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24/08/2016 - 10:02

O advogado do futuro

É inegável que todos nós - pessoas, profissionais e empresas - estamos tendo que nos adaptar ao volume enorme de informações que nos bombardeia diariamente e principalmente à aceleração do ritmo de todas as mudanças que nossa sociedade está enfrentando.

O crescimento exponencial das informações no meio digital, tais como: decisões judiciais, peças processuais, contratos, opiniões, e-mails e outros criam por si só uma dificuldade crescente na busca, identificação correta e análise das informações relevantes para as necessidades de um advogado e, por outro lado, a capacidade de análise das informações, a síntese das ideias e argumentos e a elaboração dos documentos jurídicos ainda dependem de pessoas e de suas limitações humanas.

Outros dois fatores importantes também pressionam cada vez mais a profissão da advocacia: o primeiro é a pressão exercida por parte dos clientes para que suas soluções sejam cada vez mais rápidas e obviamente corretas; e o segundo é a pressão exercida pela concorrência, forçando os profissionais a gerirem melhor seus custos e oferecerem preços mais competitivos sempre mantendo a qualidade (lembro que a qualidade não é mais o único fator de diferenciação, pois como exemplo cito o fato de o mercado brasileiro ter evoluído de poucos escritórios corporativos para centenas de bons escritórios num período de três décadas).

Como se tudo isso não bastasse, ainda existe a pressão exercida pela própria mudança no comportamento da sociedade, cada vez mais conectada com tudo, todos e ao mesmo tempo, gerando mais e mais a sensação de urgência e expectativa por resultados imediatos em toda ela.

Por conta de todas essas pressões e também das limitações humanas, a profissão de advocacia precisou encontrar um aliado para poder enfrentar todos esses desafios e evoluir e isso se chama tecnologia! Apesar de não parecer (aos olhos de um “não advogado”), a profissão da advocacia é uma das que mais necessita e depende da tecnologia para uma prestação de serviços eficiente e responsiva.

A tecnologia é encarada pelo advogado (e não poderia ser de outra forma) como um meio e não como um fim e deve ser utilizada como uma ferramenta poderosíssima para melhoria da eficiência e eficácia na profissão.

Dessa forma, o advogado mais completo será mais competitivo e preparado para os desafios de sua profissão, entre eles:

- Conhecimentos mais abrangentes em matérias associadas às relações humanas de modo a gerenciar melhor sua equipe e seus talentos pela adoção de desafios motivadores e utilização “KPI´s” específicos, além de plano de carreira moderno e adaptado as novas gerações.

- Melhores conhecimentos de Marketing institucional e pessoal de modo a incrementar sua participação no mercado por meio das modernas técnicas de participação e projeção na mídia digital.

?- Melhor formação em gestão empresarial para gerir econômica, financeira e estrategicamente sua empresa com auxílio de softwares de ERP, BI, etc.

- Familiaridade e utilização das tecnologias de geração de seus documentos por meio de softwares de “documentassembly”.

- As tecnologias necessárias para saber extrair o máximo proveito para: encontrar agilmente as informações necessárias à produção de seu documento jurídico pela ajuda de robôs de busca e/ou softwares de inteligência cognitiva; e gerenciar corretamente seu conhecimento estratégico (explicito e tácito), organizando-o e indexando-o para utilização futura.

- Analisar estatisticamente jurisprudências e decisões anteriores de tribunais e magistrados.

Apesar da tecnologia ser apenas uma ferramenta, todas essas atividades serão concebidas e geridas por advogados por meio de softwares e sistemas inteligentes, que exigirá uma formação muito mais eclética e tecnológica do que a formação puramente técnica a que tais profissionais estão sendo submetidos nas universidades.

Cada vez mais e ao longo da carreira, além da própria atualização especifica no Direito, os advogados serão compelidos a se tornarem profissionais com conhecimentos mais abrangentes tais como: gerenciamento de equipe e pessoas; gestão de empresas; marketing institucional e pessoal; comunicação e principalmente afinidade com a tecnologia e com o mundo digital (para não correr o risco de se tornar um profissional jurássico).

. Por: José Paulo Graciotti, consultor e sócio da Graciotti Assessoria Empresarial, é membro da ILTA– International Legal Technology Association e da ALA – Association of Legal Administrators. Há mais de 27 anos implanta e gerencia escritórios de advocacia. | www.graciotti.com.br.

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