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08/03/2008 - 09:36

Indústria debaterá tarifa do gás em abril com a SCGás

Florianópolis – A indústria discutirá com a Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGas) a composição das tarifas do combustível no começo abril, momento em que a distribuidora cogita alterar as tarifas praticadas atualmente. A definição foi tomada durante a reunião da Câmara de Energia da Federação das Indústrias (FIESC) na manhã desta sexta-feira (7) com o presidente da SCGás, Ivan Ranzolin.

Antes disso, no final de março, as distribuidoras de gás natural de todo o país realizarão, em Florianópolis, evento com a Petrobras, quando discutirão os preços praticados para as distribuidoras. “É necessário alinhar uma série de questões com a Petrobras e depois disso é o momento ideal para a reunião com a indústria, pois no dia 29 de março teremos uma tarifa para discutir”, afirmou Ranzolin, atendendo solicitação dos empresários, que estão preocupados com os custos do combustível. “A SCGás é uma empresa com controle público e deve considerar o impacto dos aumentos para a competitividade das empresas”, disse o presidente da Câmara de Energia, Albano Schmidt.

Além do forte impacto nos custos para o setor industrial, a necessidade do debate foi definida em função da diferença entre os percentuais considerados em levantamento realizado pelo Sindicato das Indústrias de Cerâmica de Criciúma e os números apresentados pela SCGás. Ranzolin informou que em fevereiro a distribuidora precisaria ter majorado as tarifas em 12,9%, índice que, em função do debate realizado com a FIESC, ficou em 6% para os grandes consumidores. Em abril, com a previsão de novas tarifas pela Petrobras, o assunto volta a ser avaliado. Pelas contas do Sindiceram, a revisão tarifária para o último ano e meio deveria ser de 6%.

“É importante reconhecer a mudança de postura da SCGás, que está aberta ao diálogo, mas é necessário considerar que, devido ao ambiente extremamente competitivo ­– inclusive no plano internacional - a indústria não consegue repassar a alta de custos com a mesma naturalidade com que a SCGás e a Petrobras fazem isso”, disse o presidente do Sindiceram, Otmar Muller. Para o empresário Vicente Donini, diretor 1º secretário da FIESC e presidente da Marisol, a distribuidora precisa ponderar o prazo para recuperação dos investimentos que realiza. “Se eles forem muito curtos, a sociedade não tem como arcar com isso”, afirmou. Schmidt lembrou da forte redução da cotação do dólar, que afeta o preço do gás, e questionou se ela não compensaria a alta nos custos da distribuidora. Ranzolin argumentou que a elevação no preço do petróleo, outro componente a influenciar a tarifa, foi maior do que a queda da moeda americana.

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