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29/09/2016 - 07:59

Confiança da Construção registra terceira alta consecutiva, aponta FGV

O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 2,1 pontos em setembro, atingindo 74,6 pontos, o maior nível desde junho de 2015 (75,9). Após a terceira alta consecutiva, torna-se mais evidente a gradual melhora das perspectivas de curto prazo para os empresários do setor, ressalvando-se que o nível do indicador continua muito baixo em termos históricos.

“Definitivamente, o cenário começa a se mostrar mais favorável para a construção civil. O anúncio do Programa de Parcerias de Investimento (PPI) e a sinalização de retomada de obras paradas do MCMV impulsionaram ainda mais as expectativas empresariais em setembro. Vale destacar também que a percepção em relação à situação corrente dos negócios vem melhorando continuamente, sugerindo uma lenta retomada, que precisará ganhar mais fôlego para se consolidar”, observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE.

A alta do ICST em setembro deveu-se, majoritariamente, à melhora das perspectivas no curto prazo: o Índice de Expectativas (IE-CST) avançou 3,4 pontos, atingindo 84,8 pontos – maior nível desde dezembro de 2014. Dentre os quesitos integrantes do índice-síntese, a situação dos negócios para os próximos seis meses foi o que mais contribuiu para a alta do índice, com uma variação de 5,1 pontos em relação ao mês anterior.

O Índice da Situação Atual (ISA-CST) subiu 0,6 ponto, alcançando 64,8 pontos. Mesmo após a quarta alta, o índice ainda se encontra muito abaixo da média histórica (2,8 desvios padrão). A principal contribuição à alta do ISA-CST veio do indicador que capta a percepção da empresa em relação à situação atual dos negócios, que registrou subida de 0,9 ponto em relação ao mês anterior, atingindo 66,1 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor, em setembro, atingiu 64,8%, apenas 0,3 ponto percentual acima do resultado de agosto, mostrando relativa estabilização do nível de atividade.

Expectativas — Assim como ocorre nas demais sondagens empresariais, são as expectativas que mais têm impulsionado a confiança do setor da Construção. O gráfico abaixo mostra a evolução do IE entre os meses de setembro de 2014, 2015 e 2016. No nível mais agregado, o pior momento foi setembro de 2015; hoje, o índice reduziu parte do pessimismo e encontra-se a meio caminho entre 2014 e 2015. Quando considera-se a abertura por segmentos Edificações e Obras de Infraestrutura – que representam em torno de 78% do valor adicionado do setor – o destaque é o IE de Obras de Infraestrutura, que já superar o índice de setembro de 2014.

Outra notícia favorável é a identificação de um ponto de mínimo local do IE agregado em fevereiro deste ano, sinalizando que o setor teria saído de uma fase de desaceleração e entrado em uma fase de aceleração do ciclo econômico em março passado. No caso dos segmentos de Obras de Infraestrutura e de Edificações, os “vales” foram identificados em dezembro de 2015 e janeiro de 2016, respectivamente.

“A sinalização dada pelos empresários do setor é bastante expressiva, mas é preciso cautela. Mesmo que as expectativas estejam indicando uma aceleração ainda não há elementos suficientes para se confirmar a retomada do crescimento nos próximos meses”, completa Ana Castelo.

A edição de setembro de 2016 coletou informações de 700 empresas entre os dias 01 e 22 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem da Construção ocorrerá em 26 de outubro de 2016.

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