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20/09/2016 - 08:10

Dependência da Petrobras e competitividade internacional da indústria naval


Debates marcam primeiro dia da Marintec South America.

Especialistas e players defendem que indústria naval deve ampliar escopo de atuação para segmentos como a cabotagem, pesca e mercado internacional. Evento acontece até o dia 21 de setembro(quarta-feira), no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro (RJ), e reúne 380 marcas, entre armadores, estaleiros, fabricantes e fornecedores.“Estamos convictos de que esta edição da Marintec será um marco da retomada positiva da indústria naval e offshore no Brasil”, afirma Jean-François Quentin, presidente da UBM Brazil.

A indústria naval no Brasil passa por um período de revisão de rumos e de planejamento para superar os desafios do futuro. Esta é a síntese do primeiro dia da 13ª edição da Marintec South America - Navalshore, principal plataforma de negócios para alavancar inovações e conectar-se com a comunidade marítima da América do Sul. O evento reúne mais de 380 marcas, entre armadores, estaleiros, fabricantes e fornecedores nacionais e internacionais, e deve receber mais de 16 mil profissionais até o dia 21 de setembro(quarta-feira), no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro (RJ).

“Estamos convictos de que esta edição será um marco da retomada positiva da indústria naval e offshore no Brasil. Além das novidades apresentadas pelas empresas expositoras, organizamos uma programação de conteúdo que tem o objetivo de preparar o segmento para os desafios que terá de superar nos próximos anos. A indústria naval tem potencial para assumir novas demandas e voltar a gerar empregos e desenvolvimento para o país”, ressaltou Jean-François Quentin, presidente da UBM Brazil, organizadora da Marintec South America, durante a abertura do evento. O executivo mencionou a intensa visitação que a feira atraiu no primeiro dia de atividades. “É uma clara demonstração de que o setor e seus profissionais estão empenhados em acelerar o processo de recuperação da indústria naval e estamos muito satisfeitos de poder contribuir com isto”.

Seguindo este raciocínio, Marcio Fortes, diretor de Relações Institucionais da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), defendeu que a indústria naval deve rever o papel que a Petrobras tem na sustentação do setor e focar em uma maior presença no mercado externo. “O segmento sofre com a vinculação excessiva à Petrobras e deixa de aproveitar outras oportunidades como a cabotagem. Outra questão é ampliar as competências para fomentarmos a competitividade internacional. Com isso, podemos falar em retomada”, observou.

Durante a cerimônia, o gerente do Departamento de Gás, Petróleo e Bens de Capital do BNDES, Luiz Marcelo Martins, frisou que, além da cabotagem, a pesca é outro campo promissor. “É um momento desafiador para a indústria naval, que no Brasil sempre andou muito de mãos dadas com o petróleo e gás, um segmento muito cíclico em todo o mundo. Por conta disso, acredito que este ano e o próximo serão dedicados ao planejamento, uma boa oportunidade para avaliar novos rumos para setor, que pode ampliar seu campo de atuação”, afirmou.

Capital Privado — O superintendente da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), Alfredo Renault, acrescentou durante a sua participação na abertura da Marintec outro tópico que também deve ser discutido pelo setor: a efetividade da pulverização geográfica na expansão da indústria naval brasileira. “Esta edição da Marintec South America é importante para refletirmos se este foi o caminho correto, ao invés de concentrarmos a produção em poucos clusters, já estruturados com toda a cadeia de fornecimento e serviços”, explicou.

Renault fez, no entanto, uma previsão positiva para 2017: “Acredito que o próximo ano será positivo para o setor de petróleo, refletindo, consequentemente, na indústria naval. Haverá uma maior abertura para o capital privado, com os novos leilões previstos para o pré-sal, tornando o segmento mais dinâmico”.

Reparo naval deve ser visto como fator estratégico, defende superintendente do Renave — É preciso pensar no reparo naval como fator estratégico para o país, defendeu o superintendente do Estaleiro Renave (Empresa Brasileira de Reparos Navais), Luiz Eduardo Campos de Almeida. Ele participou do Painel “Futuro da Indústria Naval e Offshore - Oportunidades e Desafios” dentro do Fórum de Líderes da Marintec South America, realizado no dia 19 de setembro(segunda-feira), primeiro dia do evento. “Só se pensa na construção naval”, desabafou.

Ele recordou que, recentemente, três embarcações que encalharam no Brasil foram reparadas em outros países como a China, por conta do custo. “Para termos um mercado de reparos navais competitivo precisamos rever os obstáculos como os altos custos portuários, por exemplo. Se o armador souber que o reparo em estaleiros do Rio tem valor competitivo, vai ampliar as rotas de navegação por aqui, fomentando o mercado”, explicou.

No mesmo painel, Marcelo Dreicon, assessor de Planejamento e Gestão Estratégica da Codin (Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio de Janeiro), abordou as ações do Estado do Rio de Janeiro para o setor naval. Ele destacou a necessidade de formação de mão de obra e a revisão de políticas como a de Conteúdo Local (CL). “Neste aspecto precisamos ver quais são as nossas vocações e depois pensar no que somos competitivos dentro das necessidades da indústria”, explicou.

Pesca - Identificar os melhores mecanismos de financiamento para adequação da frota pesqueira nacional às exigências ambientais, trabalhistas e sanitárias. Este é o objetivo do Seminário Frota Pesqueira, um dos destaques do Painel de Líderes deste primeiro dia de Marintec. “Os órgãos públicos precisam apoiar cada vez mais a pesca e isto é uma de nossas prioridades”, disse o superintendente federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Estado do Rio de Janeiro, José Essiomar Gomes da Silva, durante palestra.

Treinamentos abordam importância da gestão de qualidade — A Marintec South America, em parceria com o Grupo RINA, uma das empresas líderes em certificação e classificação naval, está promovendo um programa de treinamentos durante o evento. Neste primeiro dia um dos destaques foi a palestra “Normas ISO 9001 e ISO 14001, Versão 2015 – Abordagem por gestão de riscos”, proferida pelo diretor da RINA, Jefferson Carvalho.

“Precisamos reverter esta era da complacência que vivemos, onde se aceitam normalmente as coisas erradas”, apontou durante a palestra. “Nós, que somos da área de qualidade, precisamos lutar contra isso. Investir em procedimentos que primam pela excelência é parte essencial para criarmos um ambiente de conformidade e clareza para que empresas, governos e investidores possam se sentir seguros”.

Reino Unido - Outro destaque do primeiro dia de evento foi a Sessão de Inovação do Reino Unido no Setor Marítimo, que abordou o panorama atual do setor naval britânico e quais as oportunidades de negócios para as empresas brasileiras. Uma das palestras da programação foi a do diretor comercial da Rolls-Royce, Ronaldo Melendez, que abordou “Embarcações autônomas, o futuro do setor marítimo”. “O futuro chegou. Fizemos um navio autônomo que logo estará nas águas, trazendo uma tecnologia de imãs permanentes aplicados a um sistema de propulsão azimutal”, explicou.

Cummins tem estande totalmente sustentável na Marintec South America — Um estande totalmente sustentável, com madeira 100% reciclada, é um dos destaques da Cummins nesta edição da Marintec South America. “Trouxemos para feira uma estrutura modular que utilizamos em eventos e treinamentos da empresa em todo o país, sempre com esta mensagem de sustentabilidade”, explica a diretora de Marketing e Comunicação da Cummins, Luciana Giles.

O diretor de Vendas da empresa, Antonio Colares, destaca a importância do evento: “A Marintec é a principal feira do mercado marítimo, onde todos os fornecedores de soluções querem e devem estar sempre. No evento, além dos nossos produtos, gostamos de mostrar para clientes e potenciais compradores que estamos presentes nos principais portos da América Latina e do mundo oferecendo assistência técnica para nossos clientes”.

Quem ressalta o papel estratégico da Marintec, também, é o diretor da Mitsubishi Tambaú Brasil, Luiz Salgado. “Nós marcamos presença no evento desde a primeira edição, pois é fundamental mostrar nossas soluções para o mercado”, frisou.

Seminários abordarão temas estratégicos no segundo dia de Marintec — A programação do segundo dia de Marintec South America será intensa. A feira será aberta às 13 horas, com os destaques apresentados por 380 marcas expositoras, de 17 países. Os seminários, totalmente gratuitos para profissionais do setor naval, começam às 14 horas e vão discutir temas estratégicos.

O Fórum de Líderes na sala 1 terá como tema “Infraestrutura e Desenvolvimento do Transporte Marítimo Brasileiro” e vai abordar tópicos como “Modelo integrado de competitividade porto-indústria offshore”, “Navegação de apoio marítimo – Status atual e perspectivas”, “Administração empreendedora”, “Atual cenário da indústria de construção e naval – Desafios a serem ultrapassados” e “Infraestrutura e desenvolvimento do transporte marítimo brasileiro”.

Na Sala 2, o Fórum de Líderes terá como tema “Considerações sobre a Entrada no Mercado Brasileiro e suas Oportunidades”. O foco do seminário é dar assistências às companhias no entendimento do ambiente de negócios brasileiro e oferecer-lhes uma boa apresentação relacionada às oportunidades e desafios de realizar negócios no Brasil.

Já o programa de Treinamentos RINA terá como destaque neste segundo dia de Marintec o tema “Introdução à classificação e certificação”, um curso introdutório para o conhecimento básico de regras e regulamentos estatutários nacionais e internacionais, a partir das 14 horas na sala 3.

Outro atrativo será o seminário “Turboalimentadores: Segurança e Alta Performance”, a partir das 17 horas na Sala 2. Coordenadas pela ABB, as palestras desse seminário abordarão os sistemas de proteção de arco-voltaico e os sistemas de retrofits avançados dos turboalimentadores da marca, além de apresentar a confiabilidade, segurança e alta performance do equipamento.

Inovação — Com o tema “Conheça o futuro hoje”, as Sessões de Inovação do evento estão programadas para acontecer a partir das 17 horas com os seguintes assuntos: A importância das linhas de financiamento para inovação e indústria naval; Soluções financeiras no cenário de inovação; Estratégia corporativa e financiabilidade; O sistema de catalogação de defesa no desenvolvimento da base industrial de defesa; e Z Drive como unidade de propulsão.

A Marintec South America — Navalshore é a principal plataforma de negócios para alavancar inovações e conectar-se com a comunidade marítima da América do Sul. Ponto de encontro da indústria, reúne armadores, estaleiros, fabricantes e fornecedores, nacionais e internacionais em prol do aumento da produtividade, da qualificação profissional, do fomento de novas tecnologias, investimentos e da demanda e oferta para toda a cadeia. Em 2016, acontece de 19 a 21 de setembro, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro (RJ). São 11 mil m² com mais de 380 marcas expositoras, de 17 países. Paralelamente à feira, também serão realizadas a Conferência Fórum de Líderes, o Seminário de Renovação da Frota Pesqueira e ações de capacitação profissional, além do espaço para inovações de expositores.|www.marintecsa.com.br.

A UBM é líder global em mídia de negócios e segunda maior organizadora de eventos no mundo, com expertise reconhecida em promover e incentivar o networking e os negócios entre empresas dos mais diversos segmentos de mercado. Presente em 20 países, nos cinco continentes, com 5.000 funcionários, atuando em dezenas de setores que vão da alta tecnologia à moda e ao setor de saúde. Conecta profissionais dos diversos segmentos da indústria, tais como Construção Civil, Transporte de Carga, Logística e Comércio Internacional, Portos, Terminais e Armazéns, Tecnologia e Eletrônica, Indústria Médica e Farmacêutica, Ingredientes Alimentícios, Metroferroviária e Naval. | www.ubmbrazil.com.br.

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