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30/09/2016 - 09:20

Cabotagem de refrigerados tem grande potencial de crescimento no mercado brasileiro


Afirma executivo da Aliança Navegação e Logística.

São Paulo — Se na carga seca a cabotagem é um serviço bem estabelecido no Brasil, na área de refrigerados o serviço tem potencial para quadruplicar sua atuação. Quem afirma é o gerente comercial de Cabotagem da Aliança Navegação e Logística, Jaime Batista. Segundo ele, a carga reefer corresponde a 5% da operação, mas tende a ampliar sua participação, especialmente no mercado de congelados — frangos e refeições prontas — e de produtos com maior durabilidade, como é o caso da margarina.

Batista explica que a adesão ao serviço depende de alguns fatores como viabilidade do percurso, transit time e validade do produto (shelf life). “Cada caso é um caso, mas produtos com mais durabilidade (em torno de 180 dias) podem se beneficiar da cabotagem”, explica o executivo.

Além da redução de custos em relação ao transporte rodoviário — de 10% a 15% —, a cabotagem configura-se em um autêntico transporte porta a porta, que une rapidez e economia por meio de um planejamento de operações multimodais, resultando em um meio de transporte sustentável, com baixa emissão de CO2.

Cerca de 70% de todo o volume transportado pela Aliança é na modalidade “porta”, ou seja, a empresa gerencia o fluxo de transporte desde a fábrica do embarcador até a entrega ao destinatário final. O índice de pontualidade nessas entregas e coletas supera os 95%, na média nacional. Por ano, a cabotagem elimina cerca de 300 mil viagens de longa distância das estradas brasileiras, mantendo, no entanto, curtas viagens nas pontas — entre o embarcador e o porto, na origem, e entre o porto e o cliente final, no destino.

Para quem utiliza o transporte marítimo, outras vantagens são a rastreabilidade em qualquer ponto, a integração dos modais para otimização da cadeia logística, a redução do número de caminhões na estrada, menor índice de avarias e a facilidade de contar com empresas que cuidam de todas as etapas do processo.

De acordo com Jaime Batista, o segmento de frutas é outro que pode se beneficiar bastante da estrutura reefer. Estamos avaliando novas possibilidades para ampliar a utilização da cabotagem refrigerada neste segmento, buscando alternativas logísticas de redução de custo terrestre, considerando também a longa distância das fazendas até os portos”, avalia Jaime Batista.

Perfil — A Aliança Navegação e Logística foi fundada em 1950 por Carl Fisher. Em 1998, a empresa foi adquirida pelo Grupo Oetker, também proprietário da Hamburg Süd. Em 1999, a Aliança retoma o transporte de cabotagem no Brasil, que até então era subutilizado.

Entre 2013 e 2014, a Aliança reestruturou sua frota de cabotagem com um investimento de R$ 700 milhões na compra de 6 navios porta-contêineres com capacidades que variam de 3.800 TEUs a 4.800 TEUs. Atualmente, a empresa conta com 11 navios em operação no serviço, com amplo atendimento em 15 portos de Buenos Aires até Manaus, e um total de 104 escalas mensais.

A Aliança é market leader na cabotagem e possui uma carteira de clientes que vai do arroz ao zinco, com grandes, pequenas e médias empresas e em praticamente todos os segmentos do mercado, com destaque cada vez maior para os segmentos de bens de consumo duráveis. No ano passado, obteve um faturamento de R$ 3,3 bilhões e movimentou 673 mil contêineres.

A empresa tem forte atuação no mercado externo, com 25 navios porta-contêineres que fazem a rota internacional, distribuídos em 9 serviços. Além disso, oferece o transporte de granéis (fertilizantes, grãos e minérios), onde são utilizados 8 navios com capacidade que vão de 38 mil toneladas a 45 mil toneladas. | www.alianca.com.br.

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