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07/03/2008 - 10:43

Para UBS, balança de moedas globais pode acarretar problemas a todos os mercados


De acordo com relatório divulgado mundialmente pelo banco, forte apreciação das moedas deve desacelerar o crescimento econômico global e desencadear um novo repique de inflação.

Em novo relatório intitulado “Moedas: um desequilíbrio delicado”, o UBS Wealth Management Research examina a dinâmica da situação, sua evolução histórica e alguns possíveis cenários. Um sistema que esteve sólido por mais de 30 anos está prestes a mudar. A balança das moedas globais está para se alterar – acarretando com isso problemas para todos os mercados, contra os quais os investidores devem se precaver.

O UBS Wealth Management Research prevê um aumento significativo do valor das moedas de alguns países asiáticos e produtores de petróleo. As moedas que estão atreladas ao dólar norte-americano a taxas competitivas podem se apreciar fortemente para conter a inflação doméstica. O novo relatório argumenta que tal fato poderia arrefecer o crescimento global, já que as exportações asiáticas se tornariam menos competitivas – caso da China, por exemplo, que se tornou um grande produtor e exportador global e, no entanto, a valorização do yuan significará uma queda dessas transações. A capacidade produtiva fora da Ásia será incapaz, inicialmente, de atender às demandas. Tais mudanças eventualmente beneficiariam outros produtores – sobretudo da zona do euro, mas também os EUA – já que as respectivas indústrias teriam de se ajustar para acompanhar o ritmo.

De acordo com Paulo Tenani, chefe de pesquisa do UBS Wealth Management para a América Latina, “em curto prazo, uma forte apreciação das moedas pode desacelerar o crescimento econômico global e desencadear um novo repique de inflação. Os mercados de renda fixa de países desenvolvidos provavelmente se enfraqueceriam diante de um novo aumento da inflação”. O executivo acredita que o risco de uma acentuada valorização de moedas não está contabilizado no preço de muitas ações e imóveis de mercados emergentes.

Desalinhamentos no câmbio refletem desequilíbrios globais - Diversas moedas dos emergentes estão atreladas ao dólar norte-americano a taxas competitivas ou de alguma forma administradas em relação a ele, em particular o yuan chinês, outras importantes moedas asiáticas, e a maioria das moedas do Conselho de Cooperação do Golfo. Os países em questão registraram altas taxas de crescimento econômico, superávits elevados e crescentes em conta corrente, acumularam uma quantidade enorme de reservas cambiais e apresentam florescentes mercados financeiros e imobiliários. Tudo somado - acumulação constante de reservas cambiais, forte demanda pelas moedas dos países exportadores de commodity e o prolongado sucesso das operações de carregamento - deu origem a acentuados desalinhamentos nos mercados de câmbio.

O aumento das pressões inflacionárias e um realinhamento maciço - No final de 2007, a inflação também começava a se acelerar nos países com moedas atreladas. A postura de política monetária dos EUA, cada vez mais acomodada, com vistas a estimular o crescimento econômico doméstico, serviu somente para incrementar as pressões inflacionárias nesses países e amplificar o problema de acumulação de reservas. De acordo com o relatório, as autoridades podem ser obrigadas a deixar que suas moedas se valorizem frente ao dólar norte-americano como forma de intensificar o aperto da política monetária e manter a inflação sob controle.

Forte realinhamento cambial deve pressionar o crescimento global - Uma súbita valorização das moedas atreladas ao dólar provavelmente teria conseqüências negativas para a economia global. Em última análise, o realinhamento estrutural dos centros de fabricação e produção, resultante de mudanças de competitividade, levaria tempo para se efetivar por completo, acarretando assim, em curto prazo, em redução do crescimento global e aumento da inflação. A Europa acabaria por beneficiar-se do desatrelamento de moedas asiáticas em relação ao dólar norte-americano, já que um euro mais competitivo impulsionaria os exportadores da região. Um ajuste mais lento das moedas, por outro lado, protegeria as economias asiáticas de ajustes dolorosos em curto prazo, mas em longo prazo também poderia culminar em mais problemas, como bolhas nos preços de ativos.

O risco de desequilíbrios globais não está refletido nos mercados financeiros - A ameaça de desatrelamento e os riscos desses desequilíbrios cambiais não estão refletidos nos preços dos ativos de maior risco, como ações e imóveis de mercados emergentes, e de algumas commodities, como metais-base e energia. Os títulos de renda fixa de países desenvolvidos não estão em boas condições para enfrentar um possível aumento das taxas de inflação globais. E, embora os mercados acionários dos países desenvolvidos não estejam caros em termos históricos, comparações com o passado podem não ser relevantes durante períodos nos quais o prêmio de risco global está aumentando. Em geral, o UBS Wealth Management Research recomenda que os investidores permaneçam atentos a oportunidades que podem surgir em função de um ajuste atrasado, mas que mantenham uma carteira amplamente diversificada e defensiva que sirva de proteção contra os riscos representados por esses desequilíbrios.

Perfil UBS - O UBS é uma das principais instituições de serviços financeiros em todo o mundo e atende uma base internacional de clientes. Seu negócio tem escala global e é focado em crescimento. Como instituição internacional, o UBS cria valor agregado para seus clientes pelo uso dos recursos e conhecimentos combinados de todos os seus negócios.

O UBS é o líder mundial em Wealth Management, um dos principais Bancos de Investimentos e instituição de valores mobiliários do mundo, e um dos maiores Asset Management global. Na Suíça, é líder de mercado em operações bancárias de varejo e comerciais.

O UBS está presente em todos os principais centros financeiros do mundo. Tem escritórios em 50 países, cerca de 40% de seus colaboradores estão baseados nas Américas, 34% na Suíça, 17% no restante da Europa e 10% no Pacífico Asiático. As atividades do UBS contam com cerca de 80.000 colaboradores no mundo inteiro. Suas ações são cotadas na SWX Swiss Stock Exchange, New York Stock Exchange (NYSE) e Tokyo Stock Exchange (TSE).

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