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28/09/2016 - 07:40

A terceira idade volta ao mercado de trabalho

No dia primeiro de outubro, comemora-se o Dia do Idoso, faixa etária que representa 9,3% da população brasileira, segundo o IBGE. Para muitos, a terceira idade é sinônimo de descanso, momento em que se pode desfrutar da aposentadoria e se desligar do mercado de trabalho. Os números, por outro lado, mostram o contrário. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra em Domicílio (Pnad), o número de trabalhadores idosos cresceu 12,6% de 2013 para 2014 e a tendência é que esse número aumente na divulgação dos dados da próxima pesquisa, em novembro.

O motivo para o reingresso dessa parcela da população no mercado de trabalho pode ser explicado pelo aumento do custo de vida e pelas dificuldades financeiras geradas pela crise econômica atual. A aposentadoria tardia também prolonga o tempo de atividade dos que querem sair do mercado, sem contar que o valor do benefício geralmente não é o suficiente para manter o padrão de vida de alguém em atividade.

Segundo David Gurevitz, diretor da Delphi e consultor da certificação LEED, do Green Building Council Brasil, permanecer no mercado de trabalho ou retornar a ele pode ter suas vantagens. “Quando o aposentado entra novamente no mercado, ele tem a possibilidade de interagir e participar da vida social, saindo das condições de isolamento e tendo a oportunidade de convívio com pessoas de outras idades; o aumento da autoestima é uma das maiores vantagens para o idoso, que às vezes prefere nem se aposentar, seguindo no mercado de trabalho”.

Para a empresa, existe a segurança de optar por um profissional experiente e, por muitas vezes, mais centrado que o jovem. O reconhecimento da capacidade profissional, somado a algumas vantagens de custo – idosos não pagam passagem e possuem prioridades em filas de bancos , por exemplo – são pontos levados em consideração pelas empresas que investem em trabalhadores nesta faixa de idade.

Gurevitz ainda destaca a valorização da marca, gerada por contratações do tipo. “As empresas aproveitam essa mão-de-obra para agregar valor ao negócio, inclusive quando o assunto é projeto social. Contratar idosos é uma forma de contribuir com a sociedade, já que há significativa melhora na qualidade de vida dessas pessoas”.

Cuidados com a saúde e atenção as condições de trabalho devem ser prioridades para quem opta por permanecer ou retornar ao mercado. No Brasil, as normas de direto do trabalho são as mesmas para qualquer trabalhador ativo, porém, as recomendações devem ser diferentes. “As normas são as mesmas, apenas as recomendações serão diferentes, como, por exemplo, em relação ao esforço físico e levantamento manual de peso.”, aponta o diretor da Delphi.

Algumas empresas oferecem ainda suporte ao idoso trabalhador, oferendo planos de saúde, auxílio odontológico e acompanhamento nas horas de vacinação. É importante aprender a se valorizar como profissional capacitado e como pessoa, não cedendo a empregos oportunistas que ofereçam más condições de vida e trabalho.

Gurevitz conclui apontando que melhoras significativas na qualidade de vida podem ser notadas em pessoas que decidem por permanecer ativas, em um emprego que as valorize e onde elas se sintam valorizadas. “Até o consumo de medicamentos diminui. A vida ativa promove muitos benefícios e os relacionamentos sociais, enriquecidos com o trabalho, trazem mais alegria a vida dos idosos. Afinal trabalhar é uma possibilidade de renovar a carreira, realizar sonhos antigos e se sentir útil à sociedade”.

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