Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

06/09/2016 - 08:17

Cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos promete derrubar o preconceito com a deficiência

A cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, que acontece no dia 7 de setembro (quarta-feira), a partir de 18h15, no Maracanã, tem tudo para se tornar uma experiência inesquecível para o público presente no estádio e as famílias que acompanharem o evento pela televisão. Através de experiências multissensoriais que enaltecerão a natureza e a integração entre as pessoas, a festa terá como objetivo inspirar o mundo a derrubar os preconceitos com a deficiência. Alguns detalhes foram adiantados pelos organizadores em entrevista coletiva, realizada no dia 2 de setembro (sexta-feira), no Maracanã. Aos que não querem perder a festa, ainda há cerca de 4.000 ingressos disponíveis, de um total de 50 mil lugares, no site do evento.

Uma das novidades em relação ao que foi apresentado nos Jogos Olímpicos diz respeito à entrada dos atletas no estádio. Ficou decidido que, para que também possam acompanhar a festa, eles entrarão mais cedo, após 18 minutos do início da cerimônia. Além disso, o artista plástico Vik Muniz criará um trabalho ao vivo, que será concluído no mesmo instante em que a delegação brasileira entrar. Outro destaque será a entrada da bandeira do Brasil, que será conduzida por uma pessoa com deficiência, não atleta.

Em relação à Chama Olímpica, dessa vez ela será acesa em outro ponto do Maracanã, no lado Leste, próximo á Tribuna de Honra. Nos Jogos Olímpicos, ela ficou nos lados Norte e Sul. Além disso, um grande sucesso dos Jogos Olímpicos será repetido: a Pira Olímpica da Candelária, que atraiu a atenção de milhares de pessoas que visitaram o Boulevard Olímpico do Porto.

— Não há a menor dúvida de que viveremos um dos momentos de maiores emoção desses jogos. A expectativa é a mesma dos Olímpicos, mas eu diria que será um trabalho surpreendente. A dedicação de todos os envolvidos é imensa, desde os voluntários aos diretores e bailarinos. Estou certo de que será um sucesso — disse o diretor de Comunicações do Comitê Rio 2016, Mário Andrada.

Segundo os organizadores, a cerimônia envolve dois mil voluntários, 500 profissionais, 78 dançarinos e duas companhias de dança adaptada, além de artistas como Diogo Nogueira, Monarco, Maria Rita, Pedrinho da Serrinha, Xande de Pilares e Gabrielzinho do Irajá. Os cantores prometem animar o público com uma roda de samba.

— Vivemos um período de muita dedicação. Nossa preocupação era oferecer o mesmo nível para as duas cerimônias, dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Que fossem cerimônias icônicas, sem que uma devesse nada à outra. Para este evento, trabalhamos com um conceito criativo forte para derrubar qualquer tipo de preconceito. Afinal de contas, falamos de pessoas que nos inspiram, nos orgulham. Para isso, contamos com uma equipe fantástica de pessoas comprometidas com o sucesso da festa, desde a parte técnica às coreografias — disse o produtor-executivo Flávio Machado, acompanhado pela diretora artística do evento, Paula Mello.

Para o escritor, dramaturgo e jornalista Marcelo Rubens Paiva, um dos diretores criativos da festa, a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos começou a ganhar visibilidade em Atenas, no ano de 2004. Desde então, a busca pela tolerância se tornou o "carro-chefe" dos eventos posteriores:

— De 2004 para cá, os Jogos Paralímpicos passaram a focar no movimento, na tolerância. Isso fez com que as cerimônias ganhassem um peso diferente, de busca de um mundo novo. Essa é a nossa chance de falar a todos os deficientes do mundo, as pessoas envolvidas com a causa, que representam uma gama muito grande da sociedade. Além disso, após meu acidente, aprendi que há humor entre deficientes. Portanto, a nossa cerimônia terá humor também.

Outro diretor criativo da cerimônia é o designer Fred Gelli, que classificou o evento como uma "festa humana" que mostrará ao público que não se deve ser refém da "ditadura da visão": — Em nossa cerimônia, contamos com a opinião de deficientes visuais no processo criativo. O mundo paraolímpico é transformador, desmonta paradigmas e preconceitos. Será um evento que passará a energia sem fim que cerca esses atletas o tempo todo. Deficiência será o menos importante no contexto da cerimônia. Porque o que vale é a palavra eficiência. Queremos provocar as pessoas a prestarem atenção aos outros sentidos, não apenas ao que ela vê.

Um dos grandes destaques da festa será a paratleta norte-americana de snowboarding Amy Purdy, medalhista de bronze nos Jogos de Inverno de Sochi, em 2014. Biamputada aos 19 anos, por conta de uma meningite bacteriana, ela exibirá uma coreografia de aproximadamente cinco minutos, com a qual pretende conscientizar o mundo sobre a importância da integração entre o homem e a tecnologia.

— É uma apresentação longa e desafiadora para os meus limites. Mas estou incrivelmente empolgada com essa oportunidade de mostrar a todos que a tecnologia e os limites humanos podem, sim, caminhar juntos. Que os Jogos Paralímpicos do Rio possam inspirar outras pessoas. Afinal, é esta a maior missão do evento. Sou muito grata ao Rio de Janeiro por receber esta linda oportunidade - afirmou Purdy. À frente de todas as coreografias que serão apresentadas no Maracanã está a diretora e integrante do Grupo Corpo, Cassi Abranches.

Além dos esforços dos organizadores para que a cerimônia de abertura seja inesquecível, a Prefeitura do Rio preparou a cidade para receber os Jogos Paralímpicos Rio 2016, com uma operação que envolve esquemas de trânsito e transporte, operações de controle urbano, orientações a cariocas e turistas, extensa programação cultural, atendimento médico e vigilância sanitária, além do monitoramento da cidade pelo Centro de Operações Rio (COR). | Flavia David.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira