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29/09/2016 - 08:04

Hillary não importa. As pessoas importam

Há 10 anos, a Time Magazine escolhia "You" ("Você") como pessoa do ano. Em 2013, a mesma revista fez uma extensa reportagem sobre a geração "Me Me Me" (não confundir com "mimimi"). Agora, em 2016, uma imagem captou o espírito das duas edições e sintetizou a comunicação atual.

Registrada pela fotógrafa Barbara Kinney durante uma visita de Hillary Clinton, candidata democrata nas eleições presidenciais norte-americanas, a Orlando, nos EUA, a imagem mostra dezenas de pessoas de costas para a ex-secretária de estado.

As pessoas estão protestando contra Hillary? Estão com problemas de visão? Nada disso. Elas estão tirando selfies com a candidata ao fundo.

Se a Time de 2006 reforçava que o público controlava a era da informação, a de 2013 lembrava que os Millennials queriam ser vistos.

A foto de 2016 revela a fusão dos mundos: controlamos a informação e queremos fazer parte dela. E é importante que marcas e figuras públicas tenham isso em mente. Não é você que importa, é sua audiência. E isso não é algo novo. Mas é sempre bom lembrar, pois há aqueles que esquecem.

Não era o registro de Hillary Clinton que valia naquele momento, mas o registro da pessoa acompanhando a passagem da candidata. O público contemporâneo é assim: ou ele está no quadro, ou ele não se vê.

Por que você acha que a Nike – lá nos idos de 2014 – lançou um comercial que mostrava como qualquer peladeiro poderia se imaginar como um craque do futebol? A gigante do mercado esportivo já tinha enxergado: o público que importa.

Pense: a nova geração cresce vendo seus ídolos criarem canais no Youtube e obtendo sucesso. Se der na telha, eles vão lá e criam um canal também. Quem cresceu vendo Xuxa e Silvio Santos só poderia se imaginar na TV na frente do espelho.

Os jovens já estão crescendo sendo filmados e filmando a todos. Cada celular filma melhor que as VHS’s de outrora. Será que a comunicação das marcas e de pessoas públicas já se adaptou da melhor maneira para atingir essa audiência?

Ou você faz uma comunicação pensando no público, ou não vai longe nesta nova era. Mas esqueça o artificial. O público tem faro apurado para identificar farsas. Inclua o público na sua comunicação de maneira legítima e sinta a diferença.

Deixe que a audiência tire uma selfie com você, mas lembre-se: eles importam.

. Por: Patrícia Casseano, Jornalista e Diretora-executiva do Grupo Image.

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