. A nova droga é capaz de retardar ainda mais a progressão da HAP e proporciona uma melhor qualidade e expectativa de vida aos pacientes.

O ex-motorista de ônibus Abrahão Barbosa, 59 anos, morador de Pernambuco, foi o primeiro paciente a ter acesso ao remédio no Brasil. Diagnosticado com HAP há seis anos, Barbosa conseguiu a aprovação do seu processo judicial no início de 2016 e já demonstra melhora significativa no tratamento. Atividades simples do dia a dia como caminhar e subir escadas já não são tão difíceis de realizar.

Organizada pela Actelion, biofarmacêutica suíça líder mundial em pesquisa das áreas relacionadas à Hipertensão Pulmonar, esta edição do PH LATAM vai contar com a participação de profissionais de saúde nacionais e internacionais que irão discutir temas que vão desde as particularidades da HAP na América Latina e no mundo, as estratégias para o tratamento da doença, como o uso da terapia combinada, até o futuro da HP com a chegada de novos medicamentos como a Macitentana (Opsumit). Ao todo serão mais de 200 médicos de diferentes países da América Latina e Europa, além de especialistas brasileiros.

Falta de ar, tontura, cansaço, sensação de aperto torácico, capacidade de exercício limitada e fadiga. Esses são alguns sintomas da Hipertensão Arterial Pulmonar. Doença tão ameaçadora e letal do que alguns tipos de câncer, a HAP pode ser facilmente confundida com outras enfermidades mais comuns como asma, bronquite ou insuficiência cardíaca. No Brasil, ela atinge cerca de três mil e dez mil pacientes. No mundo esse número pode chegar a 350 mil pessoas acometidas pela doença.

Para Fernanda Mendes, diretora de Assuntos Regulatórios da Actelion, a grande expectativa para o evento desse ano é a possibilidade de proporcionar uma discussão científica mais abrangente, em virtude da chegada de novas terapias e abordagens.

“Existe ainda um grande espaço para o avanço no manejo da HAP, de modo que em um futuro próximo, todos os profissionais estarão capacitados para reconhecer os principais sinais e sintomas relatados pelos pacientes, principalmente em virtude das barreiras relacionadas ao diagnóstico. O evento vai contribuir com um novo olhar a respeito das perspectivas sobre o futuro da HAP, em uma abordagem ampla, que considera as últimas pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novas terapias e da revisão das diretrizes de tratamento”, comenta Mendes.

Muito aguardado pela classe médica, o Opsumit (Macitentana) promete ser o tratamento de primeira linha para oferecer novas perspectivas para o futuro dos pacientes com HAP. “O remédio é capaz de retardar ainda mais a progressão da doença, uma vez que possui maior penetração tecidual e maior afinidade com os receptores da Endotelina, ou seja, o paciente terá mais substância no local em que deve agir e esta ação será mais eficaz”, afirma Fernanda Mendes.

Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) —Doença tão ameaçadora e letal do que alguns tipos de câncer, a Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) atinge cerca de 350 mil pessoas no mundo. No Brasil, esse número fica entre 3 mil e 10 mil pacientes. Quando não tratada com os recursos adequados e sem os medicamentos necessários, a HAP pode levar o paciente à morte rapidamente. Segundo a literatura médica, a sobrevida média estimada em pacientes com HAP, sem tratamento específico, é de aproximadamente 2,5 anos, após o diagnóstico.

A Actelion é a biofarmacêutica suíça referência mundial no desenvolvimento de medicamentos inovadores e líder em pesquisa das áreas relacionadas ao endotélio, a camada celular dos vasos sanguíneos mais próxima do fluxo de sangue. A empresa está no mercado há 17 anos e atua em 29 países como Brasil, Canadá, Estados Unidos, Austrália, Japão e diversas regiões da Europa. A biofarmacêutica está no Brasil desde 2002, sendo a pioneira na realização de um estudo clínico sobre a Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP), realizado no Hospital das Clínicas de São Paulo/Incor FMUSP. Focada em inovação, a Actelion financia e investe em pesquisas em vários países com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de pacientes com necessidades médicas ainda não atendidas.