Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

27/08/2016 - 06:32

Museu do Amanhã promove programação para discutir o Antropoceno

Temas debatidos no Congresso da União Internacional de Ciências Geológicas serão repercutidos em palestras, seminários e exposições virtuais.

Rio de Janeiro — O Antropoceno será um dos temas do 35º Congresso da União Internacional de Ciências Geológicas, de 28 de agosto a 4 de setembro, na Cidade do Cabo, África do Sul. A comunidade científica se reunirá para abordar, entre outros assuntos, a era geológica em que estamos vivendo. Embora ainda não tenha ocorrido a formalização do termo científico que define a “Época dos Humanos”, a teoria de que a atividade humana se tornou uma força planetária com impactos capazes de alterar o clima, degradar biomas e interferir em ecossistemas é defendida pelo Museu do Amanhã em sua Exposição Principal. O visitante do espaço cultural é estimulado a refletir sobre o Antropoceno e convidado a ser parte da ação e da transformação em prol da sustentabilidade. Para impulsionar a discussão a respeito, o Museu do Amanhã promoverá em setembro o “Mês do Antropoceno” com diversas atividades, como palestras, seminários e exposições virtuais.

“O debate sobre a possível formalização do termo Antropoceno diz respeito, principalmente, a uma reflexão que nós, humanos, somos capazes de fazer sobre nossas próprias ações e a relação delas com o mundo à nossa volta. Em última instância, esta discussão tem a ver com a perpetuação da espécie humana, que é uma entre várias outras que ocupam espaço no planeta”, diz Leonardo Menezes, gerente de exposições e do Observatório do Amanhã.

O termo Antropoceno foi criado pelo biólogo Eugene Stoermer em 1980, e popularizado pelo químico Paul Crutzen nos anos 2000. Desde então, foi bastante difundido, mas, por enquanto, é usado de maneira informal pela comunidade científica para se referir ao presente, quando a ação humana pode ser percebida como uma força geológica. Em termos científicos, atualmente vivemos no Holoceno, época que teve início há cerca de 11,5 mil anos e que é a última do período Quartenário.

Programação: Dia 02/09 (sexta-feira), às 15h – Palestra “Humanos: uma força geológica”, com José Augusto Pádua e Juliana Ivar do Sul, no Observatório do Amanhã.

Com objetivo de debater as reais chances do Antropoceno se tornar um termo científico, o evento contextualizará e abordará as evidências científicas para cunhar o termo. Os especialistas aproveitarão a oportunidade para compartilhar suas experiências nos grupos de trabalho que integram.

José Augusto Pádua é historiador e professor associado de História no Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e consultor em Antropoceno para a Exposição Principal do Museu do Amanhã. Foi professor-convidado do Rachel Carson Center for Environment and Society da Ludwig-Maximilians Universitat em Munique, na Alemanha. É especialista em história e política ambiental, e entre seus temas de trabalho estão história do Brasil, políticas ambientais e sustentabilidade.

Juliana Ivar do Sul é oceanóloga e pesquisadora de pós-doutorado no Laboratório de Microcontaminantes Orgânicos e Ecotoxicologia Aquática (Coneco) do Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (IO/FURG) e presidente da APECS-Brasil (Associação de Pesquisadores em Início de Carreira para o Mar e os Pólos). Entre suas especialidades estão: microplásticos, poluição marinha, ecotoxicologia marinha e gerenciamento costeiro. Ela é membro do Grupo de Trabalho em Antropoceno da Subcomissão de Estratigrafia do Quaternário, um dos grupos da Comissão Internacional de Estratigrafia (ICS), que faz parte da União Internacional de Ciências Geológicas (IUGS).

Dia 05/09 (segunda-feira) – Entrevista com Dr. Colin Waters no site do Museu do Amanhã — Geólogo de mapeamento sênior da British Geological Survey, Waters é uma das vozes mais ativas no mundo científico sobre uma cronologia para um possível início desta nova época. Ele também é professor honorário do departamento de Geologia da Universidade de Leicester e secretário do Anthropocene Working Group da Comissão Internacional de Estratigrafia. Entre suas áreas de pesquisa está a classificação cronológica de camadas de rocha da crosta terrestre e sedimentologia. Ele possui publicações e estudos sobre a marcação geocronológica do Antropoceno ao lado de Jan Zalasiewicz, também professor da Universidade de Leicester.

Dias 13 e 27/09 (terças-feiras), às 13h e 15h – Tardes no Observatório sobre Antropoceno —Apresentação para o público do sistema de monitoramento dos sinais vitais do planeta com o apoio do videowall do Observatório. Nessas terças-feiras de setembro, o Antropoceno será o tema.

2ª quinzena de setembro - Lançamento de galerias no Google Arts & Culture sobre o Antropoceno —O Museu do Amanhã incluirá mais duas galerias no Google Arts & Culture com a temática Antropoceno: uma sobre os ‘antecedentes’ do termo e a planetarização que levou a esta nova época; e outra sobre os impactos humanos e as evidências que nos levam a crer que estamos, de fato, vivendo esta nova época geológica.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira