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13/09/2016 - 09:16

Coordenador do Pensar+ analisa relação de causa e efeito da crise gaúcha e nacional


Gilberto Simões Pires palestrou na reunião-almoço da CIC no dia 12 de setembro (segunda-feira).

Palestrante da reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC), no dia 12 de setembro (segunda-feira), e coordenador do Grupo Pensar+, que desde 2009 reúne pensadores com o objetivo de discutir, esclarecer e apresentar o real cálculo econômico e a relação de causa e efeito das decisões dos governantes em todos os níveis, o jornalista Gilberto Simões Pires deu início ao que chamou de “choque de realidade” falando sobre o rombo proporcionado pela Previdência Social, especialmente no serviço público. Segundo o jornalista, poucos brasileiros têm noção do quanto o Tesouro Nacional, estados e municípios precisam desembolsar para pagar privilégios dos servidores. “Aposentadorias pagas com dinheiro dos nossos impostos”, enfatizou.

Simões Pire lembrou que a Previdência Social no Brasil não se restringe apenas ao Regime Geral da Previdência Social, ou INSS. No ano passado, o governo federal precisou sacar R$ 158 bilhões do Caixa para cobrir o rombo total da Previdência de servidores públicos federais, militares e da iniciativa privada.

Estes e outros números que expõem a falência da gestão pública fazem parte do trabalho voluntário realizado pelo Grupo Pensa+ de fazer a sociedade entender os efeitos econômicos das propostas, projetos e decisões governamentais. Para o jornalista, a palavra ideologia não entra nos debates, pois quanto mais raciocínio lógico for apresentado, maior será o interesse a respeito do impacto econômico do que é decidido pelos governos. “O choque de realidade é fazer com que as pessoas pensem onde estão a causa e o efeito de determinadas decisões”, ponderou.

Gilberto Simões Pires lamentou a difícil situação do Rio Grande do Sul, inclusive no aspecto da educação – em 2015 o estado teve o pior desempenho no Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb) desde 2005 – e da Previdência Social. De acordo com ele, em 2017 haverá mais gente aposentada do que trabalhando no estado, que viverá mais e gerará mais custos ao governo estadual. “O governador não é mais o administrador da folha; é o pagador da folha a prazo”, observou. Para o jornalista, as causas da realidade gaúcha estão na incompetência dos governantes, no corporativismo de alguns setores e na aceitação passiva da sociedade. “Os principais problemas que inviabilizaram o Rio Grande do Sul foram causados por leis pétreas, que uma vez aprovadas só podem ser modificadas com uma nova constituinte. “Tem solução? Tem”, afirmou o coordenador do Pensar+. Para isso, alertou que as entidades empresariais têm de exercer mais ativamente seu papel de indutores da mudança e apresentar propostas para construir um novo modelo de políticas públicas voltadas para os interesses da sociedade.

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